ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ Marina Narrando
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤㅤ ❄❄❄A agonia já tinha passado por um pouco, porém ainda estava bastante preocupada com o meu amor. Chamei a enfermeira.
Marina: Oi, tudo bom? — sorri — Então precisava do meu celular.
Enfermeira: Não posso deixar você utilizar.
Marina: No caso, eu preciso. — olhei — Ninguém sabe aonde estou, até mesmo se eu estou viva.
Enfermeira: Isto é. — parou para pensar um pouco — Vou tentar trazer a sua ficha para você anotar um número que eu entro em contato.
Marina: Tem que ser assim mesmo? — com preguiça — Quero ligar para tanta gente que fica difícil.
Enfermeira: Ok. — sorriu — Vou pegar o seu celular, já trago.
Fiquei esperando ela por alguns minutos, me sentia agitada por dentro e não gostava desse borbulho no meu estômago.
Marina: Desculpa bebê. — mordi os lábios — Mamãe nem sabia que você estava crescendo na barriga dela.
Enfermeira: Aqui está. — me entregou — Não demore.
Passou fechando a cortina. Tentei ligar o Rael e nada dele atender, na verdade o celular dele caia direto na caixa postal ou dava que estava fora de área.
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📱Marina: BIA! — falei um pouco alto.
Bia: MARINA, AONDE VOCÊ ESTÁ? — gritando.
Marina: Ai, Jesus, que bom uma pessoa. — agradeci — Cadê o Maquinista?
Bia: Cadê você? — preocupada — A Isa também está te procurando. Amiga, o morro foi invadido, eu não sei do Criolo, eu não sei do Maquinista, não sei de ninguém.
Marina: Bia, meu Deus. — estava muito sensível — Amiga, por favor, encontra o Maquinista.
Bia: Primeiro quero encontrar você. Aonde você se meteu?
Marina: Estou no hospital. — mordi os lábios.
Bia: AI DEUS, FOI ACERTADA POR UMA BALA PERDIDA? — gritava — MARINA, DO CÉU NÃO SE MEXE, FICA QUIETA. JÁ FOI OPERADA? DEUS O QUE QUE TO FALANDO... — ouvi um barulho — MARINA, QUE HOSPITAL?????
Marina: Amiga, calma. — procurando uma forma — Bia, estou grávida.
Bia: SENHOR, É DO MAQUINISTA?
Marina: Tá gritando por que? — irritada — É amiga, lógico que é dele. — indignada. — Eu e o Tom não transávamos tanto assim, e já com o Rael. — fechei os olhos — Chega até a dar um calor, uma piscada. — ri.
Bia: Você furada fazendo brincadeira Marina.
Marina: Não tomei nenhum tiro não o louca.
Bia: Menos mal. Me passa o endereço por mensagem, que tô indo me arrumar pra te encontrar. — deu um grito — VOU SER TIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, CADÊ SÔNIA? — riu — AMIGA TÔ NERVOSA, CADÊ MEU CRIOLO?
A Bia quando ficava nervosa, com extrema ansiedade ela ia do feliz ao triste em segundos, uma hora soltava uma piada outro estava quase cortando os pulsos.
Marina: Percebo.
Bia: Tchau miga. Beijo no core.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤㅤ 📱Lógico que era do meu Rael, nunca que vai ser do Tom. Nunca!
Bia: Sua vagabunda. — ela estava realmente nervosa.
Marina: Oi amiga. — sorri, era tão bom ver ela.
Bia: Como você está?
Marina: Bem melhor, e você?
Bia: Ah. — deu ombros — Meu coração está apertado quero saber notícias do Criolo.
Marina: E eu do Maquinista. Vira e mexe, meu coração dá uns trequinho. — fiz careta.
Bia: Você já vai ser liberada?
Marina: Acho que sim, não sei. — dei ombros.
As vozes do corredor estavam altas, entraram duas macas no meu quarto, eu fiquei curiosa, mas ao mesmo tempo fechei os olhos com toda força que eu pude, não queria imaginar quem seria, por favor que não seja ele.
Enfermeira: Nome dos pacientes? — corria atrás com a ficha.
O policial pegou o documento na bolsa da menina e ele mesmo informou o nome do menino.
Policial: Arthur Germanio e... — olhou no documento — Marjorie. — falou o nome dela todo.
A Bia e eu nos entreolhamos, ela segurou o riso, ficando mais nervosa ainda. Logo depois tudo já estava estabilizado, colocaram faixas aonde precisavam e a Marjorie entrou no soro e no balão de oxigênio, ela foi socorrida as pressas por causa do bebê.
Enfermeira: Ela está gravemente ferida.
Médico: Licença vou examina - la. — afastou todos da maca — Leva ela pro centro cirúrgico.
Enfermeira: Sim, senhor. — saiu, já tirando o seu avental para ser trocado.
O Arthur estava desacordado.
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Bia: Oi? — atendeu.
XXXX: Aonde você está?
Bia: Meu amor! — sorriu aliviada —
Criolo, não faz mais isso comigo. — respirava fundo.Criolo: Amor, aonde você está? Fala pra mim que tá tudo bem contigo.
Bia: Sim, está sim. E você? Inteiro? Por favor.
Criolo: Talvez sem um dedo, uma perna. — riu.
Bia: Nossa que engraçado em... Dormiu com o palhaço?
Criolo: Amor, não fala assim você não é palhaça.
Bia: Ai que vontade de te encher de porrada e de beijo amor.
Criolo: Dois. Quero sentir você. Aonde você está o caramba?
Bia: No hospital com a Marina. — me olhou rápido — Amor, vamos ser titios.
Criolo: CARALHO. — berrou que ela até afastou o celular — PORRA MOLEQUE VOCÊ VAI SER PAI.