ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Marjorie Narrando
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Essas horas a Roberta já colocou o nosso plano em prática.
CV: Aonde vai? — atrás de mim.
Marjorie: Na Rô, amor. — sorri.
CV: Ela tá no postinho.
Marjorie: Meu Deus. — coloquei a mão na testa — O que aconteceu amor? O
Maquinista fez alguma c coisa? — olhei — Amor, fala. — fingindo desespero.
CV: Longa história, vai lá nela. — me deu um selinho — Vazei.
Sai logo atrás dele, que bom que tinha dado certo até esse ponto, agora era ver se o Maquinista caiu. Fui pro postinho, me direcionando ao balcão.
Marjorie: Olá, gostaria de ver a paciente Roberta, por favor. — pedi.
Balconista: Seu nome senhora? — me olhou.
Marjorie: Marjorie.
Balconista: Quarto 12.
Segui pelo longo corredor que dava acesso ao quarto 12, era uma dos melhores. Ai dá até uma invejinha, porque eu não dei o golpe no Maquinista? Af em Marjorie. Mas enfim, foco na situação da Roberta.
Marjorie: Me conta tudo. — fechei a porta.
Roberta: Ele caiu amiga. — comemorou.
Marjorie: TUDO. — ela sentou tipo borboleta me dando espaço.
Roberta: Aí fiz aquele drama né?! — começou — Chorei, falei que estava sangrando e mostrei o exame.
Marjorie: A menina te emprestou o exame na boa? — perguntei — E o sangue? Como?
Roberta: Primeiro que ela não queria, porque ninguém do morro sabia que ela estava grávida. Como se não fosse óbvio. Fiz ela fazer o exame e me dá. — revirou os olhos — Enfim, ofereci uma quantia e ela aceitou. O sangue foi um truque que eu aprendi, enfim, o mais importante é que ele caiu.
Marjorie: O médico confirmou?
Roberta: Outro que ofereci dinheiro. — fez careta — Mas confirmou. Tenho que arrumar uma barriga falsa e outra de aluguel.
Marjorie: Aqui no morro todos temos contatos! Vamos conseguir isso fácil, será que essa menina não tá afim não? — riu — Tá todo babão?
Roberta:Nem perguntei, do jeito que ela está desesperada, não seria uma má ideia. Já tem 5 filhos pra cuidar. E sobre o Rael, tá começando... Relutou um pouco, mas não tem como. — comemorou — E você amiga? E o Arthur?
Marjorie: Me deixou em paz. — levantei as mãos — É estranho, completamente estranho, mas só de me deixar em paz e o CV me tratando bem, eu estou amando.
Roberta: Isso é ótimo. — sorriu — O CV não pode descobrir de jeito nenhum.
Marjorie: Vira essa boca pra lá. — ri — Tu tem que ficar aqui?
Roberta: Sou obrigada. — bufou — Mas você vai ficar me fazendo companhia né?
Marjorie: Claro.
Roberta: Me senti mal por enganar ele. Mas amiga, se eu não fizesse isso, ele iria terminar comigo.
Marjorie: Não é por nada não, mas iria mesmo. — confirmei — Ele tá um porre. — revirei os olhos.
Roberta: Também estou achando. Será por causa daquela vaca? Eu bem vi ele com ela. — irritada.
Marjorie: Óbvio. — sincera — Ele arrasta um caminhão por ela.
Roberta: Af, que que essa menina tem em?
Bianca: Mel naquela buceta. — entrou no quarto, nos entreolhamos.
Roberta: Chegou a muito tempo?
Bianca: Agorinha.
Marjorie: Amigas. — sorri.
Roberta: Companhias! — se encolheu mais na cama pra Bianca sentar.
