Capítulo 111 - Eu não permito!

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BIANCA:

Acordo com o toque do meu celular insistentemente. Mesmo sonolenta, levanto-me para pegá-lo. Estava dentro da minha bolsa que deixei largada no chão ontem a noite.

Ao olhar para o monitor percebo que é um número desconhecido.

— Pois não? — embarguei meio confusa.

— Por favor, eu gostaria de falar com a senhorita Bianca Rodríguez. Ela se encontra? 

— Sou eu mesma. Quem está falando? — questionei.

— Olá Bianca, aqui é o departamento de polícia. Temos informações sobre o caso contra Bárbara Rodríguez. Precisamos que você compareça à delegacia o mais rápido possível.

— Entendi. Obrigada por me avisar. — respondi.

Desligo o telefone e me volto para Lorenzo, compartilhando a notícia.

— Lorenzo, acabei de receber um telefonema da delegacia. Eles estão pedindo para ir lá agora. — contei. 

— Claro, vamos lá juntos. Estarei ao seu lado durante todo esse processo. — ele apoiou.

Nos aprontamos e saímos de casa para ir ao encontro dos policiais.

Ao chegarmos à delegacia, somos recebidos por uma advogada criminalista, que se apresenta como Dra. Manuella Carvalho, a representante desse caso.

— Olá, Bianca. Sou a Dra. Manuella, sua advogada. Já analisei os arquivos e as provas que Rodrigo encontrou contra Bárbara. Temos uma batalha pela frente, mas estou certa que o material que temos são capazes de convencer o juiz e garantir um processo legal para você, e uma medida protetiva contra sua irmã.

— Obrigada, Dra. Manuella. Estou pronta para enfrentar o julgamento e buscar a justiça que essa situação exige. Minha história repercutiu nas redes e tudo que quero é poder recomeçar a minha vida livre de julgamentos alheios.

— Ótimo, Bianca. Trabalharemos juntas para garantir que a verdade seja revelada e a justiça seja feita. — afirmou a advogada.

Então, a Dra. Manuella me explicou todos os detalhes, de como me preparar para o dia do julgamento, o que mais eu devia fazer, documentos, tudo que era necessário.

Quando saímos de lá, recebi uma ligação de minha madrinha, pedindo para ir até a mansão Rodríguez, pois meu avô estava passando mal. 

Conto a Lorenzo, que acelera com o carro, para socorrermos meu avô antes que o caso dele piorasse. Somos recebidos pelos funcionários da mansão e logo nos deparamos com Samuel na sala, sentado em sua poltrona confortável e com Olívia ao seu lado.

— Vovô. — o chamei ofegante.

Ao erguer seu olhar, meu avô direciona um olhar frio sobre Lorenzo. 

— Como você ousa pisar em minha casa novamente?! Veio pegar a minha fortuna que seu avô não conseguiu?! — discutiu Samuel com raiva.

— Vovô! — repreendo-o.

— Não se intrometa, Bianca! — ele engrossou a voz.

Antes que eu contrariasse sua ordem, Lorenzo toma minha mão e fala abertamente com o meu avô:

Vejo o olhar de tristeza de Lorenzo com as palavras duras que recebeu assim que entrou.

— Senhor Samuel, eu entendo sua revolta e sua dor, mas eu não tenho culpa pelos atos do meu avô. Eu nunca soube da existência dessa tragédia até recentemente. Assim como você, eu também sofri com as consequências das ações dele. — respondeu Lorenzo determinado.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora