ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ Marina Narrando
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Meu coração estava apertado e eu não sabia explicar o porque, só conseguia me sentir em pedaços. Alguma coisa me dizia que não era para fazer a prova, mas mesmo assim eu quis. Na verdade eu tinha mudado de opção, como era o meu último ano na escola, resolvi fazer o ENEM é, tipo isso, sei que pode não adiantar muita coisa, mas enfim, não custava tentar. Mas só para garantir fiz a do curso, só para não ficar mais tempo atoa também. Aproveitei que as duas eram no mesmo dia. Segui as regras e ocorreu tudo bem, ao final da última prova, coloquei o meu fone e iria seguir para o morro! Não podia ignorar essa situação, meu peito estava me apertando, ficava sem ar. Fui me encostando pela parede, fechei os olhos.
XXXX: Querida você está bem?
Marina: Sim. — sorriso fraco — Muito obrigada senhora.
XXX: Você está pálida. — passou a mão no meu rosto — Vamos sentar em um banco.
Marina: Que isso. — relutei — A senhora deve ter mil coisas para fazer, não se preocupa comigo. — minha cabeça estava girando.
XXXX: Não tenho nada. — segurou na minha mão me tirando da parede.
Fomos andando até o banco, ainda me sentia muito mal, meu coração estava se remoendo dentro de mim, eu não sabia assimilar com quem era essa sensação ou melhor até podia, mas rezava para ser algo bom. Peguei meu celular na tremedeira e tentava discar o número do Rael, só caia na caixa postal, nada dele atender.
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Marina: Amor?
Maquinista: Oi amor, o que foi?
Marina: Fala para mim, que você está bem e inteiro, por favor.
Maquinista: Estou bem e inteiro. — riu do outro lado da linha — Por que amor?
Marina: Amor, é uma sensação ruim. — começei a chorar no celular.
Maquinista: Ei, eu tô bem. — saiu do meio do barulho — Não precisa se preocupar estou inteiro pra você.
Marina: Rael é sério, a sensação tá forte. Vem me buscar amor, por favor, por favor. — chorando.
Maquinista: Marina, você tá me assustando, nunca te vi assim.
Foi só ele terminar de falar, começou a gritaria do outro lado da linha. Ele berrava alguém para perguntar o que estava acontecendo, como se não me bastasse, logo depois veio os tiros e a ligação caiu.
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Nesse exato momento toda calma que havia em mim acabado, meu choro ficou mais alto e a minha tremedeira aumentou.
XXX: Vou chamar a ambulância.
Marina: Não estou bem.
XXX: Não está não. — se afastou de mim, pegando o celular.
Passei a mão no rosto, estava ficando branca já, gente era só uma sensação, por que disso tudo? Só me deitei no banco, a minha bolsa caiu, eu fiquei fraca, e só ouvi o barulho da ambulância de longe depois disso eu apaguei e só fui acordar já no quarto branco e sedada.
Enfermeira: Marina? — me sacudia de leve.
Marina: Sim? — passei a mão no rosto, arrancando uma entrada de soro e a parada começou a apitar.
Enfermeira: Peço para que se acalme. — recolocando — Sou a Enfermeira Leila, você está na Santa Casa. — me localizando — Você passou mal, mas agora está tudo bem.
Marina: Não posso ficar aqui. — me lembrando do Rael.
Enfermeira: Sugiro que você fique calma, e não se mexa se não pode piorar a sua situação.
Marina: Que situação?
Enfermeira: Você teve uma crise nervosa, sua pressão foi nas alturas como desceu como um tombo. — me explicou — O bebê não aguenta tantos acontecimentos assim, ainda mais que está novo.
Marina: O que? — engoli seco, rasgando.
Enfermeira: O bebê, está grávida de 4 semanas.
Marina: Ai jesusinho, é mentira, fala para mim que é brincadeira.
Enfermeira: Não é não. — sorriu — Por isso, fique calma. — ajeitou o travesseiro — Não só ele como a mãe precisam de descanso e peço para que tente dormir por conta própria, se não foi se obrigada a ter sedar, sabe como é regulamentos.
Marina: Você não tá entendendo, o meu namorado está em perigo.
Enfermeira: Vocês estão mais do que ele acredite. — foi saindo do quarto — Qualquer coisa tem uma chamada aí do lado. A comida vai chegar daqui a pouco, se alimente. O bebê tá sem comer por algumas horas.
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Olá voltei amores, vou postar agora porque meu boy daqui a pouco chega e não vou poder postar então está aí.
Beijos e até o próximo
