Capitulo 51

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Maquinista: Não te devo nenhuma explicação ou satisfação. — deu um espaço de mim — Isabela, você deve saber de alguma coisa, quem sabe a sua amiga, coopere.

Marina: Você não vai tocar nela, NÃO MESMO. — me enfiei no meio — Eu não te devo satisfações da minha vida também, mas estou tentando ajudar.

Maquinista: Você não manda em porra nenhuma aqui. — me empurrou e pegou no pescoço da Isa — É mulher de quem lá? — apertou mais — Se a Marina é do Tom, você é do Forasteiro.

Marina: Odeio fazer isso. — me enfiei no meio deles de novo — Larga ela! — empurrava ele.

Maquinista: Puta que pariu. — soltou — Já voltou pra acabar a nossa conversa. — se virou pra mim — Sempre se metendo aonde não é chamada. — encheu a mão com vontade, me virando um senhor de um tapa no rosto — A minha vida virou toda de cabeça pra baixo depois que eu te conheci, tudo começou a ir por água abaixo, e eu não tive mais controle. Quando eu pisco você tá batendo na Roberta, quando eu pisco você tá gritando comigo, quando eu pisco tá de tumulto, quando eu pisco você acha que manda nessa porra. — me olhava de cima — Só que você tem que entender, que NÃO, você NÃO manda, você NÃO pode fazer o que bem entender, você NÃO pode bater na minha mulher, você NÃO PODE SER X9! — segurou no meu pulso, me levantou feito uma boneca — Vou fazer contigo que nem você fez com ela.

Encheu a mão com tudo me dando um soco, prendia qualquer movimento meu, só descendo murro e mas murro um atrás do outro. Me deu um estalo, eu precisava sair daquela situação. Começei a trocar com ele, perto dos deles, os meus retos eram cosquinha, mas eu tinha que me defender.

Marina: Fui mulher pra peita, sou mulher pra ficar. — segurei nos braços dele, ele tentava me travar, só ia de bicuda.

Maquinista: Não tenta comigo. — me virou — Não é bom fazer isso com os outros? — começou a bater a minha cabeça e esfregar, minhas forças foram se esgotando eu cai de joelhos, e ele se agachou ficando da minha altura, e me cuspiu.

Marina: Me mata, não ligo, não vou pedir pra você parar. Me deixa morta, que nem você fez com cara. — falei alto.

Maquinista: E ainda responde? — me deu uma coronhada — X9 não tem boca no meu morro.

Isabela: Meu, você enlouqueceu? — bateu no peito dele — Ela não faz a miníma ideia, do que você e o Tom tem um contra o outro. Nem o Tom, nem o Forasteiro, falam sobre isso. Em nenhum dos dois que agente esteve lá que foram poucos, a Marina por exemplo, só 3 vezes se bobear. — explicou.

Maquinista: Deve estar me achando com cara de trouxa. EU NÃO ACREDITO CARAI. — foi pra cima dela.

E eu me coloquei de pé de novo, enquanto ele me visse de pé, não iria querer machucar a Isa, afinal, quem ele queria era eu.

Maquinista: Quer tomar mais um socos pro meio da cara? — voltou até mim.

Marina: Eu já falei pra me deixar morta, eu não ligo. — dei ombros — Vou morrer tranquila, porque eu não sou X9. — falei firme.

Maquinista: Ah, então quem pode ser? — me fuzilava.

Marina: Rael, ninguém. — desisti de falar, ele não iria acreditar.

Maquinista: Não sei o que faço com você. — com as mãos na cabeça.

A Isa só me olhava com os olhos marejados, não sabia o que fazer eu mesmo de longe tentava acalmar ela.

Maquinista: Por que velho? Logo você? — pareceu decepcionado.

Marina: Rael, eu já te disse que não sou eu, não toquei uma vez se quer no seu nome com ele. — afirmei — E muito menos ele comigo, no começo, eu nem falei com ele que eu morava aqui! Não por vergonha nem nada, eu mal conhecida ele, como eu iria sair falando assim? — expliquei — Depois eu falei sim, mas ele cagou pra isso praticamente. Se ele veio aqui no morro, se ele fez qualquer coisa, eu a Isa fomos as últimas a saber. — respirei fundo — Não vou ficar implorando, quer acredita acredita. — encarando.

Maquinista: Não vou cair na sua conversa.

Marina: Com coisa que existe só eu ou a Isa, ou nós duas de pessoas no seu planeta, no seu mundo, no seu morro. Olha quantas pessoas. — falei.

Maquinista: Mas desconfio de vocês. — me olhou de lado.

Um estrondo interrompeu a conversa, era o Sorriso.

Sorriso: Chega! — a porta caia no chão — Rael, para mano, você tá ficando maluco. — me olhou no chão.

Maquinista: Se intrometeu porque? — me secando.

Sorriso: Porque você está só se afundando. — apontou pra mim — Você bateu nela.

CV: Irmão, vamos no acalmar. — tentava levar ele pra fora.

Maquinista: Tirem a mão de mim. — empurrou — Façam um favor pra mim, levem elas e joguem na ponta do morro do Tom.

Bia: Amiga. — me abraçou.

Lana: Rael, tá pirado? — agachou do meu lado.

Maquinista: Me solta porra, me deixa. — saiu quebrando — LEVA ESSAS VAGABUNDAS PROS PAU NO CU, ELE JÁ VAI ENTENDER ISSO COMO UM RECADO. — gritou já do lado de fora.

Sorriso: Vem Marina. — me segurou pelo braço — Isabela né? — pegou ela pelo braço também.

Bia: Sorriso para! — me abraçou forte — Me desculpa. — chorava.

Lana: De novo me defendendo. — se juntou no abraço.

Bia: Por favor, me desculpa por tudo.

Sorriso: Agora chega. — afastou elas de mim.

Sabe quando você já não sabe o que falar? Não sabia se eu chorava, se eu ria, se eu engasgava ou qualquer coisa do tipo. O Sorriso não foi com a gente, mas enfiou eu a Isa dentro do carro, deu a ordem pros meninos e assim eles fizeram.

Menor: Mari, eu não queria te jogar, mas vou ter que fazer mina. — me falou — Se não o Tom me quebra ou o Maquinista me mata.

Marina: Menor, só me explica uma coisa? — pedi.

Menor: Manda aí.

Marina: Qual é o problema do Maquinista com o Tom? — perguntei.

Menor: Mina, o Tom era do morro Santa Fé, e o Maquinista era faroleiro. — olhei pra ele — Avião, fazia corre no asfalto. Daí, ele teve o merecimento, e subiu de cargo ficando lá na boca, era praticamente o braço direito. — contando — Um dia belo — riu e fantasiou — Ele conheceu a Roberta, se apaixonou por ela. E o ego do Maquinista falou mais alto, ele queria ficar no poder, armou várias coisas, tudo que você possa imaginar, para tirar isso do Tom. Até que armou uma casinha, o Tom caiu, foi preso e o Maquinista foi ao poder. — já estava chegando no morro.

Ele fez o que tinha prometido, jogando eu e a Isa pra fora do carro, saiu cantando pneu rua a fora. O Maquinista roubou o morro do Tom na pilantragem e por causa de uma kenga barata? Tudo pra impressionar ela? Sério?

Isabela: Está bem? — me ajudou a levantar.

Marina: Só um pouco quebrada. — levantei — Vamos pra sua casa?

Não queria subir o morro, não queria mais em enfiar nessa confusão.

Tom: Marina? — ao seu lado estava o Forasteiro.

Por hoje é só em meus amores beijos é bom final de domingo ❤️

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora