Marina: Vou dançar como então? — me virei.
Tom: Pra mim. Na minha casa. Na minha cama. — cheirou o meu pescoço, mordendo a ponta da minha orelha.
Marina: Por favor. — ri, dei selinhos nele — Se controle.
Tom: Se comporta. — mordeu meus lábios — Tô de olho em você.
Marina: Tá bom. — voltei para as meninas.
Haja paciência por favor. Ficamos indo e voltando no bar quase o tempo todo, além de ficar roubando os petiscos que passavam por nós.
Roberta: Vai rolar. — riu.
Marina: Ô Jesus amado, sai do meu pé chulé. — bati o pé no chão — Sai urubu que aqui não têm carniça.
Roberta: Abusadinha em. — cruzou os braços.
Marina: Filha, não me irrita. — dei os passos até ela — Minha mão tá com saudades de dar uns socos.
Roberta: A gente troca.
Marina: Então vamos! — entreguei o copo para as meninas.
Isabela: Mari aqui não. — puxou o meu braço — Ignora a filhote de cruz credo.
Bia: Do um boi pra não entregar numa briga e uma boiada para não sair dela! — parou do meu lado.
Bianca: Seu assunto é comigo coração. — cutucou a Bia — Ainda não superou o Sorriso?
Bia: Filha quem tá falando de Sorriso aqui? — foi pra cima — Se eu quiser te pegar te pego, tem hora ruim não. Eu não gosto de você, sim começou pelo Sorriso, mas a continuação é por sua causa, de meter o nariz aonde não é chamada e por pagar de maloqueira.
Roberta: A madre teresa. — debochou.
Marina: Falou a Bruna Surfistinha. — rebati.
Roberta: OLHA AQUI MARINA. — veio apontando o dedo, fiz o favor de ir virando o dedo dela para trás.
Marina: Paga de louca comigo não. — girei o dedo dela soltando.
Elissa: Roberta caça o seu rumo por favor.
Marjorie: Gente olha o barraco. — escondendo o rosto.
Isabela: Tem alguém te chamando aqui? — olhou pra Marjorie — Sai do barraco se não quer participar. Ninguém tá rasgando.
O Maquinista já estava escorado na porta, não falou nada e não veio se intrometer.
Marina: Mete o pé. — empurrei ela para trás.
Roberta: A sua hora vai chegar. — ameaçou.
Marina: Que chegue meu amor. — dei ombros.
Sai andando com as meninas não estava afim de ladainha na minha cabeça. Eu já estava um pouco alta, mas tinha algumas coisas sob controle, dançava até o chão com as meninas, fazia alguns passinhos e me arriscava em alguns jogos entre elas. Chegou uma certa hora que a música parou, as bebidas começaram a ser servidas do lado de fora, acho que a tal reunião iria começar.
Criolo: Bia, chega aí. — segurou no braço dela — A reunião vai começar, fica de boa aqui sem esparrar nada. — beijou a testa dela — Por favor, sem barraco.
Bia: Não respondo por mim. — com as mãos para trás.
Criolo: Eu sei. — riu, se afastando.
Tom: Mina, a reunião vai prosperar, não demoro. — fez sinal de beleza.
Maquinista: Roberta! — só de ouvi a sua voz eu me arrepiei — Suavona.
Roberta: É meu pai agora?