Capitulo 64

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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Sentei e fiquei olhando pro morro, me bateu uma vontade violenta de desabar, eu tinha suado tanto pra construir aquele morro, as coisas que nele tinha, as melhorias, um monte de corpo morto, pessoas conhecidas, pessoas que eu considerava.

Sorriso: Irmão, levanta, os vermes vão subir. — puxando — Rael, eu tô do seu lado.

Maquinista: Mano, olha só pra isso. — mostrando — Não é o que eu queria.

Sorriso: Vamos levantar tudo de novo! — confiante — Irmão, eu preciso de você agora.

Levantei, uma raiva enorme me invadiu, eu estava cego, o Tom e agora os pm? Tão de complô né possível.

CV: O que correu atrás de mim tá no comando. — encontrou a gente no meio do caminho recarregando a arma.

Maquinista: Ele é o manda chuva? — descendo

CV: Parece fi, o meia noite, a Layne, o Bianquetti, o Ventura, tá tudo lá embaixo. — contando — Simone.

Sorriso: Só pesadão.

Maquinista: Passa ferro em todo mundo! — cheguei atirando.

Uns se esconderam atrás da viatura, pra outros não deu tempo, furei os pneus do Choque, Rotam, Pálio, COE, queria ver eles saírem dali, só se for de tanque fi.

Maquinista: OS COXINHA NÃO PAGARAM DE BONZÃO E AGORA NÃO APARECE UM? — atirava adoidado.

Revidaram alguns tiros, mas nada que os meus não fossem mais. Os meus homens estavam apostos sem eu pedir, era tiro de fuzil, pistola, metralhadora, rajada pra tudo quanto era lado. Vinha reforços, só explosivo diferente dentro dos carros, já matava uns 6, adiantando o meu lado. Veio um tanque monstro pra pegar os que sobraram, não pediram aéreo!

Maquinista: CARAI ESSE MORRO É MEU!

Depois que os vermes saíram do meu morro, pude dar as costas e voltar a encarar o que me esperava. Subi devagar, vi a cena mais triste da minha vida; famílias ajoelhas ao lado dos corpos. Choravam, gritavam, algumas estavam até passando mal, e eu não pude fazer nada. Novamente meu engasgo veio na garganta, tampei meu rosto com uma mão e respirei bem fundo. Senti alguém próximo, me abraçava fortemente, não me importei de olhar quem era, o abraço estava me acalmando e me dando calma naquele momento. Eu fiquei imóvel o tempo todo, senti as mãos percorrem as minhas costas, e leve suspiro. Minha garganta queimava, o meu choro não ia sair agora, eu precisava me manter firme e animar o meu povo.

Marina: Eu sinto muito! — sussurrava — Não faça escândalo por favor.

Maquinista: Foi por sua culpa tudo isso. — mostrei.

Marina: Não foi, te juro. Eu não queria que ele fizesse isso! — olhando dentro dos meus olhos — Eu vim atrás tentar avisar as meninas, sim, mas as minhas amigas do que você ao certo. Mas eu não queria.

Maquinista: Marina o que eu te fiz pra você me fazer tudo isso? — calmo.

Marina: Olha, eu estava a procura das meninas, mas enfim, deixa pra lá.

Maquinista: O que eu vou fazer agora? — olhei pra tudo.

Marina: Vai colocar tudo pra funcionar de novo. — sorriu parecendo me convencer — Aposto que já esteve pior. Isso daqui — apontou pros comerciantes — Vai crescer, vai ser melhor ainda. A boca vai ser top se for reformada, precisava.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora