Fiquei assistindo televisão enquanto esperava a janta. Passava os comerciais das escolas, faculdades. Lembrei que eu tinha passado na faculdade que eu queria também, pois é, aquela prova deu resultado, eu passei em direito. Mas por causa de algumas pessoas eu não fui.Sônia: Ma, se quiser vir jantar está pronto.
Marina: Obrigada, já estou indo. — indo em direção as escadas.
Sônia: Pode deixar comigo.
Marina: Sogra, deixa. — passei por ela.
Subi as escadas devagar e com calma, não precisava de tanto. Bati na porta do quarto devagar.
Marina: Amor?
Maquinista: Que?
Marina: Olha Rael, eu não tenho culpa. Me poupe. — irritada.
Maquinista: Eu sei, me desculpa é que... — passou a mão no rosto — Como que pode isso? Ele é da minha idade Marina, não tem cabimento.
Marina: Tem sim. Se eles se gostam que mal faz? E se você fosse a sua mãe e eu o Menor, ainda ia querer, que a gente não tivesse nada por causa de idade? Sério Rael?
Maquinista: Não tenta virar esse jogo.
Marina: Tento sim. Para de ser cabeça dura meu amor, é só um amor. Eles se amam, se gostam, estão felizes e muito juntos. Quer ver a sua mãe triste num canto sozinha? — explicando — Ela merece ser feliz. Acho só acho que você por mais que seja filho, não tem o direito de interferir na vida dela, seja qual for a área. Ela já é adulta, você já é adulto e deveria comportar como tal. Já está criado, cuidado, tem uma boa educação, é maduro, por favor.
Maquinista: Que isso Marina? Que porra é essa?
Marina: A verdade Rael, se você quer saber é a verdade. Deixa de ser cabeça dura com essa coisinha boba de ela ser mais velha do que ele ou ele ser mais novo do que ela. Desde quando isso importa para alguém? Só se for para você, o único. Porque para mim está tudo bem, a minha sogra está feliz. Para a Lana, está ótimo, até porque ela está vivendo a vida dela. Então faz o favor? Viva a sua, seja feliz comigo, permita a sua mãe ser feliz e esquece isso. — sai.
Desci as escadas e me sentei na mesa com os dois.
Marina: O cheiro está ótimo. — suspirei.
Sônia: Coma muito querida. — me serviu horrores.
Menor: Quero os meus netos saudáveis! — sorriu.
Marina: Meu amor, é lógico que vão nascer saudáveis ou melhor, tudo de bom! Porque a mãe é, o pai é. — brinquei.
Sônia: Minha genética faz parte. — cantou vitória.
Marina: Desculpada.
Bianca: Tia, será que posso conversar com a senhora?
Sônia: Claro.
Menor: Chapa tá quente. — dando uma garfada — Minha dama cozinha bem para caralho.
Maquinista: Menor, dá uma chegada aqui. — foi para a varanda.
Acabei ficando sozinha na mesa, mesmo assim não me intimidei, comi devagar.
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Isabela: Amiga.
Marina: Sim? O que foi Isa?
Isabela: Marina, eu estou me afundando.
Marina: Para, Isa, que isso. Amiga por favor, você é forte.
Isabela: Não eu sei. — ouvi um suspiro — O HC está a cada dia mais perto de mim.
Marina: E essa aproximação te incomoda?
Isabela: Não sei. Deveria? — escutei um barulho — Que burra Marina, isso não se faz. Amiga ele é meu cunhado.
Marina: Isa, calma. Isso não é nenhum crime ou pecado. O Forasteiro já não está mais aqui entre nós, por favor, não fica pensando nisso. — respirei fundo — Isa, até quando vai se privar de viver?
Isabela: Marina, não é me privar é só que ele é irmão do Forasteiro. — alterou a voz.
Marina: Isabela, você está gostando dele. — afirmei.
Isabela: Não estou.
Marina: Tem certeza? Absoluta?
Isabela: Ai Marina.
Marina: Seguinte Isa, o Forasteiro morreu ok?! Vai fazer o que uns 7 meses? — perguntei — Você precisa viver. A sua vida continua apesar do fato amiga, uma hora ou outra! Vai aparecer alguém que vai mexer com você e outra, se ele sentir o mesmo que mal tem?
Isabela: Marina, ele chegou aqui, beijos.
Marina: Isabela, por favor, me adianta amiga.
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