Capítulo 15 - Votos de ódio

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LORENZO:

— Credo, como ela é pesada! — penso, tentando ser firme para não cair com ela no chão no meio do altar.

Quando nossos olhos se cruzavam, Bárbara desviava imediatamente. Farei você pagar pelo vexame que me fez passar!

O padre estende suas mãos e começa a falar:

— Caros amigos, colegas e familiares, estamos reunidos aqui hoje para celebrarmos a união entre...

Pigarreio, interrompendo a fala do padre, que me olha sem entender.

— Por favor, pule logo para a parte final! Tenho pressa. — pedi apressadamente.

— A-Ah... Como quiser. — constrangeu-se o padre.

De repente, sinto várias beliscadas. Vejo a mão de Bárbara percorrer por todo o meu braço discretamente. Entendi logo de cara qual era sua intenção. Ela estava tentando me fazer soltá-la, mas isso não ia acontecer. Ela que começou!

Então o padre dirige seu olhar a nós dois e diz:

— Lorenzo LeBlanc, você aceita a Sra. Bárbara Rodríguez como sua legítima esposa?

— Sim. Prometo cuidar dela na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, até que a morte nos separe. — digo meio indiferente.

Acompanho o olhar do padre, agora olhando para Bárbara, meio sem jeito, logo vejo as bochechas dela corarem, certamente sentia-se envergonhada.

Um pequeno sorriso escondido surge em meus lábios.

— Bem feito. — pensei.

— E você, Bárbara, aceita Lorenzo LeBlanc como seu legítimo marido? Amando-o de todo o coração e apoiando-o em qualquer situação?

— Eu... Eu...

Sinto ela hesitar. Se essa bruxa me humilhar novamente, farei da vida dela um inferno!

Discretamente, forjo um sorriso falso, aproximo do ouvido dela e digo suavemente:

— Faça.

Ela me encara e eu a encaro de volta.

— Aceito. — ela finalmente respondeu.

— Muito bem. Agora fazem seus votos e em seguida será a entrada das alianças! — anunciou o padre.

Dito isso, solto Bárbara e a ponho no chão. Tiro do bolso da calça a aliança dourada com uma listra prateada. Pego na mão dela e começo a falar:

— Minha Bárbara, nunca irei me esquecer do nosso primeiro encontro, quando despejou gentilmente um copo de café em mim. Naquele dia, eu soube que você era a mulher certa para mim, só que não. Saiba que aprenderei ser um homem responsável pelas minhas ações e apaixonado pela mulher que arruinou a minha vida! Este casamento é uma benção em forma de maldição! Te desejo assim como você me deseja. — declarei debochadamente.

Sorrio e assim coloco a aliança em seu dedo anelar. Vejo a expressão dela. Estava com raiva, certamente. O que ela faria agora? Nada.

Essa é só uma parte pequena da minha vingança. Mas para a minha surpresa, ela me encara de uma maneira diferente, com um sorriso provocativo.

— O que essa bruxa vai fazer agora? — pensei incomodado com sua reação.


O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora