Capítulo 49 - Uma ligação surpreendente

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BIANCA:

Como havia prometido a Lorenzo, esses cinco dias eu tenho me comportado, descansado bem, me alimentando direito e é claro a cada final do dia, eu trocava meus curativos.

Ao passar o prazo final de repouso que o médico recomendou, coloco uma roupa agradável.

Minha roupa:

Fazia dias que eu não visitava minha madrinha

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Fazia dias que eu não visitava minha madrinha. Hoje parecia ser um dia perfeito para isso! Mando uma mensagem para a Dra. Esther de que logo compareceria ao hospital para vê-la.

Ao descer as escadas, vejo Lídia no telefone e com um gesto, ela me pede para me aproximar.

— Pois não? — perguntei.

— É para você. — ela disse passando o telefone pra mim.

Antes que eu respondesse, ela vai embora, me deixando sozinha com o telefone em mãos. Quem será? Hesito em continuar a ligação por um instante, até que eu ouço do outro lado da linha:

— Bárbara?

— Alô? Quem fala?

Logo escuto um choro.

— Minha neta, como agradeço a Deus por você estar em casa, sã e salva! — exclamou a voz de um senhor.

Logo me dei conta que era o avô de Bárbara. Mordisco meu lábio inferior, sentia-me nervosa. Um arrepio invade o meu corpo, sinto minhas mãos ficarem geladas e trêmulas. Engulo em seco.

Essa era a minha primeira vez que eu conversava com ele. Tento manter a calma e respondo:

— Vovô, como senti saudades!

— Fico feliz em ouvir isso! Que tal você me fazer uma visita hoje? Quero muito vê-la! Ah, e não se esqueça de trazer o seu marido. Gostaria de ter uma conversa com vocês dois.

— C-Claro... Nós vamos sim! Te encontro aí em casa e...

Porém, ele me interrompe e diz:

— Não tem ninguém em casa. Eu estou no hospital.

— O quê? No hospital? O que aconteceu? — perguntei preocupada.

— Não se preocupe muito. Eu estou bem. Bom, aguardo sua visita. Te vejo mais tarde, querida. — ele se despediu e desligou.

Ainda mantenho o telefone em mãos, tentando compreender o que acabou de acontecer. Como ele foi parar no hospital? Bárbara tinha me dito que o avô dela era muito cuidadoso com a saúde. Como acabou assim?

Solto um suspiro meio desanimado. Queria tanto ver minha madrinha hoje, mas parece que terei que deixar para outro dia.

— Espera. O avô de Bárbara quer que eu leve o Lorenzo. E agora? Eu não quero ser a pessoa que irá convidá-lo! Nem eu sei o que ele pensa, e se ele rejeitar o convite? Como vou explicar ao vovô? — murmurei baixinho, agoniada.

De repente, sinto uma mão quente pousar no meu ombro. Pulo para trás com o susto e vejo Madalena.

— Desculpe assustá-la, senhorita. Mas não pude deixar de notar, que parece estar preocupada com alguma coisa.

— Ah, não é nada. Quero dizer, o meu avô me convidou para visitá-lo no hospital... Eu queria falar com Lorenzo que precisarei sair de casa, mas ele é muito ocupado. Tenho medo de atrapalhá-lo. — expliquei meio sem jeito.

Sinto Madalena tocar em minhas mãos e com um sorriso ela responde:

— Que bobagem, meu bem! Certamente o patrão não se incomodará. Confie em mim.

Sorrio meio sem-graça. Desde quando Madalena deixou de ser tão assustadora? Será que estou sonhando?

— Aliás...

Ela fala tirando do bolso um bilhete amassado e me entrega. Ao abri-lo, Lorenzo havia deixado uma mensagem para mim:

"Estarei na empresa durante esses dias. Lamento não ter tempo para vê-la. Enfim, caso precise de alguma coisa, você pode ligar para mim. Estarei à sua disposição. Se cuide."

E embaixo, havia o número dele também.

— Que atencioso da parte dele. — pensei, sorrindo.

Ergo o olhar e Madalena ainda me encarava. Desfaço o sorriso e agradeço desde já.

— Eu vou sair. Tchau Madalena.

Saio de casa apressadamente. Logo, paro em frente a um parque muito bonito. Tomo coragem, pego meu celular e começo a ligar para o Lorenzo. Será que ele vai aceitar? E se não? O que eu vou fazer?

De repente, e para minha surpresa, ouço uma voz masculina atender.

— Alô? Bárbara?

— Lorenzo... Oi... Hã...

— Aconteceu algo? — ele perguntou num tom preocupado.

— Mais ou menos... Na verdade... Eu... Bem... É que...

— Fale de uma vez!

— Meu avô quer marcar um encontro conosco! Você vem comigo? — exclamei apavorada.

Há um momento de silêncio, até que escuto uma risada rápida através da linha telefônica. E finalmente ouço o seguinte:

— Seria um prazer acompanhá-la. Dê-me sua localização agora. E nós vamos juntos!

Como é? Ele aceitou? Assim tão fácil? Sem pedir nada em troca? Não entendo. Como uma pessoa pode mudar tanto da noite pro dia? Esse é mesmo o Lorenzo?

Sinto uma sensação estranha no peito. Tudo aquilo parecia irreal para mim! 

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora