ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤMESES DEPOIS
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤㅤFui levadas as pressas para o hospital, meus bebês estavam chegando e eu mal podia esperar. As minhas contrações ficavam mais constantes, o Maquinista ficou todo atrapalhado na hora de pegar a bolsa, ficou numa correria que só Deus conseguia explicar. Pegava uma coisa e deixava outra, até chegar a cair da escada ele caiu, foi engraçado? Foi, mas eu não podia rir, não porque eu não queria demonstrar pra ele, mas a dor estava enorme. A Dona Sônia tomou todo cuidado comigo no caminho, mas na hora que chegou no hospital, aquela doce educação foi pelos ares ainda mais que ninguém queria me atender diretamente. Minha roupa foi tirada, tinha decidido ser de parto normal. Foi uma dor insuportável ainda mais com dois bebês dentro de mim, depois de muita dor, muito gripo e uma extrema paciência sai tudo certo. O soro foi colocado em mim, e depois de algum tempo fui levada para o quarto, cheguei completamente cansada.
Maquinista: Meu amor! — pegou na minha mão — Descansa bem, por favor. — deu um beijo na minha testa.
Apenas um gesto de carinho, eu consegui pegar no sono.
Sônia: Querida. — me sacudiu levemente.
Marina: Hm? — resmunguei.
Maquinista: Acordo? — falou alto.
Sônia: O volume Rael. — fechou a cara
Marina: Oi meu amor. — fiz carinho na bochecha dele.
Maquinista: Oi princesa. — selinho — Olha mô. — com os dois bebês cheirosinhos no colo.
Meu coração se apertou, revirou de alegria, foi tremenda! Olhei para aquelas mãozinhas se mexendo. A boquinha pequenininha, os pézinhos, fiquei morrendo de amores. Me ajeitei na cama, pegando os dois no colo, fui gulosa sim.
Maquinista: Amor, me deixa com um.
Marina: Rael, não. — apertei eles mais fortes no meu braço — Aí Jesus. — aproximei eles do meu rosto.
Sônia: Deixa eu ver os meus netos. — se aproximou da cama.
Tinha um alvoroço no atendimento, eu só ouvia a moça pedir calma para todo mundo.
Menor: MEUS NETOS ESTÃO LÁ DENTRO MINHA SENHORA, EU QUERO ENTRAR E VER. — falando alto.
Atendente: Moço, calma isso são ordens.
MENOR: DE NOVO, MEUS NETOS... — foi interrompido.
Atendente: O senhor... Não está muito novo para ser avó?
Menor: Está com algum problema moça?
Atendente: Não me desculpa senhor.
Menor: Ah porque agora só quando se é velho que pode ser avó? Que mundo é esse? Quanto preconceito. — se fazendo de ofendido.
Atendente: Não, é que por descuido falei.
Menor: MEUS NETOS DA LICENÇA.
Lana: Oxi, eu sou a maior parente deles aqui, tia.
CV: Tio.
Isabela: Madrinha.
HC: Padrinho.
Lana: Moça dá pra deixar nós entrarmos?
Diretor: O que está acontecendo aqui?
Menor: Quero ver os meus netos.
Lana: Todos aqui querem ver os bebês.