Capítulo 26 - Hospital

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BIANCA:

  Estava já acordada. Esperava dar seis horas, para sair de casa e ver minha madrinha. Depois de dez minutos, olho para a tela do meu celular e finalmente havia dado o horário.

Levanto-me e tomo um banho rápido. E graças a Tomás, ele providenciou lindas roupas para mim.

— Seja quem for a namorada do Tomás, sem dúvida, ela é uma garota de sorte! — pensei, escolhendo o que irei vestir.

Look do dia:

   Pego minha bolsa, meu celular e documentos

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   Pego minha bolsa, meu celular e documentos. Encaro Lorenzo dormindo, com muito ódio. Por culpa dele, minha coluna está travada. O chão daqui é muito duro! Ele disse que depois da confusão que arrumei ontem, ele me fez dormir no chão gelado.

Enfim, desço as escadas rapidamente, em silêncio.

Quando estava próximo da porta, dou de cara com Madalena. Dou um pulo pra trás com o susto.

— Nossa, cara! Por acaso é um fantasma?! — a questiono de nervoso.

— Aonde a senhorita está indo tão sorrateiramente? — interrogou-me Madalena, com um olhar desconfiado.

— Aconteceu uma emergência em casa e estou indo lá resolver.

— Não pode sair sem a permissão do patrão. — disse Madalena friamente.

— Está bem. — suspirei.

Quando nós íamos voltar, empurro Madalena sem usar muita força, corro e saio apressadamente pela porta.

Meus passos eram rápidos e largos. Ficar ali estava fora de cogitação! Eles não podem saber nada de minha madrinha, senão minha identidade será exposta.

Peguei um táxi e em meia hora, cheguei no abrigo de idosos. A mulher que Bárbara enviou para vigiar e cuidar de minha madrinha estava lá. Seu rosto estava coberto, a mulher usava trajes escuros e com um capuz. Não me importei muito. 

  — Olá, deve ser a Sra. Bianca, presumo.

— Sim, sou eu mesma. Como está minha madrinha? — pergunto preocupada.

— Siga-me, por favor. — disse a mulher.

Passo pelo corredor, até chegar ao quarto de Olívia. De repente, me deparo com ela deitada, chorando bem baixinho. Sua pele estava amarelada e ela não parava de tossir.

— Madrinha! — exclamei aos pés da cama.

Ao me ver, ela esboça um sorriso singelo.

— Você voltou... Bianca.

Beijo suas mãos tão calejadas e respondo em seguida:

— Claro que voltei! Eu sempre vou voltar para você, madrinha.

Não consigo conter e também me desabo no choro.

— Me desculpa madrinha! Saiba que não a deixei de propósito.

Choramos por um tempinho abraçadas. Até eu me recompor, encaro a mulher, levanto-me e faço a seguinte pergunta:

— Você não a levou ao hospital?

— Ela não possuía dinheiro nenhum. Então o hospital rejeitou em atendê-la.

— Isso não é verdade! Eu mesma economizei o dinheiro. Eu...

— Bianca. — chamou minha madrinha num tom mais sério.

Quando Olívia me chamou daquele jeito, entendi tudo.  

— Madrinha... Você gastou o dinheiro todo, não é? — perguntei suavemente.

— Eu apenas quis comprar um presente pra você. — ela disse retirando do bolso do vestido, um colar dourado fino, escrito "Bianca".

Pego delicadamente o colar. Eu encaro a linda peça dourada com o meu nome em mãos.

— É lindo, mas... Você não podia ter feito isso! E agora? O que vamos fazer?

— Eu só queria te ver feliz. — ela respondeu.

Beijo mais uma vez suas mãos, carinhosamente. Sorrio e coloco o colar.

— Eu amei o presente. Muito obrigada! — agradeci sorrindo.

Agora eu tinha que pensar num plano. De repente, tive uma ideia. Abri a minha bolsa e peguei o celular. Digito o nome de Bárbara e torço para que ela me atenda.

— Alô? Bianca? O que houve? — ela perguntou.

— Por favor, me ajude. — sussurro no telefone, para que Olívia não se preocupasse.

Explico rapidamente minha situação a Bárbara e ela me diz exatamente o que devo fazer. Termino a ligação, olho para Olívia e respondi gentilmente:

— Vai ficar tudo bem, madrinha. Vamos, temos que ir ao hospital. Eu vou cuidar de você.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora