Capitulo 101

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Isabela Narrando
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Forasteiro: Isa, para de ciúmes.

Isabela: Pelo amor que você tem a sua vida... — olhei — Fica longe de mim hoje.

Forasteiro: O ciúmes vai durar o dia inteiro?

Isabela: Não sei... — perto — O Gui não está muito ocupado não? — imitei a menina.

Forasteiro: Era pro Tom. — bufou.

Isabela: O Tom que fosse atrás. — cara feia — A puta pra variar, quase se abriu, quando te viu.

Forasteiro: Isa... — pegou no meu braço — Mina, eu amo você.

Ele nunca tinha dito que me amava, muito menos eu dizia algo parecido pra ele, sempre era que um curtia o outro e por aí vai.

Isabela: Não parece. — fiz não me importar.

Forasteiro: Mas amo e muito. — me fitou — Até parece que eu vou te trocar, ainda mais por quem.

Isabela: É porque você não viu como ela te olhava... — lembrando.

Forasteiro: É porque não me interessa! — sério — Não me interessa nenhuma outra. Por que não acredita no que eu te falo? Em todos os sentidos você sempre dúvida.

Isabela: Aprendi desde cedo que não se deve ir com muita sede ao pote. — o encarei.

Forasteiro: Não sou como os moleques que você está acostumada. — olhou no fundo dos meus olhos — Para com isso vei, eu quero você. Se eu não quisesse já teria me mandando. — respirou fundo — Isa, aprende uma coisa sobre mim: Comigo é pá pum, se eu não quero, não quero mesmo. Não vou viver de aparência ou algo do tipo, não sou desses malandros.

Isabela: Eu sei disso, mas é que não dá, já é no automático. — expliquei — Me mostra que você é diferente Guilherme, não me decepciona não, por favor.

Forasteiro: Não vou! — deu um beijo na minha testa — Vamos sair hoje? Fazer sei lá, esses programinhas de casal, um casal normal por um dia.

O que ele estava querendo dizer, é que namorar com um bandido não é nada fácil, tem certas coisas que você nunca poderá fazer com ele. Exatamente, como ir num cinema, numa praça, numa festa, sair para lanchar, porque na língua deles: é sujeira, embaçado, kaotico. Os policiais estão sempre na cola, não importa se você só está ali comendo, se eles já te marcaram, você será um marcado para sempre.

Isabela: Eu não quero que você se arrisque. — olhava.

Forasteiro: Não é risco nenhum e mesmo que se fosse por você eu faço tudo. — selinho — Tudo o que não fizeram por mim, eu faço por você.

Isabela: Eu te amo Guilherme.

Forasteiro: Eu te amo Isabela!

Isabela: Vamos no cinema? — animada com a ideia.

Forasteiro: Aonde você quiser. — fez carinho na minha bochecha.

Eu sabia que não deveria dar tanta liberdade e colocar a pessoa que eu sou nas mãos de outra pessoa, mas com ele não tinha como eu evitar. Sim, eu queria passar o resto da minha vida com esse homem. Sabe quando a pessoa simplesmente te tira do chão só de olhar ou seu coração acelera quando de longe você reconhece a pessoa?

Forasteiro: Tô descendo, marca aí. — desesperado.

Isabela: O que foi? — preocupada.

Forasteiro: O Maquinista matou a irmã do Tom.

Isabela: Guilherme, não se intromete por favor. — pedi — A briga não é sua.

Forasteiro: Chego em casa inteiro pra você! — me deu um selinho demorado.

Voltei a minha rotina normal, fiz alguns trabalhos e tarefas da escola. Fiz a minha inscrição para o ENEM e estou fazendo um cursinho de noite. Em falar nisso, já estou mais que atrasada. Troquei de roupa rápido, e coloquei a mochila nas costas, peguei uma maçã e desci o morro num pulo só.

Tom: ISABELA. — gritou, parecida transtornado — Vou precisar de você.

Isabela: Pra quê?

Tom: Alguma vez a Marina já te contou alguma coisa daquele Maquinista arrombado?

Isabela: Tom por favor.

Tom: Você tem algum contato com a irmã dele? — olhou nos meus olhos.

Isabela: Não tenho nenhum contato. — fui clara — Se bobear, só troquei meia palavra com ela.

Tom: Sabe se ela está namorando ou aonde ela estuda, qualquer coisa Isa, vai.

Isabela: Tom me tira fora dessa ok? — passei por ele.

Tom: O Maquinista matou a minha irmã. — fiquei em choque — Eu quero vingança.

Isabela: Sabe que isso não compensa.. — tentei fazer ele mudar de ideia.

Tom: Ameniza. — com raiva — Ficamos parceiros, ele me tirou algo e eu quero tirar algo dele.

Isabela: Já estou sabendo demais. — tampei os ouvidos — Beijo estou indo.

Fala sério, mas uma dessas... No cursinho o Eduardo e o João também eram da minha sala, o nosso curso era de administração.

Isabela: E aí gatinhos. — pisquei dando beijo em cada um.

Eduardo: A mais gata de todas.

João: Vão a merda.

Isabela: Ih terminou o relacionamento? — riu.

João: Sem brincadeiras pra hoje tá?

Isabela: O que foi? — me sentei do lado dele.

João: Estou cansado, só isso velho. — passou a mão na nuca — E você?

Isabela: Estou bem. — sorri — Só algumas complicações, mas né, é a vida.

Eduardo: Tô é sobrando.

João: Quer se junta a fossa?

Isabela: Partiu aula Eliane.

A professora entrou na sala como sempre dando as ordens de sempre, repetindo, repetindo e repetindo. O primeiro horário era sempre o mais chato.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora