ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ 🚊🚊🚊Maquinista: Criolo, a Bia tá em casa? — cheguei perto.
Criolo: Deve estar sim, por causa de que mano? — olhou — Posso ajudar?
Maquinista: Tenho que pegar algo meu de volta, que está bem longe! — ele sabia de quem eu estava falando.
Criolo: Se ela não estiver lá em casa, está na Lana. Boa sorte parceiro. — bateu no meu ombro.
Primeiro dei um pulo na casa dela.
Maquinista: Bia? — abri a porta.
Bia: Oi? — veio da cozinha.
Maquinista: Pra onde a Marina foi?
Bia: Ela está na casa dela. — mentindo.
Maquinista: Porra, eu sei que ela tá viajando caralho e eu vou buscar ela. — afirmei.
Bia: Ai, te apoio. — se aproximou — Eu não gosto com quem ela foi.
Maquinista: E ela foi com quem? — raiva.
Bia: Bruno, um antigo namorado de merda dela, história longa! — fez careta.
Maquinista: Puta merda. Para onde eles foram? — me olhou.
Bia: Para uma fazenda não tão longe daqui. — tentando lembrar — É nessa cidade vizinha, é só perguntar aonde fica a fazenda dos Soares.
Maquinista: Valeu Bia.
Bia: Maquinista, pelo amor de Deus, faça a coisa certa dessa vez. Eu sei que vocês se gostam, por mais que briguem, se contentem, e se acertem. Boa Sorte.
Maquinista: Eu trago ela amarrada Bia!
Voltei pro meu barraco, abri o portão e subi na minha moto, coloquei o capacete, e sai cantando pelo morro.
Maquinista: Criolo, cuida da situação aí pra mim, tenho que resolver um bagui.
Criolo: Pdc, tá no esquema.
Maquinista: Demoro!
Acelerei, peguei a avenida para sair na BR, ficava alerta a qualquer sinal dos vermes, já conheciam a minha moto e a placa, além de eu estar ultrapassando todos os limites de velocidade!
Maquinista: Ô senhora, sabe aonde fica a fazenda dos Soares? — reduzindo a velocidade.
Senhora: Olá meu jovem, sei sim. — sorriu — É logo a sua esquerda, desça toda a estrada de terra.
Maquinista: Valeu.
Senhora: Esses jovens de hoje em dias... Suas gírias... — riu, comentando com a moça que a acompanhava.
Voltei a velocidade de antes e virei a esquerda, seguindo o trajeto da senhora. Realmente, era a fazenda com um portão enorme do caralho, não era por causa disso tenho certeza, que não era por causa disso que a Marina estava com essa cara de merda. Toquei o interfone.
XXXXX: Quem é?
Maquinista: Vim atrás da Marina, ela está.
XXXXX: Não. Ela acabou de sair com o Doutor Bruno, quem deseja?
Maquinista: Sabe pra onde ela foi?
XXXXX: Se eu não me engano para a cidade.
Maquinista: Valeu pela informação.
XXXXX: De nada. Vou falar com ela quem alguém esteve a procura dela.
Maquinista: Não precisa não!