ㅤ ㅤ Bia Narrando
ㅤ ㅤ ㅤ🍸🍸🍸Bia: Nego, vamos? — o chamei.
Criolo: Pra já azul. — se levantou, se despedindo de todos.
Juntei as nossas mãos bem forte.
Criolo: Que doideira. — coçou a cabeça.
Bia: O que? — olhei.
Criolo: Tudo o que aconteceu. Agora, Marina grávida, Tom morto, você e a sua declaração.
Bia: Eu só falei aquilo pra ela parar de me encher. — brinquei.
Criolo: Acredito nisso.
Bia: É brincadeira. — voltando — Tudo o que eu disse é verdade, não me arrependo.
Criolo: Na primeira tu foi mais convincente.
Bia: Criolo ó, vai a merda. — entrei em casa.
Criolo: Ó o respeito menina! — mordeu o meu ombro.
Bia: A pra merda. — detesto quando desconfiam de mim.
Criolo: Para de bobeira, eu boto fé. — assistindo tv.
Não falei nada, acho que nem precisava. Subi e fui tomar um banho, com a confusão toda eu tinha esquecido até de cuidar de mim. O tempo estava fechado, um frio do caramba, tirei a roupa rápidinho e entrei, não demorei como o de costume, sai enrolada no roupão, procurando uma roupa de frio urgente.
Criolo: Vai ficar de marra?
Bia: Quem tá de marra? — sem olhar, vasculhando a minha gaveta.
Criolo: Você. Nem olhando pra mim tá. — de braços cruzados na porta.
Bia: Ué, porque eu estou procurando uma roupa. — na verdade eu ainda estava com raiva.
Criolo: Tá me tirando... — riu, passando a mão no rosto — Eu te conheço bem Bia.
Bia: Conhece? — desviei o olhar por 1 segundo — Não me pareceu.
Criolo: Sabe que eu acredito. É que é difícil uma declaração sua e ainda mais com um ex na sua frente. — me fitava — O nosso lance começou por uma atitude minha, não me arrependo nem um pouco de ter me encantado por você, carai nega, você é demais. — tentando se expressar — Esse cabelo azul chamou a minha atenção, fiquei mó te xerocando. — fazia gestos com as mãos — É minha. — olhou — Você é minha. Gostei de ouvir tudo o que eu ouvi hoje, não que eu tenha ou tinha alguma dúvida, mas é sempre bom relembrar, só pra não ter aquela esquecida de leve. — riu — Eu acredito em você, acredito no que você falou, no que você sente.
Bia: Espero que sim. — parei de bagunçar a gaveta.
Criolo: Espera não, é sim e pronto. — afirmou — Eu te curto nega, curto o que temos e não quero que isso acabe e que se prolongue. — veio maroto — Fica tranquila, eu sou todo seu e você é toda minha.
Bia: Eu não te curto. — olhei em seus olhos — Eu te amo Criolo.
Criolo: Nega, eu te curto é a mesma coisa que isso daí. — sorriu leve.
Bia: Você tem um probleminha sério, com essa palavra.
Criolo: Não tenho não. — sem jeito — É que falar ela assim é foda, tlg?!
Bia: Tenta por mim e para mim.
Criolo: Não se gasta, vai sair uma hora. — me deu um selinho — Estamos bem?
Bia: Sim. — sorri sem mostrar os dentes.
Acho que isso já era um sinal de TPM chegando, o meu humor estava muito oscilante esses dias. O mesmo foi tomar o seu banho, e saiu peladão mesmo, nu do banheiro, tá que eu já tinha visto aquilo tudo, mas ficar desfilando na minha frente é tentação demais. Ele ficou de frente para mim, mexendo e conversando no rádio. Eu tentava desviar os meus olhos, mordia os lábios involuntariamente...