Capítulo 21 - Adestrando minha Esposa

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LORENZO:

  Acordo com o barulho de alguém batendo na porta. No início, até achei que tinha ouvido errado, mas depois de ouvir umas quatro vezes, confirmei que não estava sonhando. Reviro-me na cama, com preguiça de levantar.

  — Hmmm... Bárbara, atenda a porta. — pedi gentilmente.

  Mas o barulho não parou.

  — Bárbara? — chamei outra vez.

  Ao abrir os olhos, percebo que Bárbara não estava lá. O roupão que ela estava usando ontem à noite estava em cima da poltrona. Ela saiu?

  Mais uma vez alguém bate na porta. Levanto ainda meio sonolento. Abro a porta e dou de cara com uma funcionária, aparentava ser um pouco mais velha do que eu. Sua expressão era de seriedade.

  — Pois não? — perguntei sem entender nada.

  — Perdoe-me a minha intromissão senhor, mas uma mulher chamada Bárbara Rodríguez veio a recepção e desfez a reserva de vocês do hotel. Preciso que o senhor libere o quarto para nossos clientes.

  — Ora essa, eu sou um cliente VIP! Vocês não têm o direito de me mandarem embora! E tampouco conheço essa tal Bárbara de quem você falou. — minto no impulso.

  A mulher me encara e responde:

  — Ela nos deixou uma prova que de fato o conhecia.

  Deixo escapulir uma risada franca.

  — E qual seria essa prova? — a questiono.

  Logo, a funcionária retira do bolso da calça uma aliança dourada. Ao olhar, percebo que é a mesma aliança que coloquei no dedo de Bárbara durante o nosso casamento. E junto ao anel estava um bilhete amassado.

  — Bárbara... Você me paga por isso! — penso impaciente.

  — Ela disse que quando o senhor lê-se esse papel, tudo seria resolvido. — explicou a mulher. 

  Já irritado com a ousadia de Bárbara ter aprontado pelas minhas costas, pego o bilhete rapidamente e o desamasso para ler. Assim dizia:

"Aconteceu uma emergência e estou indo para casa. Como não tenho dinheiro suficiente para pagar a diária deste hotel, usei a aliança como garantia. Mas a recepcionista me avisou que esta aliança que você me deu é falsa. Ela não vale nada. Pelo visto, não dá para confiar num cachorro de raça, é melhor confiar num vira-lata qualquer!

Tchauzinho, Lorenzo!"

Ao terminar de ler, cerro meus punhos, cheio de raiva. A mulher ainda me encarava.

— Chame o gerente deste hotel! Eu mesmo resolvo isso com ele! — ordenei irritado já.

— Pode falar o que quiser para mim, pois eu sou a gerente daqui! — defendeu-se a mulher.

Engulo em seco e peço desculpas, mesmo contra minha vontade.

— Essa moça que escreveu o bilhete, quando ela escreveu isso?!

— Há cerca de uma hora atrás. — ela me respondeu.

— Ela disse mais alguma coisa?

— Apenas perguntou qual era a rodoviária mais próxima daqui. Eu respondi que era a Everett.

— Obrigado. Já vou liberar o quarto para você. — falo fechando a porta logo em seguida.

Troco-me de roupa rapidamente. A roupa:

Pensando somente numa coisa: Bárbara Rodríguez

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Pensando somente numa coisa: Bárbara Rodríguez... Desta vez, não vou deixá-la escapar!

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora