Capitulo 9

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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Desci boladão precisava de um beck pra relaxar. Entrei no barraco sem falar com ninguém. Desenrolei um.

Sorriso: Nem vai dividir com os manos? — entrou de braços abertos.

Maquinista: Velho, na boa, não me enche hoje não. — me concentrei no beck.

Sorriso: Só divide, não precisa falar nada! — acendi o cigarro e repassei pra ele.

Fizemos uma rodinha.

CV: E aí marmanjos.. — entrou felizão.

Maquinista: Já falou com a Lana? — fui direto.

CV: Não. — desviou o olhar — Tô pensando na melhor maneira de falar.

Maquinista: Oi Lana, eu te enrolei o tempo todo. Tenho uma mulher, e ela está grávida. Vou ter um menino. — fui soltando — E se prepara porque ela vai se mudar pro morro.

CV: Podem me atacar, não vou revidar. Estou erradão. — se sentou no sofá.

Sorriso: Admitir já é um começo. — apagou o cigarro.

CV: Porra, eu amo a sua irmã... — me olhou — Amo mesmo. Só que quando fiquei sabendo da notícia, fiquei sem reação alguma.

Maquinista: Agora já foi cara. — lamentei — Você pode estar se precipitando, não sei qual vai ser a reação da Lana.

Sorriso: Creio eu que não tão boa. — sincero.

Maquinista: Talvez nem tão ruim. Ela te ama um tanto, que porra, fica difícil.

CV: Vou desenrolar. — demos um toque — Mudando de assunto. Os guri tão doidos com a nova amiga da sua irmã. — riu.

Sorriso: Marina? — comentou — A que vem com a Lana da escola, que sobe o morro? Essa mesmo? — riu.

CV: É! Uma loirinha, mó responsa. — riu — Tem alguma coisa?

Sorriso: Sei não... — me olhou de canto — Rael que sabe...

Maquinista: Vai começar a ladainha. — dei as costas — Eu não sei de nada.

CV: Já tá partindo pro ataque irmão? — deu um tapa nas minhas costas — Porra louca mesmo.

Maquinista: Me esquecem fi, vão caçar muié. — sentei — Esqueci tão amarrados.

CV: Amarrados? — olhou pro Sorriso — Tá amarradão zé?

Sorriso: O papo tá pesado, falow. — ia se levantar.

Maquinista: Tá! — rindo alto — Corre não fi.

CV: Quem que foi a sortuda? — cruzou as pernas, brincando.

Sorriso: Sá bicha tá igual mulher. — empurrou a perna do CV — Descruza isso.

CV: Tá entregue. — riu — Amarradão fi, até de aliança daqui a pouco.

Maquinista: Casamento! — zoei.

CV: Então moças, a fofoca tá ótima, mas vou ir arrumar a minha vida e pro baile. — se despediu.

Maquinista: Firmeza, até no baile.

Sorriso: Tô indo também, tenho deveres. Já fui. — de meu um toque.

Esses dias até que tava tudo calmo aqui, não tinha nada do que reclamar. As horas passaram devagar, mas passaram. Saindo do meu barraco, tranco a porta.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora