Capítulo 20 - Contrato

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BIANCA:

— Aquilo que eu disse sobre você ser mimada, o negócio do cartão... Não foi minha intenção ofendê-la. Me perdoa. — Lorenzo me respondeu.

Sinto um tom de arrependimento em sua voz. Acho que ele aprendeu a lição! Respiro fundo, levanto-me da poltrona e o encaro seriamente:

— Ok. Aceito suas desculpas. E já que estamos conversando abertamente, vamos fazer isso direito. Vamos assinar um contrato de casamento Lorenzo. Quero impor minhas condições também.

— Prossiga.

— Primeira regra, quando eu estiver fora trabalhando, não me interrompa, pois, meu trabalho precisa de silêncio. Segunda regra, meu avô certamente pedirá notícias nossas. Então, proponho nós visitá-lo nos fins de semana. Terceira regra, para termos uma boa colaboração, você deve me ligar ao menos três vezes por semana, me buscar no fim do meu expediente e me levar a um bom restaurante. Mas nada muito caro. — explico detalhadamente.

— Só isso? — perguntou Lorenzo.

— E mais uma coisa. Quero que a nossa relação dure somente por três meses. Esse será o prazo do nosso contrato. Depois disso, solicitaremos o divórcio juntos. Por isso, te aconselho a não se apaixonar por mim. Ouviu, bem?

Dito tudo, anseio pela resposta dele. Só que ele apenas se aproxima de mim, bem devagar.

— Está bem. Você tem a minha palavra. Melhor ainda, mandarei o Tomás escrever o contrato com todas as suas condições e te enviarei para você assinar. — ele confirma diante de mim.

Porém, estendo-lhe em sua frente meu dedo mindinho. Lorenzo faz uma careta e diz:

— Isso é muito infantil! — ele reclamou.

— O juramento de dedinho é o carimbo mais sincero de toda a humanidade. Eu não confio em você! Então preciso ter a certeza que desta vez que você não está mentindo para mim. — defendi meu ponto de vista convicta.

Insisto para que ele fizesse o juramento. Ele me encara e eu o encaro de volta. Ele solta um suspiro e enlaça seu mindinho no meu. Selando assim a nossa promessa.

— Agora que estamos de bem. Vamos comer? — ele me pergunta com um sorriso no rosto.

Balanço com a cabeça, confirmando. De repente, escutamos uma batida na porta.

— Deixo que eu atendo. — diz, Lorenzo suavemente.

Logo, ouço o barulho da porta se fechando eum som de carrinho se aproximando. Lorenzo estás a trazê-lo com comida. Havia duas embalagens pretas com comida japonesa, sushi. Uma garrafa de vinho branco com duas taças e dois pratos com bolo e sorvete para a sobremesa.

Lorenzo e eu resolvemos sentar na mesa redonda perto da cama e comemos bem ali mesmo.

  Às vezes, trocamos duas ou mais palavras, depois cada um ficava quieto no seu canto.

Já de noite, ao acabarmos de comer, cada um vai ao banheiro fazer sua higiene e segue direto para a cama. Lorenzo dorme na cama confortavelmente, e eu durmo na poltrona de massagem. Não foi por falta de escolha! Mas dormir com ele na mesma cama, ali era o meu limite. Nem pensar!

Aos poucos, sinto meus olhos pesarem e logo adormeço.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora