Capitulo 2

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Marina: Não é, mas mesmo assim, aceito. — dei um beijo na sua bochecha.

Hugo: Nenhuma pra mim? — fez cara de choro.

Marina: Não. Nem uma migalha. — abri uma barra.

Hugo: Af. — rindo — Não quer tocar no assunto não é mesmo?

Marina: Me conhece bem. — abri um sorriso.

Hugo: Só me afirma, que não foi por causa do Bruno. — me olhou apreensivo.

Marina: Não. — falei.

Que ótimo nem lembrava do Bruno. Enfim, o intervalo passou bem rápido, assim como os últimos dois horários.

Marina: Família, cheguei. — falei alto.

Dei as costas fechando a porta e dando de cara com a Bia transando com um cara no sofá. Mirei bem no corredor e fui na fé de Deus.

Marina: Eu não estou aqui, continuem. — apressei os passos — AGORA ENTENDO OS TELEFONEMAS.

Sabia que depois ela iria me matar, mas que mal tem? Olhei pras caixas que faltavam empacotar em cima da minha cama, e a preguiça bateu. Estamos de mudança para uma comunidade aqui perto. Um dos motivos era esse menino que a Bia já estava pegando a dias, o que nas circunstâncias ou pelas leis da própria Bia, era super estranho. Mas, devo tudo a ela, confio nela. Outros motivos são: dinheiro e emprego. Esse carinha prometeu que lá nessa comunidade iria arrumar um trampo pra Bia, além, dele já ter ajeitado uma casinha pra gente, que na frase dele surgiu um "nós" e sei que ela está com os quatros pneus arriados por ele. Dei uma rodada pelo quarto, sentando na minha cama e olhando pras paredes lotadas de fotos.

Bia: Marina? — bateu na porta.

Marina: Pode entrar safada. — sem tirar os olhos da parede.

Bia: Não irei comentar sobre isso. — envergonhada — Sente falta deles né? — encostou a cabeça na porta.

Marina: Bastante. — sorri — Mas tenho você! — me virei pra ela.

Bia: Sempre. — veio até mim — Quer ajuda nas caixas? — mexeu no guarda - roupa.

Marina: Não precisa. — me levantei.

Bia: Não quero te apressar, mas temos que ir, ainda hoje. — me olhou — É 15 dias pra sair, porém, quero sair o quanto é cedo, sem dever nada pro Senhor Antônio.

Marina: Ok. — dei as costas.

Ela ficou por um tempo ali só me observando, acabei de arrumar todas as caixas, e tiras todas as fotos das paredes. Fui de uniforme mesmo não ia nem dar tempo de trocar.

Bia: Pronta? — sorriu animada.

Marina: Aram. — dei um última olhada no quarto, só dando aquela conferida — Tá com pressa? — vendo ela de pé na porta, inquieta.

Bia: Claro. — sorridente.

Marina: Bia, Bia... — desconfiada.

Bia: Marina, anda! — me empurrando pra fora.

Marina: Cadê o rolin? — me referi ao menino.

Bia: Já está esperando pela gente lá no morro. — disse depois de chamar um táxi.

Marina: "Nós", casinha pra nós. — zoei.

Bia: Cala a boca Marina! — segurou o riso.

O táxi não demorou a chegar e logo partimos.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora