Capitulo 17

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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To Boladão com o que aconteceu, me deixei descontrolar muito fácil, deveria ter segurado mais a aonde, quase bati nela. Só que não esqueci os tapas que ela me deu, mas vacilei também, toquei no assunto dos pais dela, pra quê ela tinha que se meter na minha conversa com a Lana?

Sorriso: Tá mais calmo?

Maquinista: De boa, relaxando. — respondi.

Sorriso: Os dois perderam a cabeça. — afirmou — Não é só culpa sua, sei que tá pesadão.

Maquinista: É mano, só que sei lá... — respirei fundo — Esquece.

Sorriso: Rael, tô contigo. — me fitava.

Maquinista: Eu errei, eu sei, não deveria ter falado certas coisas e muito menos ter levantado a mão pra ela. — falei — Sei que errei e isso tá me incomodando, ainda mais com ela e com as coisas que eu fui capaz de falar, mas ela pisou na bola pra carai fi. Me deu dois tapas velho. — passei a mão no rosto — Foda - se quem viu, quem deixou de ver.

Sorriso: Se isso é mente pesada, desculpa tá aí pra isso. — curto.

Maquinista: Não vou fazer isso não. — levantei — Vou pensar em outra coisa.

Sorriso: Irmão, faz o que tu achar certo. — foi até a porta — Qualquer coisa, vai de rádio.

Minha cabeça tava a mil, eu não sabia o que fazer, sei que tinha sido muito errado, e já tinha feito não tinha volta. Agora é ver o que vai dar. O movimento tava tranquilo, o que me fez ficar mais na neurose pensando em tudo que eu tinha feito e os tapas que ela tinha me dado.

CV: Aonde fui colocar o meu pinto? — entrou no barraco.

Maquinista: Qual foi? — olhei.

CV: Marjorie. — passou a mão no rosto — Ah não ó.

Maquinista: Mulher é fogo viado... — pensei — Enrola, enrola, quando vê a gente nem sabe mais o que fazer.

CV: Qual foi Rael? — sentou na cadeira à minha frente.

Maquinista: Tive uma discussão com a Marina, quase que bati nela. — falei.

CV: Tu não ia bater irmão, você é contra isso. — prestou atenção — Tem mais alguma coisa?

Maquinista: Falei alguma coisas que não deveria, falei dos pais dela parceiro. — me lamentei — Os pais dela faleceram, e ela me virou dois tapas na cara.

CV: Puta que pariu. — surpreso — A briga foi do nada?

Maquinista: Não, eu fui falar com a Lana, e ela se intrometeu.

CV: Geral da comunidade viu?

Maquinista: Viu mano. Eu não tô nem aí. — olhei — Zoado foi o meu vacilo fi, com o resto da comunidade depois eu me resolvo.

CV: Carai, tô sem ter o que falar agora. — confessou.

Maquinista: To tentando ocupar a minha cabeça mais tá foda. — coçei a cabeça — Mente tá barulhenta.

CV: Dois na fossa fi, dei de cara com a sua irmã subindo o morro. — revirou os olhos.

Maquinista: Ela te viu com a Marjorie? — me ajeitei na cadeira.

CV: Viu. — abaixou a cabeça — Irmão, eu não sei o que fazer também. A Marjorie tá achando que vamos virar marido e mulher, só porque trouxe ela pra cá. Eu trouxe porque ela não tinha aonde morar, e não ia bancar ela em hotel de luxo.

Maquinista: Firma quebrada. — começei a desenrolar um beck — Bora?

CV: Sempre nas horas boas.

Desenrolei um beck violento, a brisa tava fantástica, os pensamentos que me atormentavam foi tudo embora, fechei os olhos e fiquei curtindo. Ouvia a risada do CV rachando só de ficar parado, como as janelas estavam todas fechadas, só deu fumaça pelo barraco.

Sorriso: É chaminé? — entrou rindo — Os cara desenrola e nem convida.

Maquinista: Não seja por isso, apronto outro. — peguei a seda, e a sacolinha.

Raspei a maconha na minha mão, pra ela se desfazer e ficar em pedaços já que ela estava sólida. Coloquei em cima da seda e fiz uma fileira, só ajeitei na seda, passei a língua pra colar e enrolei.

Maquinista: Dos brabo. — vi o tamanho que o monstro tinha ficado.

Sorriso: Manda pra cá fi. — puxou o cigarro e acendeu.

De rodinha em rodinha. Como é bom não ter nada pesando a mente!

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora