Capítulo 25 - É Guerra!

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LORENZO:

  Bárbara me encarava com um olhar determinado. Seus lábios rosados começam a gesticular certas palavras, porém, em tom baixo. Ao estarem numa certa distância, ela me encara e finalmente fala:

— Eu aceito viver no mesmo teto que você, mas não concordo dormir na mesma cama!

Não resisto e deixo escapulir uma risada.

— Você é interessante! Todas as mulheres que eu conheço me desejam e querem ter uma noite comigo. Por que com você é diferente? — questionei intrigado.

Ela ri diante de mim e me responde:

— Essas mulheres só podem ser cegas! Você pode até ser bonito e rico, mas não possui o mais importante.

Ao ouvir tal coisa, sinto ela perfurar o meu ego com uma adaga. Quem essa mulher pensa que é?! Fecho a cara e a cerco na parede logo atrás da gente. Conseguia sentir a respiração dela, embora estava ofegante, seus olhos estavam serenos.

— E o que seria? – indaguei inquieto.

Bárbara sorri e diz:

— Você não tem aquela faísca. Seus encantamentos baratos não funcionam em mim!

— Ah, é?

A provoco aproximando meu rosto do dela, lentamente. Deslizo suavemente meu braço entorno de sua cintura, chegando nossos corpos para mais perto de si. Logo ouço o batimento cardíaco dela, estava normal. Será que é mesmo verdade? Eu não tenho nenhum efeito sobre ela?

— Quer dizer, que há outro alguém que acende essa faísca em você? — pergunto com um tom sedutor.

— Se tiver, o que isso tem haver com você? — ela me responde de volta, com deboche.

Dito isso, ela escapa do meu cerco, me encara ferozmente e afirma:

— Nunca serei sua, Lorenzo LeBlanc!

Sorrio. Ela quer me provocar com isso? Espere e verá!

— Enquanto estiver algemada a mim, você é minha. — sussurro delicadamente em seu ouvido, puxando-a para cima de mim.

Ela me empurra e grita:

— Tire essa coisa de mim agora!

Clico no botãozinho secreto e a algema é desfeita.

Bárbara esfrega o braço que estava preso e sai dali apressadamente.

— Então ela pensa que escapou de mim? Humpf... Ela não perde por esperar. — digo com um sorriso no rosto.

De repente, sinto uma mão pesada no meu ombro, me deparo com Tomás.

— Patrão, já preparei os papéis para o contrato. — ele sussurrou baixinho para que os outros não ouvissem.

— Entendi. Peça para a Sra. Rodríguez assiná-los ainda hoje.

— Ah, patrão. Se quiser um conselho, você deve seduzir a presa, para que seu rendimento e sua relação sejam eficazes. Mas é diferente quando a presa é uma mulher linda e simpática como a Sra. Rodríguez.

Lanço um olhar frio para Tomás que se cala de imediato.

— Acho que você não quer seu bônus mensal. — ameacei com um tom irônico.

— Esqueça o que eu falei. Eu tenho déficit de atenção. Com licença. — respondeu Tomás saindo de perto de mim.

Saio e vou para a sala de jantar. Madalena já havia preparado todos os pratos que eu gostava. Entre eles: costelas de porco a molho barbecue, bolo de carne moída, salada gratinada e salmão defumado.

Neste momento descem Lídia e Bárbara. Ao reparar na mesa, Bárbara se anima ao ver tanta comida. Ela se apressa em se sentar e pegar tudo que vê pela frente.

— Parada. — falei.

Bárbara me encara confusa.

  — Madalena, prepare um mingau de milho. Bárbara segue uma dieta muito restrita. Faça algo mais leve para ela. — pedi, com um sorriso provocador.

Ela tenta retrucar, mas respondo:

— São ordens diretamente do avô dela! Por favor, Madalena. Vá para a cozinha.

Madalena sai para fazer o mingau. Ela me encara e questiona firmemente:

— Quer começar uma guerra comigo, Lorenzo?

— Considere-se, declarada! — digo, dando uma rápida piscadela.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora