Capítulo 81 - Nossa casa

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BIANCA:

Sinto alguém mexer no meu cabelo, ao abrir os olhos, vejo que se tratava de Lorenzo. Simplesmente sorrio ao vê-lo.

— Bom dia. — falei meio manhosa.

— Bom dia, minha linda. — ele respondeu com um sorriso caloroso.

Logo, percebo que Lorenzo já estava todo arrumado.

— Vai sair? — perguntei, curiosa.

Ele segura minhas mãos gentilmente e explicou-me:

— Como tirei o dia de folga ontem da empresa, eu preciso ir trabalhar hoje. Mas não se preocupe, logo estarei de volta pra você. Que tal sairmos a noite? Você escolhe o lugar, pode ser? — ele me propôs.

Aceno com a cabeça positivamente. Lorenzo se aproxima e me dá um delicado beijo na testa.

— Ainda é cedo. Durma mais um pouco. Até mais.

Lorenzo se despede me dando um selinho rápido e vai embora.

Rolo pro lado da cama, pensando no que houve ontem à noite entre nós. Parece que estou sonhando! E é um sonho tão bom... Que não quero nem acordar.

Levanto um pouco a cabeça e encaro o relógio na parede. Ainda eram sete da manhã. Viro-me de lado e cochilo mais algumas horinhas.

Passado um tempo, sou acordada por uma batida na porta.

— Hmmm. — resmunguei, ainda sonolenta.

Neste momento, ouço a voz de Lídia entrando. E como sempre com uma grande bandeja com comidinhas.

Ela coloca em cima da cama e me encara com um semblante feliz.

— Bom dia, patroa.

Sento-me, e esfrego os olhos, tentando acordar definitivamente. Sorrio ao ver o rosto de Lídia, mas de repente, fico incrédula com o que acabei de ouvir.

— Do que foi que você me chamou?

— Agora que você e o meu patrão estão juntos, naturalmente você é a patroa da família LeBlanc. Os empregados são ensinados a chamá-los desta maneira como um sinal de respeito. — explicou Lídia gentilmente.

— Lídia, você é muito mais que uma empregada dessa casa, é minha amiga. Tanto quanto você, Madalena e Tomás, eu vejo todos vocês como amigos. E outra, não me chame de patroa e nem mais de senhorita. Por favor, chame pelo meu nome. — respondi.

Lídia se emociona com minhas palavras e de repente, ela me surpreende com um abraço gentil.

— Muito obrigada, Bárbara! Sem você, essa família não seria quem ela é hoje. E obrigada por fazer o nosso Lorenzo muito feliz, de verdade! — ela disse emocionada.

Apegada a sua generosidade, retribuo o abraço.

De repente, somos interrompidas com um barulho, ao me afastar de Lídia, sinto meu coração estremecer, pois vinha do celular que Bárbara havia comprado para mim.

Rapidamente atendo sem ao menos ver a tela de chamada.

— Alô?

— Oi, Bianca. Aqui é a Dra. Esther. Preciso que venha aqui no hospital, é sobre a sua madrinha.

— Aconteceu alguma coisa? — indaguei, preocupada.

— Não se preocupe. Apenas quero informá-la sobre o atual diagnóstico da Dona Olívia. Olha, ela acabou de acordar. Por que não venha para o hospital agora? Sei que está ansiosíssima para vê-la.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora