Capitulo 35

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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Sorriso: Fiquei amarradão nesse café da manhã. — ele e o CV se jogando no sofá.

CV: Porra, eu fiquei gamado. — se referiu a Marina — Tiraram elas na cara dura.

Sorriso: É Roberta, achou uma concorrente a altura filhona. — bateu palma.

Maquinista: Vocês tão falando merda. — ouvindo, dando um jeito no barraco.

CV: Merda? — falou indignado — Não! Ela realmente achou.

Sorriso: Irmão, ela tirou a Roberta na alta. E a Marjorie... — riu.

Maquinista: Isso é porque ela não conheceu a Roberta direito. — me gabei.

Sorriso: Isso é porque a Roberta não conheceu a Marina direito. Dá uma treta violenta.

CV: Time da Marina e não abro! — como se fosse uma aposta.

Sorriso: Torcida organizada e Marina estampado no peito. — bateu no peito.

Maquinista: Tá eu não quero saber. — fui curto.

Os dois estavam de cochichos pra lá e pra cá.

Maquinista: Qual foi? — cruzei os braços.

Sorriso: Quer surpresa? — veio na minha direção.

Maquinista: Fala logo porra!

Sorriso: Aonde a Marina estava ontem e com quem... — mordeu os lábios.

Eu não fazia nem ideia e acho que eu também não deveria!

Maquinista: Sei lá carai, eu em...

CV: Tá nervoso porque? Não é louco com a Roberta?

Maquinista: Meus parceiros, por favor falem. — fui irônico.

Sorriso: Será que ele merece saber? — sério.

CV: Ele vai descobrir... — me olhou de lado.

Sorriso: Você vai descobrir! — passou por mim.

CV: Posso te dar um conselho de irmão? — me fitou.

Maquinista: Hm?

CV: Cada atitude sua, vai ter uma consequência. — bateu no meu ombro e saiu.

Eu não tinha entendido nada, nenhum ponto que eles falaram, eu queria até saber mas infelizmente estava impossibilitado. A Roberta apareceu na minha vida tão assim do nada, me lembro como se fosse hoje, eu querendo crescer no morro, quando vi aquela linda morena descendo. O sorriso dela me contagiava, eu lutei tanto pra conquistar essa menina e ainda tinha uma responsabilidade maior, ainda mais pelo fato dela ser irmã do dono. Quando eu trai o Tom, achei que ela iria ficar do meu lado, queria muito estar com ela a todo custo, por um lado eu entendo ela era jovem, eu era jovem, ela tinha a vida toda pela frente e eu querendo a limitar com escolhas! Mas há quem diga, que ela poderia ter me escolhido, eu poderia ter dado a minha vida por ela. Ela se metia em vários apuros, todos queriam ela como troféu, como uma troca pelo morro e várias vezes o Tom escolhia o morro! Eu escolhia ela. Só que eu não consigo entender como ela ainda me tinha, achei que ela era passado, mas quando eu vi ela no baile, foi como uma miragem. Está mais linda do que antes, mas mulher e isso em partes me interessa. Só que nesse tempo a vida conseguiu me surpreender quando a Marina apareceu. Aquela marrenta linda, bateu no peito, quer dizer, não só no peito como na minha cara por ter conseguido me desmanchar, ela não tem medo de mim, do que eu sou, do que eu represento, o que eu represento por morro não sou pra ela. Sou apenas o Rael pra ela. Um moleque como os outros, que apesar de ter uma arma não me faz pior, nem melhor, só mostra que eu tenho uma arma.

Chinês: Patrão. — entrou no barraco, me chamando de volta — O Tom foi visto na linha.

Maquinista: Pegaram ele fazendo alguma coisa? — levantei, saindo do barraco.

Chinês: Não senhor!

Maquinista: Quero o teu grupo indo vasculhar a área comigo.

Fui o primeiro a subir, queria chegar o quanto antes, era a hora dos acertos de conta! Aquela porra tava fazendo o que no meu morro?

Maquinista: OLHEM TUDO E AGORA PORRA! — ordenei.

Eles vasculharam tudo, eu não queria nem saber, eles iam ficar ali até acharem alguma coisa. Se conheço bem o Tom, ele não ia vir, não ia se arriscar atoa.

Lulu: Chefe não tem nada aqui. — falou.

Maquinista: Olhem direito! — mandei — AGORA MERDA, ESSE VACILÃO NÃO IRIA VIR AQUI ATOA!

Chinês: Assim como a gente está indo lá pra olhar, ele deve estar fazendo a mesma coisa aqui.

Maquinista: Inocente pra carai em. — cheguei perto — VAI REVISTAR!

Mará: Chefe, era só uma piscada.

TH: Não tem nada aqui. — falou — Estamos aqui a horas. — continuava procurando.

Maquinista: Todos comigo. — sai andando linha a fora, ele foi no meu morro vou no dele.

Tava com tanta pressa que o caminho pareceu ser curto, num minuto chegamos lá, não deixei ele ver, nem os soldados dele, vi aquele zé mané de longe pra cima e pra baixo, dando um de chefe. Esse vai ser uma piada, outro morro se afundando por causa do Tom! Vou pagar pra ver, quem vai ser o primeiro a ser enforcado nesse cruzamento. Fiquei ali mais por algumas horas, só observando o filho da puta.

TH: Maquinista, já tá escurecendo, vai ficar sujeira. — mandou.

Maquinista: Circula. — vou ficar aqui mais um pouco.

Lulu: Fico de coberto com o chefe, podem ir. — se assegurou do meu lado.

Os outros meteram o pé, fiquei ali só observando de tocaia. Vi ele saindo da boca e indo pra casa, qualquer dia desses ia fazer uma surpresa pra esse arrombado.

Lulu: Chefe, tem boi na linha. — olhou.

Vi lanternas de longe.

Maquinista: Vamos meter o pé! — dei uma última olhada.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora