ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
ㅤ 🚊🚊🚊Desci boladão precisava de um beck pra relaxar. Entrei no barraco sem falar com ninguém. Desenrolei um.
Sorriso: Nem vai dividir com os manos? — entrou de braços abertos.
Maquinista: Velho, na boa, não me enche hoje não. — me concentrei no beck.
Sorriso: Só divide, não precisa falar nada! — acendi o cigarro e repassei pra ele.
Fizemos uma rodinha.
CV: E aí marmanjos.. — entrou felizão.
Maquinista: Já falou com a Lana? — fui direto.
CV: Não. — desviou o olhar — Tô pensando na melhor maneira de falar.
Maquinista: Oi Lana, eu te enrolei o tempo todo. Tenho uma mulher, e ela está grávida. Vou ter um menino. — fui soltando — E se prepara porque ela vai se mudar pro morro.
CV: Podem me atacar, não vou revidar. Estou erradão. — se sentou no sofá.
Sorriso: Admitir já é um começo. — apagou o cigarro.
CV: Porra, eu amo a sua irmã... — me olhou — Amo mesmo. Só que quando fiquei sabendo da notícia, fiquei sem reação alguma.
Maquinista: Agora já foi cara. — lamentei — Você pode estar se precipitando, não sei qual vai ser a reação da Lana.
Sorriso: Creio eu que não tão boa. — sincero.
Maquinista: Talvez nem tão ruim. Ela te ama um tanto, que porra, fica difícil.
CV: Vou desenrolar. — demos um toque — Mudando de assunto. Os guri tão doidos com a nova amiga da sua irmã. — riu.
Sorriso: Marina? — comentou — A que vem com a Lana da escola, que sobe o morro? Essa mesmo? — riu.
CV: É! Uma loirinha, mó responsa. — riu — Tem alguma coisa?
Sorriso: Sei não... — me olhou de canto — Rael que sabe...
Maquinista: Vai começar a ladainha. — dei as costas — Eu não sei de nada.
CV: Já tá partindo pro ataque irmão? — deu um tapa nas minhas costas — Porra louca mesmo.
Maquinista: Me esquecem fi, vão caçar muié. — sentei — Esqueci tão amarrados.
CV: Amarrados? — olhou pro Sorriso — Tá amarradão zé?
Sorriso: O papo tá pesado, falow. — ia se levantar.
Maquinista: Tá! — rindo alto — Corre não fi.
CV: Quem que foi a sortuda? — cruzou as pernas, brincando.
Sorriso: Sá bicha tá igual mulher. — empurrou a perna do CV — Descruza isso.
CV: Tá entregue. — riu — Amarradão fi, até de aliança daqui a pouco.
Maquinista: Casamento! — zoei.
CV: Então moças, a fofoca tá ótima, mas vou ir arrumar a minha vida e pro baile. — se despediu.
Maquinista: Firmeza, até no baile.
Sorriso: Tô indo também, tenho deveres. Já fui. — de meu um toque.
Esses dias até que tava tudo calmo aqui, não tinha nada do que reclamar. As horas passaram devagar, mas passaram. Saindo do meu barraco, tranco a porta.