Capítulo 18 - Dinheiro não é tudo

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BIANCA:

— Repete, se tiver coragem. — pedi a Lorenzo, firmemente.

— Hm?

— Quem você acha que eu sou? — pergunto com uma expressão séria agora.

— Uma mulherzinha mimada! — ele me responde sem a menor cara de pau.

Pego o cartão que ele me deu, analiso com meu olhar e o encaro.

— Pois te garanto de uma coisa, Lorenzo LeBlanc, o seu dinheiro seja limpo ou sujo, tão pouco me importa! — digo, jogando o cartão aos pés dele.

Percebo em seu olhar, um semblante confuso. E é aí que me atrevo a dizer outra vez:

— Saiba que nem tudo na vida é dinheiro. É necessário? Sim. Mas isso não é o mais importante!

Em que século esse cara vive?! Céus, se ele não fosse tão bonito, adoraria socar o rosto dele agora! Até que ele me pedisse clemência para parar. Quem ele pensa que é?! Cara louco! 

Sendo assim, decido provocá-lo. Começo então a tirar o vestido bem na frente dele, o véu, as joias, tudo. Ele me olha atordoado.

— O- O que está fazendo, Bárbara? — ele gagueja, meio nervoso.

— O cartão que me deu é para pagar pelos meus serviços, certo? Pois bem, pode vir! — declarei com uma voz mais sensual.

Me aproximo dele, porém, ele se afasta repetidamente. Acho que a audácia foi tanta, que ele me deixou de lado e correu para o banheiro. Em seguida, ouço o trinco da porta.

— Ele é mesmo um cachorro idiota. — resmunguei.

Paro de me despir, logo vejo um roupão premium em cima da cama e o coloco. Noto que na cabeceira da cama continha um panfleto de atividades que o hotel disponibilizava.

— Olha só, tem massagem e spa! — comemoro animada ao ler.

Depois do dia louco que me ocorreu e desse paspalho, sou eu que mereço o devido descanso! Aproveito e levo meu celular, caso Bárbara me ligasse com notícias.

Assim, saio, entro no elevador e vou para o andar logo acima do meu, pois no panfleto dizia que a clínica do spa ficava ali. Até que vejo um letreiro rosa numa porta de vidro. Ao entrar, a funcionária logo me pergunta:

— Pois não, senhorita?

— Sou uma cliente VIP e queria experimentar a massagem. – respondi.

Assim, a moça me guia até uma sala vermelha, estava um pouco escurecida e em cada canto havia velas acesas, deixando um clima mais gostoso. A esteticista estava já posta, só ali me esperando.

— Hm... Que cheiro bom!

— São as velas perfumadas. Cheirinho de lavanda, para descansar ao corpo e a mente. Por isso, relaxe, querida! — explicou a esteticista.

Deito-me na cama e ela começa a passar levemente um óleo essencial de rosas pelo meu corpo. Nos ombros, nos braços até chegar na moldura do rosto.

Não sei quanto tempo fiquei lá, mas por mim, não queria ir embora de jeito nenhum.

Passado um tempo, a esteticista me fala:

— Querida, já acabei. Eu vou sair um pouquinho para tomar uma água, mas você pode ficar um pouco mais aqui. Pegue uma balinha.

— Obrigada.— agradeci.

A mulher vai embora. Olho em volta, só havia eu ali. Junto meu humor e minha coragem e decido voltar para o quarto.

— Chegou a hora de adestrar aquele cachorro. Ele vai ver só! — pensei determinada.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora