ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Marina Narrando
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ❄❄❄O táxi tinha nos deixado na entrada da morro, houve uma confusão se iria deixar ou não o carro subir. Por fim eu me estressei, e disse que dali mesmo subia com as malas, mesmo que eu tivesse que fazer duas viagens ou mais.
Marina: Anda Bia! — chamei — Depois vocês até se comem, eu juro. — olhei pros dois.
Bia: Marina!!! — me repreendeu.
Marina: Ah, desculpa... — debochei — Até parece mesmo que aqui, ninguém nunca fez isso. — dei uma boa olhada nos homens com as armas, e alguns sem.
XXX: Sabemos bem de qual é da parada, novinha. — piscou pra mim.
Marina: Muito obrigada. — sorri — Será que alguém poderia me ajudar?
XXX: Aquelas ali atrás? — um outro menino apontou.
Marina: É por favor. — ajeitei as malas e as caixas — BIA! — falei mais alto.
Bia: O QUE? — descolou do menino.
Marina: Vamos! — tentei convencer dessa vez.
Por fim ela me ouviu, e fomos subindo o morro devagar. Eu não estava com pressa apesar do peso, estava adorando aquele lugar, por mais besta que pareça. Eu não sou inocente, só pela tv já dá pra se ver como é o funcionamento de um morro, e como é um morro, talvez não tão de perto mais já da pra sacar.
Bia: Aqui é bem louco. — disse olhando o movimento.
Sorriso: É da hora morar aqui. — pareceu orgulhoso — Depois de você deixar as suas coisas, vou te levar pra conhecer.
Marina: Obrigada pela parte que me toca. — me intrometi na conversa.
XXX: Se quiser te levo pra um rolê. — riu imitando o casal feliz.
Bia: Vão pra merda. — riu e logo depois deu um selinho no Sorriso.
Demoramos mais alguns minutos, e enfim chegamos. A casa era bem humilde, tanto por dentro, quanto por fora, mas era simplesmente linda demais! E não era muito diferente da antiga, diferente de muitas, eu não acordava com a vista pro mar, nem pras montanhas bonitas, e aqui não iria ser diferente. Também não era algo de se sentir pena, pera lá, até porque aquela casa tinha muita história para contar e eu amei cada dia que eu morei lá. Fui a primeira a entrar, Bia destrancou a porta, fui passando por cima dela. Deixei as coisas tudo no chão e fui procurar o quarto maior, não sou boba.
Marina: ESSE QUARTO É MEU. — falei bem alto.
Bia: Pera lá, não conversamos sobre isso. — ela veio até mim.
Marina: Não temos o que conversar, é meu. — comemorei.
Bia: Eu sou a mais velha, tenho direitos. — quis duelar.
Marina: Um ano só... — me joguei na cama — Beijo de luz, sai do meu quarto.
Bia: Tô ficando sem moral.. — disse saindo do quarto.
Marina: Já teve algum dia? — ri, indo atrás dela.
Bia: Acho que sim né... — pensou — Pelo menos por eu ser a mais velha, deveria ser assim.
Marina: Um ano só. — revirei os olhos — Aceita amiga, aceita. — peguei todas as minhas coisas e levei pra o meu quarto.
Bia: Um ano é muita coisa. — resmungou mais um pouco — E não, não aceito.