Capítulo 75 - Ciuminho (Parte 2)

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BIANCA:

— Não se preocupe com isso. Qualquer um que ousar intimidar a minha mulher, pagará caro! — ele declarou de maneira furiosa.

Confirmo lentamente com a cabeça, mas ainda sim, me sentia desconfortável. Acho que Lorenzo leu meus pensamentos, pois nos afastamos e ele gentilmente segurou meu rosto e pediu para que eu olhasse em seus olhos.

— Desde que eu era criança, nunca defendi o que era realmente importante para mim. Mas com a sua chegada, mudou tudo e me mudou também. Você me ensinou a não desistir, mesmo que as adversidades te mostram o contrário. Eu não me arrependo da nossa história e de tudo que passamos juntos. Mesmo que as pessoas desaprovam a nossa relação, isso tão pouco me importa! Sabe por que? Porque você foi a melhor coisa que me aconteceu! Você é a mulher que eu escolhi! Quero ficar ao seu lado para sempre! Eu te amo muito! — declarou Lorenzo, acariciando minhas bochechas gentilmente.

Pela primeira vez, vejo Lorenzo sendo tão sensível. Aquilo me deixou com o coração balançado.

Sinto uma lágrima de alívio ao ouvir as belas palavras que Lorenzo acabou de pronunciar. Todas as minhas dúvidas sumiram por um momento. Ele me ama! Lorenzo realmente me ama! Emocionada, não resisto e puxo sua gravata, trazendo seu rosto para mais perto de mim.

— Eu também te amo demais... Meu lindo cachorro! — respondi sorrindo.

— Sempre serei o seu cachorro e você sempre será a dona do meu coração! — ele disse, me dando um beijo apaixonado em seguida.

Sinto Lorenzo me tomar em seus braços e aprofundar o beijo. 

O beijo foi intenso e cheio de desejo, fazendo com que o clima entre nós se tornasse ainda mais quente. O beijo se aprofundou, e a temperatura subiu ainda mais.

Lorenzo deixa meus lábios por um momento, e sua boca começa a descer pelo meu pescoço, depois sinto uma mordidinha provocativa na minha orelha. Agarro-me em seus cabelos sedosos e os bagunço todo. Suas mãos deslizam até chegar ao meu quadril, e eu arfando de desejo em tê-lo em meus braços novamente. Sentir seu calor, seu carinho, seu amor, era algo que só ele conseguia me despertar o anseio de querer mais e mais.

Porém, recobro minha consciência e lembro que ainda estávamos no elevador da empresa. Mesmo que eu quisesse tal coisa, ali não era o melhor lugar.  Afasto gentilmente Lorenzo, com um olhar meio sem jeito:

— Aqui não, mais tarde... Em casa. — sussurrei em seu ouvido.

Vejo Lorenzo olhar para mim com um olhar apaixonado e ansioso, pedindo mais um beijo. No entanto, eu o impeço. 

— Tem medo de quê? Eu sou o CEO aqui! Ninguém irá te intimidar novamente. — ele sussurrou de volta.

— Não é apropriado. Mas eu prometo que hoje a noite terá. — falei bem baixinho.

Logo, aquele fogo diminuiu e apenas estávamos abraçados.

— Lorenzo... Eu posso te fazer uma pergunta? — questionei.

Ele sorri e concorda com a cabeça.

— Hoje de manhã, em casa... Você me chamou de sua namorada... Como pode dizer aos seus funcionários de que sou sua esposa então? Não faz muito sentido. — contestei.

Lorenzo toma uma atitude séria e segura minhas mãos, dizendo:

— Eu não quero mais ter uma relação falsa com você, Bárbara. Quero residir o nosso contrato e ter um compromisso sério com você.

— Então...?

— Mesmo de eu ter a certeza que quero passar o resto da minha vida ao seu lado, acho que não seria justo com você. Então, quero que você seja minha namorada, que nós dois possamos nos conhecer mais e criar doces lembranças. Depois disso, a pedirei novamente, porém do jeito certo. E por fim, quero renovar meus votos, casando-me não por obrigação, mas porque eu a amo de verdade! Quero fazer tudo do jeito certo para a mulher que eu escolhi dividir o resto dos meus dias. Temos muito tempo pela frente, então não se preocupe.- ele se explicou diante de mim, com um olhar terno e dócil.

Sorrio de felicidade ao ouvir tamanha declaração. Enlaço-me em Lorenzo e beijo-o. Depois nos afastamos e Lorenzo me encara de uma maneira instigante:

— O que foi?

— Mas fico feliz em saber que minha Bárbara está com ciúmes do seu cachorro! — ele provocou num tom de deboche.

— Eu? Ciúmes? De jeito nenhum! Eu confio em você plenamente, Lorenzo. — neguei de imediato.

No entanto, Lorenzo cochicha em meu ouvido:

— Ah, Bárbara, você não é capaz de disfarçar tanto assim. Desde que chegamos, percebi o seu ciuminho.

Fico sem fala e resolvo fingir indignação e balanço o dedo para Lorenzo, mas logo não consegui conter o riso.

— Lorenzo, você é um brincalhão! Não estou com ciúmes, de verdade. Confio em você completamente. E se tivesse algum motivo para ciúmes, eu seria a primeira a te falar. — brinquei.

Nós dois nos encaramos e acabamos rindo juntos, desfrutando da cumplicidade e do humor em nosso relacionamento.

— Você sabe que eu só estava brincando, certo? Não há razão para ciúmes, meu amor. Nossa confiança é mais forte do que tudo! 

Assenti, ainda sorrindo, enquanto abraçava Lorenzo.

Lorenzo então aperta o botão e o elevador retoma seu processo. 

Voltamos para o escritório dele e ao abrir a porta, nos deparamos com um homem de terno, óculos escuros e chapéu. Eu não sei quem era, mas com aquela vestimenta, ele parecia muito um detetive de histórias em quadrinhos ou aqueles que víamos em filmes de mistério.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora