Capitulo 36

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Tomás Narrando
ㅤㅤ🔫🔫🔫

Já comecei bem, se todos os dias for assim vou agradecer muito! Loira do céu, mas como tu é maravilhosa, eu iria atrás dessa mina com toda certeza.

Forasteiro: Se deu bem ontem? — bateu no meu ombro.

Tom: Só de ter conhecido ela fi, já valeu. — descolei.

Forasteiro: Porra, mas só uma foda e se apaixonou? — tirou saro.

Tom: Vai falar que tu não chamou aquela morena depois. — me virei pra ele — Fala que não agora.

Forasteiro: O papo aqui não sou eu. — tirou da reta.

Tom: Muito menos eu! — voltei a tomar as anotações que já tinham sido feitas.

Forasteiro: Qual vai ser a vingança? — falou sério.

Tom: O Rael já sabe que eu estou solto, isso é o mais importante. — joguei — Então agora de mim, ele vai esperar tudo. Não podemos atacar agora. — desviei um pouco os meus olhos do papel.

Forasteiro: Ficar na cautela? — perguntou — Ele vai tentar descobrir o que vamos arrumar.

Tom: Vamos descobrir antes. — afirmei — Então, vou dar uma corredeira lá no asfalto segura as pontas aqui pra mim, flw? — guardei as anotações e o dinheiro.

Sai da boca, sem dar na cara pros vermes que eu estava envolvido nesse meio de novo. Bati na porta e nada.

Deia: Meu filho! — me abraçou.

Tom: Oi Deia! — abracei mais forte ainda — Cadê a Roberta, sabe?

Deia: Desde ontem nada. — se lamentou.

Tom: Deixou algum telefone, alguma informação? — perguntei.

Deia: Acho que tem sim. — indo procurar.

Tom: Se achar liga pra ela, mas não fala que eu estou aqui, quero fazer surpresa. — sorri.

É Roberta, acha que me engana né, tudo bem, vamos nos acertar assim que você chegar. Não tem volta mais, ela fez a escolha dela, só se o Rael for muito babaca pra aceitar ela de volta, do jeito que ele amava a minha irmã, não duvido nada.

Deia: Meu amor, ela já está vindo. Disse que vem em casa pegar roupa. — sorriu — Quer alguma coisa?

Tom: Valeu Deia, vou ficar esperando! Algum problema? — perguntei — Quero não.

Deia: De jeito maneira. Se me der licença, vou ir arrumar a casa. — me deu um beijo na testa e foi.

Se ela estiver aonde eu estou pensando que está, daqui uns 20 minutos chega em casa. Enquanto ela não chega, fui dar uma volta no "apê" dela, sim e mexer nas coisas não sabia mais se ela era confiável, queria descobrir alguma coisa. Revistei tudo e em todos lugares, não tinha nada demais, só algumas fotos dela com o Rael, com a Lana, nós três juntos, fotos da minha mãe que era outra traidora, escolheu gente da rua, invés do próprio filho, isso não se faz! Mas com ela não vou acertar as contas, ela vai ver o "filho" sendo morto por culpa dela, por culpa dele, e talvez por culpa da Roberta. Voltei novamente pra sala, dando de cara com a varanda aberta, no meu campo de visão pude ver os dois morros. Aquele morro tinha história, na época eu fui muito apressado talvez e egoísta, queria o benefício pra mim e esqueci que eu dependia de outros também. Contudo, tenho que confessar que não mudei muito.

Roberta: Deia, cheguei. — escutei o barulho de chaves na mesa.

Tom: Que surpresa vê - la. — com as mãos nos bolsos.

Roberta: Tom, que bom te ver. — veio correndo me abraçar, não recusei.

Tom: O que me conta? — fui puxado pra sala novamente.

Roberta: Quem tem que me contar as coisas é você. — fugindo do assunto.

Tom: Só que voltei pro Morro. — olhei — E você têm voltado lá também? — joguei uma indireta.

Roberta: Não dá pra esconder nada de você... — respirou fundo — Sim, eu estou no Morro Santa Fé de novo, estou com o Rael de novo, da onde eu nunca deveria ter saído.

Tom: O babaca te aceitou de novo? — fiquei calmo.

Roberta: Ele me ama. — falou com toda convicção.

Tom: Você sabe que isso não vai durar! — ameaçei — Você é fechada comigo Roberta, até a morte.

Roberta: Não! — relutou — Estou do lado dele agora.

Tom: Não está não. Ou melhor, até tá... — a encarei — Você vai ser a minha informante.

Roberta: Eu não quero ser e não vou! — alterou a voz.

Tom: Tá falando alto por que? Não tô te agredindo. — falei firme — Vai ser sim e não aceito outra resposta a não ser "sim", lembra o que eu te falei caso você me escolhesse? Não tem volta, promessa é promessa. E você já começou a cumpri - já tá dentro do morro pra me vingar em partes.

Roberta: Tom, por favor, e... — interrompi.

Tom: Roberta, eu te mato agora. Não gasto não. — me posicionei — Mato você e depois a Deia, ainda convivo aqui com os presunto de vocês embaixo da minha cama. — frio, joguei um rádio pra ela — Qualquer informação, e se você não me der nenhuma, entrou naquele morro pra te dar uma surra e montar uma pilha dos meus presuntos favoritos. — levantei — Isso já passou de uma ameaça ou vai ou racha! Tá avisada.

Sai sem bater porta, não queria fazer muito alarde, queria agir na espreita e por ali ficar. Meus pensamentos iam e voltavam, eu não sabia em que coisa ao certo se pensar, queria me vingar e queria aquela loira, essas eram as minhas exatidões.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora