Capítulo 22 - Presa

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BIANCA:

  Espero ansiosamente na fila, com o bilhete que Bárbara comprou pra mim.

  Lembro-me da nossa ligação mais cedo.

*Relembrando*:

— Alô?

— Oi Bianca. Bom dia. Espero que as coisas estejam tudo bem aí e você também. — ela me disse com um tom de preocupação.

— Vai na medida do possível. — respondi bocejando.

— Estou te ligando por causa de sua madrinha.

Sinto meu coração palpitar. Levanto-me assustada.

— Aconteceu algo com a minha madrinha?! — pergunto baixinho, para não acordar Lorenzo.

— Antes de entrar no avião, eu mandei alguém investigar o abrigo de idosos e cuidar de Olívia. Sua madrinha passou muito mal ontem. Temo que a saúde dela esteja evoluindo para um estado mais grave. — explicou Bárbara.

— Meu Deus! Eu tenho que ir vê-la agora!

— Não se preocupe. Eu sei que você agora está hospedada no Boston Harbor Hotel. Pelo que eu sei, existe sim, uma rodoviária próxima aí onde você está. Mas eu não sei o nome. Enfim, eu comprei um bilhete já pra você. Quando chegar à rodoviária e der o meu nome, uma moça de minha confiança te entregará o bilhete em mãos.

— Muito obrigada, Bárbara! Jamais vou esquecer isso. — agradeço já de antemão.

— Se cuida, Bianca. Tchau.

Graças a Bárbara ela conseguiu que o hotel providenciasse uma roupa para mim.

Foto da roupa:

  *Fim da lembrança*

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  *Fim da lembrança*.

— Próximo! — gritou um funcionário, chamando-me a atenção.

Chego mais perto do balcão e entrego o bilhete. Feito isso, corro em disparada para a estação certa para não perder o ônibus. Finalmente chego e lá está ele, faltando apenas cinco minutos para sair.

Respiro aliviada e entro. Vou para o assento de trás e encosto minha cabeça na janela.

— Não se preocupe, madrinha. Eu já estou a caminho. — murmurei.

Olho para o horário, no meu celular. Faltava 1 minuto para o ônibus sair de vez. Até que percebo um movimento estranho dentro do veículo.

De repente, o motorista e um fiscal aparece e anuncia a todos que estavam ali dentro comigo a seguinte frase:

— Senhores passageiros, peço que aguardem sentados em seu lugar. A polícia foi notificada que uma traficante está dentre vós. Mantenham a calma e deixem o policial fazerem a vistoria!

— Fico apavorada após ouvir isso. Traficante? Transportando drogas? Céus, que perigo! Ainda bem que a polícia foi perspicaz e descobriu a tempo! — pensei cautelosa.

Neste momento, a "polícia" sobe no ônibus, mas para o meu desespero, era Lorenzo que estava subindo. Vendo que era de fato ele, tento me esconder no cantinho o máximo possível.

Ele anda a passos largos, até eu notar que ele parou exatamente do meu lado. Sinto sua mão, no meu ombro. Engulo em seco e decido me fazer de idiota.

— Sim?

— Documentos, por favor. – ele me pede com um sorriso debochado.

— Com licença, esse senhor na minha frente não é um policial de verdade! — reclamei.

— Isso é desacato a autoridade. Portanto, você está presa! — Lorenzo elevou a voz.

Já vi qualquer coisa louca na minha vida, mas aquela situação ganhava de todas. Simplesmente não vou me rebaixar a ele, nem aqui, e nenhum outro lugar! 

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora