Capitulo 91

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Procurei o nome da rua e o número da casa, fui só achar depois de uns 10 minutos. Estacionei a moto, e fui entrando pelo longo corredor que tinha, toquei a campainha ansioso e pouco receoso.

Marina: Quem é? — abrindo a porta.

Maquinista: E aí.

Marina: Tá fazendo o que aqui Rael? — revirou os olhos.

Maquinista: Posso entrar Marina? Claro Rael. — passei por ela.

Marina: Se eu não perguntei é porque eu não quero, que você entre. — fechou a porta.

Maquinista: Quero trocar uma ideia com você, e mesmo que não queria vai me ouvir. — decido.

Marina: Af. — reclamou mais um pouco.

Maquinista: Você saiu do morro Cruz, por que? — a olhei.

Marina: A minha vida é outra.

Maquinista: Ainda está com o Tom?

Marina: Não.

Maquinista: Terminei com a Roberta. — a olhei.

Marina: Que bom em, grande avanço se livrando das coisas que não presta.

Maquinista: Sérião? — paciente.

Marina: Quer que eu fale o que? — um pouco irritada.

Maquinista: Que pelo menos demonstrasse alegria pelo ocorrido.

Marina: Não era você, o todo apaixonado?! — gesticulou.

Maquinista: As coisas mudam, nada dura para sempre. — me olhou — Claro, se uma ou duas pessoas não fizerem por onde. E eu não fiz, como não quero fazer.

Marina: Caraca que atitude em. — debochou.

Maquinista: Terminei por sua causa.

Marina: Que? — riu — Não te pedi para terminar.

Maquinista: Não é preciso que peça. — a fitei.

Marina: E por que eu tenho culpa mesmo?

Maquinista: Porque... — engoli seco — Ah porque... — não sabia se deveria falar, talvez estivesse muito cedo para um amo você — Porque ela estava insegura com a sua pessoa.

Marina: Por favor né... — fez um barulho com a boca — Isso é desculpa pra peidorreiro. Qual foi?

Maquinista: Marina quero você de volta na minha vida! Dessa vez não vou estragar tudo. — pedi.

Marina: Faça - me rir.

Maquinista: É a realidade, eu te curto bastante. Mais do que eu deveria. — confessei.

Marina: E as vacas tossem.

Maquinista: Eu to tentando, mas se for pra você ficar me zoando, tô metendo o pé. — de saco cheio.

Marina: Rael, eu não te pedi pra vir aqui. — grossa.

Maquinista: Não mesmo. O palhaço que veio, mas de boa. — sai em direção a porta.

Nenhuma menina vai ficar me tirando não, que isso filhão, não sou desses que aceita não.

Marina: Depois ainda quer se desculpar.

Maquinista: Até uns segundos atrás, eu realmente estava tentando! — afirmei — Você não ajuda velho.

Marina: Rael, as coisas não são tão fáceis assim não. — me olhou — Olha para trás e se lembra de tudo que me fez? Eu também não sou santa, concordo plenamente, mas eu sou daquele jeito e não estou nem rasgando. Peito mesmo, mesmo que no final das contas eu acabe me dando mal, não é porque você é um bandido que eu vou ter medo, pode me matar, me enforcar, me aprisionar, me sequestrar, que eu não ligo. Os meus princípios ninguém muda, ninguém, muito menos você. — falava — Quem colocou na sua cabeça que eu era X9? E por que mais ainda, você me bateu? Aquilo era uma demonstração de amor? Dessas eu sinceramente desconheço. Eu sou tão X9 que porra arrisquei a minha vida para salvar a Bia e a sua irmã, porque era isso que o Tom queria. E no final, acabei salvando você também. Não me arrependo, não estou falando isso, mas desde quando uma X9 faz isso? E outra, de quem você deveria desconfiar era da Roberta, morando com a inimiga sobre o mesmo teto. O Tom iria ser solto da cadeia ela voltou, nossa até porque antes ela não tinha tempo né? Antes coitada, algo prendia ela.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora