Capitulo 23

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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Maquinista: E as presenças? Confirmadas? — perguntei, organizando os papéis na minha mesa.

Chinês: No esquema. — contou nos dedos — Bebidas, presenças, palco, — me olgou.

Maquinista: Jaé. — mandei ele vazar.

Chinês: Chefe.

Maquinista: Manda. — olhei pra ele.

Chinês: Entre pé ca e pé lá, posso dar uma passada no baile? — me fitou.

Maquinista: Se você vacilar é ferro. — sério.

Chinês: Sem vacilos. — disse saindo da sala.

Em uma semana que se passou as coisas mudaram. Não converso mais com a Marina e depois da nossa briga, que não deu mais mesmo, eu até tentei ir atrás mas ela é dura na queda e em uma delas mandou eu esquecer ela! O Sorriso estava morando com a Bia, por isso eu vivia lá, não tanto quanto o CV e a Marjorie que virou melhor amiga da Larissa e ficam me atormentando juntas. Caçam várias confusões pelo morro, um dia ainda vou deixar essas meninas acertarem as duas. Claro que vou. A Lana está namorando firme com um tal de Hugo, o moleque é até que responsa, mas tem umas atitudes meio suspeitas, aquele garoto conhece o meu morro de cabo a rabo fi, e ainda por cima fica numa perguntação doida. Fora que os meus parceiros não viram ele subir no morro, não deram autorização pra ele passar. O rádio não aparava de apitar, e me chamava.

Maquinista: Coé. — colei na quadra.

JP: Patrão, o assunto tá brabo. — apontou pra mim e pras duas mulheres.

O que eu tinha acabado de falar?

Maquinista: As duas estão fazendo o que aqui? — encarei.

Marjorie: Vim pro baile ué — deu de ombros — Tem que começar cedo.

Larissa: Tô com ela e não abro. — ficou do meu lado.

Marjorie: Começar a ferver cedo. — disse dançando.

Helena: É amiga tua? — me perguntou.

Maquinista: Travaram? — perguntei.

Helena: Já avisei pra essa madame aí ficar na dela! — olhou pra Marjorie de cima a baixo — Não é porque ela tá grávida, que eu tenho medo de dar uma coça nela.

Marjorie: Filhinha, você não é doida. — deu um passo na direção da Helena apontando.

Helena: Eu quero esse teu dedo. — começou a entortar.

Larissa: Não vai fazer nada? — olhou.

Maquinista: Tô afim não. — cruzei os braços.

Larissa: Fumou o que hoje? Ela tá grávida! — me sacudiu.

Maquinista: Ou, tira a mão porra. — empurrei ela.

Helena: Escuta aqui sua piranha... — agarrou no cabelo dela — Não me estressa não, é o primeiro e último aviso que eu te dou, se me encher eu vou te quebrar. — empurrou — Tá avisada. E passa me dando ombrada ou rindo pra minha cara pra você ver. Não sou dentista!

Ela saiu quebrando.

Marjorie: Aí que bruta. Meu filho. — fez carinho na barriga.

Larissa: Você tá bem? — deu todo amparo pra ela.

Já ia dando as costas.

Larissa: Maquinista, espera. — andou depressa até mim.

Maquinista: Larissa, não tô com paciência.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora