ㅤ CV Narrando
ㅤㅤ🚬🚬🚬CV: É franquia. — falei com o Sorriso.
Sorriso: Foda. — riu — Deixa eu ir vender os meus bagui. — foi atender o noiado que apareceu.
Como de fato ia fazer as minhas rondas pelo morro, ver se estava tudo nos conformes. Fui pelos becos, tinha um que era tipo cracolândia cheia dos neguinho mais ou menos, passei por eles, entrava em outro e em outro. Olhei os atalhos espalhados pelo morro, as pracinhas e as quadras. Era hora das crianças saírem da escola. Encostei na parede e fiquei vendo elas descer, imaginando o meu moleque ou a minha menina descendo de mochila, indo pra casa pra almoçar, era uma sensação boa. Nunca tinha me imaginando tendo um filho, um outro alguém pra cuidar além de mim, até porque eu não cuido nem de mim direito, quem dirá outra pessoa. Apesar da Marjorie ser do jeito que é, o meu filho vai ser diferente. Continuei a minha ronda, indo até na linha e vi um movimento estranho só dava neguinho correndo e não era os noiados, nem os moleques daqui. Já atirei no pé de um, e mandei o rádio.
CV: O que temos aqui ramelão. —dei um tapa na cabeça do mlq, pegando ele pela gola da camisa — Tem muita coragem.
XXX:Eles vão voltar pra me pegar.
CV: Pegamos o resto. — desci com ele pelo morro.
Ninguém olhava, já estavam acostumados.
CV: Presente pra você. — empurrei ele pra perto do Maquinista.
Maquinista: Ora! — deu um solavanco no peito do zé, que caiu até sentado — Ramelão, tá de zoio no meu morro? Tá querendo o que?
XXX: Fião, sou x9 não. — respondeu.
Maquinista: Cada um com o seu problema né não? — olhou — Vai falar não?
XXX:Não. — fitou.
Maquinista: Guarde ele no galpão, dando água com ácido pra ele. — olhou — Se não falar, derrete. Vivo não sai do meu morro!
XXX: Não, eu falo. — pediu.
Maquinista: Só um gole no ácido aí você desce. — deu as costas.
Levei o carinha pro galpão, gosto da tortura. Quando eu estava subindo com ele, vi o Hugo saindo do beco dos noiados, esse cara tá muito estranho pro meu gosto.
CV: K10, leva ele pro galpão pra mim. — empurrei o ramelo.
Fui seguindo o Hugo.
Ele guardo um sacolinha de coca no bolso.
CV: Lana sabe? — falei atrás dele.
Hugo: Eaí. — me olhou de cima.
CV: Lana sabe? — repeti.
Hugo: De que? — me olhou atravessado.
CV: Da coca. — olhei debochado — Agora tá explicado a tremedeira.
Hugo: Tá viajando pra carai em, onda tá forte.
CV: O viciado aqui é você.
Hugo: Eu não sou viciado! — todo elétrico.
CV: Certeza? — vendo os olhos dele arregalados.
Hugo: Certeza. Não se mete na minha vida. — me olhou.
CV: Vou me meter sim, e acho muito bom, você contar pra ela o quanto antes. — sério — Se não eu conto, vou nem falar, ela vai saber. EU vou contar.
Hugo: Ela não vai acreditar em você. — colocou um pouco de coca nas costas da mão, e cheirou.
CV: Cara pra que fazer isso? — olhei.
Os olhos dele ficaram mais arregalados, e ele começou a suar, fungava pro restinho que tinha ficado no nariz desaparecer. Várias vezes esfregou o nariz.
Hugo: Toma conta do seu filho, brother. — não parava quieto.
Enfiou as mãos no bolso e pegou mais droga no bolso, além da coca. Tinha docinho, maconha, crack, heroína, cigarro comum, êxtases .
CV: Quero te ajudar, passa pra cá. — apontei pro bolso.
Hugo: Tá doido irmão? — falou cara a cara comigo — Vou dar nada não. — balançava a cabeça sem parar.
CV: Vou descobrir quem tá te vendendo.
Hugo: Compro em outro lugar. — fungava e ria.
CV: Hugo, não bato contigo, mas não vou te deixar afundar. — sincero — Me passa as drogas do teu bolso.
Hugo: Nãaaaaaaaao. — ria e fungava — Vou vazar.
Dei um murro no peito dele, ele caiu de costas na parede, prensei o meu braço na garganta fazendo ele ficar sem ar, e tirei as drogas, inclusive o dinheiro.
CV: Mete o pé vai pra sua casa. Só te quero aqui de cara limpa. — soltei ele, e fui pra boca.