Era cada arma que eu nunca tinha visto na minha vida, e cada tiro era um estouro devagar.
Tom: Porra essa daqui é top. — olhou para a arma em sua mão — Marina, vem cá. — TODOS me olharam.
Marina: Não precisa. — falei com vergonha.
Forasteiro: Mas vai vir sim. — me empurrou — Quer testa as nossas armas?
Marina: Ah para. — belisquei ele.
Forasteiro: NÃO ME BELISCA.
Marina: NÃO ME EMPURRA. — ri.
Tom: Amor, vem. — o Maquinista me olhou.
Respirei fundo e decidi ir, se eu não fosse com toda certeza seria pior. Passei pelas meninas, e parei na frente do Tom, ele colocou a arma nas minhas mãos, e ensinou o que eu deveria fazer.
Tom: No alvo em. — sorriu.
Af, eu mato esses dois depois.
Forasteiro: VAI PRIMEIRA DAMA, UUHUUUUUUUL. — bateu palmo assoviou — UHUL É MARINA, UHUL É MARINA.
Isabela: Amor, olhar o mico. — escondendo o rosto.
Forasteiro: TIME MARINA EM, TOM, ISA, BIA, #TIMARIANA. — riu e levou vários outros na gargalhada também.
Ajeitei a arma nas minhas mãos, apoiei a outra embaixo, fechei um olho, mirando bem na cabeça do papelão na minha frente. Soltei todo o ar preso, e eu não ouvia mais nada. Só atirei não me contentando com um, foi três. Um foi na cabeça, outro no coração e o outro aleatório.
Alemão: CARAI. — bateu palma — Mulher, vou te ensinar não nem me olha. — riu alto.
Elissa: Tá com medo? — debochou.
Ponto: A EU NÃO DEIXAVA, TIRANDO NA ALTA.
Tom: PASSOU RETÃO.
Forasteiro: A minha mulher não pensa nisso. — abraçou a Isa e balbuciou.
Por mais que eu tentasse ficar satisfeita, a minha vergonha era maior.
Tom: Caralho.. — veio até mim.
Marina: Vergonha! — tampei o rosto.
Bia: Quem sou eu. — me puxou — Arrasou mulher.
Marina: Tomara!
Elissa: Me ensina ai. — deu um toque no meu ombro.
Marina: O Alemão vai pasta na sua mão — brinquei.
Alemão: Não, não vai ensinar loira.
Tom: É um perigo fio.
Alemão: Cê é doido.
Eles ainda ficaram discutindo e eu fui pro banheiro.
Me olhei no espelho, me ajeitando.
Maquinista: Aprendeu a atirar com quem?
Marina: Não é óbvio?
Maquinista: Quero ouvir da sua boca!
Marina: Tá bom. — passei por ele que me puxou.
Maquinista: Fala direito comigo!
Marina: Não sou Roberta não me trate como tal, até porque a gente nem deveria estar trocando ideia.
Maquinista: Começou a tirar! — passou a mão no cabelo.
Marina: Viaja não.
Maquinista: Marina sem k.o!
Marina: Ave. — revirei os olhos.
Maquinista: Demoro.
Dessa vez eu achei que ele ia deixar eu passar.
Marina: O meu saco... — voltei.
Maquinista: Saudade do teu cheiro. — passou a ponta do nariz no meu pescoço, me arrepiando da cabeça aos pés — Da sua boca. — encarou.
Marina: E eu não estava com saudades nenhuma. — empurrei.
Maquinista: Ta chata velho.
Marina: Sai de perto se mim então. — passei por esse dessa vez sem relutar.
Bia: Deu ruim? — me olhou.
Marina: Ele é idiota.
Abraçei o Tom por trás que se divertiu com a situação.
Tom: Que abraço gostoso.
Marina: Gostou? — dei um beijo no ombro dele.
Tom: Muito. — se virou para mim.
Marina: Besta.
As mãos dele me rodearam, nossos corpos se colaram, fiquei com a minha testa encostada na dele, passando os meus lábios de um lado pro outro.
Tom: Maldade, só enfraquece. — sorriu.
Marina: Coitado. — o Maquinista estava bem a frente olhando.
Tom: Mesmo. — me abraçou forte.
Marina: Os meninos estão vindo.
Assim que pisquei o Tom já não estava mais comigo, tinha ido comprar mais carne e bebida na nossa cidade. Jesus me dá forças até ele voltar, porque sinceramente, eu só com o Maquinista aqui não vai prestar. Segura! O salão e o lado de fora estavam lotados, eu acabei me perdendo das meninas e decidir ficar num canto.
Maquinista: O Tom ta doidão de te deixar sozinha. — falou no pé do meu ouvido, levando uma mão para o meu quadril — Sabe que eu não vou te deixar em paz.
Marina: Não sei por qual motivo ta assim comigo agora. — odiava as sensações que ele me causava.
Maquinista: Chega aqui. — pegou na minha mão.
A Bia viu e balançou a cabeça, certamente ela iria ajudar. Ele estava subindo as escadas comigo, e eu não conseguia ter um pensamento ou uma reação que fossem fugir. Meu coração queria ir.