Capitulo 85

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Arthur Narrando
ㅤㅤ🏆🏆🏆

Vera: Qual é o real motivo dessa visitação mesmo?

Arthur: Rondas de sempre. — mexendo nos papéis da minha mesa.

Vera: Arthur eu te conheço. — sorriu — Me conta.

Arthur: É por causa da Marjorie.

Vera: Ainda não esqueceu essa menina? — fez careta.

Arthur: O filho que ela está esperando é meu.

Vera: Não é do tal marginalzinho CV? — assustada.

Arthur: Não, é uma longa história. — fui me servir café.

Assim que iria colocar o café na boca, se ouve vários estouros do lado de fora da delegacia e não eram normais, e nem nos de dia de treinamento. O alarme tocou, era invasão. Qual morro, tinha se metido a besta com nós? Peguei a minha arma, carregando no bolso as balas reservas. O tiroteio foi absurdo não só policiais como bandidos mortos no pátio da policia, boa parte dos carros foram roubados, a cela com as armas só feitas para a polícia tinha sido derrubada e invadida. Era uma correria só, e de quebra os telefones do 10° distrito não para, o toque do rádinho avisava que a loteria estava sendo assaltada, mas não tinha como dar uma ajuda.

Arthur: Chama o seu pelotão e ataca por trás.

Essa saiu abaixada, com o grupo indo por trás atacando de surpresa, os carros roubas e o armamento já tinham sido retirados e iria começar uma perseguição.

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— Carros em perseguição.
— Quantos carros ainda na ativa?
— 3 senhor.
— Quantos os bandidos ainda tem?
— 5 senhor.
— Corporação de bosta essa.
— Eles se desviaram senhor, cada um foi para uma reta diferente. Dois vão escapar.
— É o jeito. — olhei pra frente — Vou continuar na cola do RJ - XDW164.
— Entendido.
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O Morro era do Santa Fé, mas certeza que eles não iriam subir com a mercadoria pra lá. Parei de atirar e tentei me comunicar pelo rádio do carro.

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— Vamos fazer uma negociação, vocês se entregam, e eu tento alivar o lado de vocês na corte

— O verme acha que estamos pra brincadeira.

— Fala aí 10° o que tu anda fazendo no meu morro? Tá xeretando o que lá?

— Tá fumando dolinha demais marginal. — surpreendido — Vendo muito macaco em cima do poste.

— As fotos e nem as câmeras não mentem.

— Faz o seguinte, dispensa os táticos da minha cola que eu não envio as fotos pro teu mandante.

— Não funciono a base de ameaçar, os podres aqui são vocês.

— Nos orgulhamos disso.

Senti o carro ir perdendo a velocidade.

Arthur: Tá parando porque caralho? Vamos perder eles de vista.

Bianquetti: Já perdemos. — olhei para frente.

Nenhum sinal de carro, nem de pneus cantando. Só sentimos uma pressão do lado do motorista e o carro se arrastado até do outro lado da rua, a batida foi forte o Bianquetti ficou preso nas ferragens, a minha porta estava travada e o pessoal atrás todos descordados. Um marginal desceu do carro, esse eu poderia conhecer de longe, apontou a arma para todos do meu pelotão, matando todos a queima roupa sem dó. Procurei a minha arma pelo chão até aonde dava para mim alcançar. Dei um primeiro tiro, consegui acertar, ele tentou atirar mas já se ouvia as sirenes próximas. Entrou no carro correndo e saíram.

— Eu ainda pego todos vocês podres, marginais, favelados.

— Se nós não te pegarmos primeiro.

— Sem recadinho agora, o sinal tá

cortado. — eles arrebentaram o rádio.
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Por fim, os outros chegaram dando socorro. Todos do meu pelotão estavam internados com a bala alojada em lugares drásticos.

Arthur: Superior, todos fracassamos.

Leopoldo: Vocês envergonharam o nosso distrito.

Arthur: Peço desculpas.

Leopoldo: Desculpas não. — rígido — Você vai tratar de concertar isso. Concertar isso tudo.

Arthur: Sem os meus ajudantes?

Leopoldo: Com toda certeza. Se vira.

Já sabia que ali seria o final da conversa e eu tinha que começar a dar os meus pulos. Fui para a casa seco nessa investida, eu tinha que arrumar algo ou alguém. Eles já sabiam que eu estava de butuca no morro deles.

Milena: Achei que não iria chegar nunca meu bem. — na porta do meu apartamento.

Arthur: Assim você chega a ser inconveniente. — dei um sorriso.

Milena: Só a Marjorie que pode? — revirou os olhos.

Arthur: Sua amiga só me dar dor de cabeça.

Milena: E você gosta.

Arthur: Gosto mais de você. — prensei ela na parede do lado de fora mesmo.

Iniciamos um beijo moderado, o beijo teve várias mãos bobas, mordidas, chupões e tudo que for possível.

Milena: Vai com calma campeão. — me parou.

Arthur: Não atiça se você não vai aguentar. — dei um tapa na bunda dela.

Milena: Ai que fome. — disse entrando pelo apartamento.

Arthur: Come aí qualquer coisa. — fui tirando a farda — O dia hoje foi tenso. O namoradinho da Marjorie, e os seus amigos invadiram o 10° distrito.

Milena: Sério? — com uma tijela de sorvete nas mãos.

Arthur: Sério! — sentada do meu lado.

Milena: Nus.

Arthur: O pior que o desgraçado.. — com ódio nos olhos — Atirou no meu pelotão porra. Eu to sem ninguém e ainda tomei no cu, porque tenho que me virar sozinho. Só que botar a minha cara não posso, eles já me conhecem... — me ajeitei no sofá e olhei pra Milena que ficou quieta — Você seria uma boa ideia.

Milena: Acho que não. — balançou a cabeça.

Arthur: Você sim, e só quem te conhece é a Marjorie e qualquer coisa, você sabe o segredo dela. E ainda por cima pode me ajudar, com a gravidez dela.

Milena: Arthur....

Arthur: Milena.

Por fim ela acabou aceitando, sabia que me envolver com ela iria me dar benefício algum dia. Comuniquei ao meu superior.

Arthur: Sua vida a partir de hoje muda. Escola. Casa. Amigos. Bolso.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora