Capitulo 16

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Marjorie Narrando
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Infelizmente o dia de me mudar tinha chegado. Jurava eu que nunca iria me envolver com um menino estilo CV, jurava de pé junto, mas quando vi aqueles olhos lindos, aquelas tatuagens e o jeito marrento, me amarrei na hora. O nosso caso durou muito tempo, até que ele ficou distante e começou a jogar indiretas, não foi direto ao ponto! Fui empurrando literalmente com a barriga, porque pra isso eu tive que dar os meus pulos e engravidar, de um jeito ou de outro, mas engravidei. O filho não é dele, já disse que não meço esforços para conseguir o que eu quero, e ninguém nunca tinha acreditado nisso, tá aí a prova.

Milena: Alguém daqui sabe que o filho não é do CV? — sussurrou.

Marjorie: Sabem sim! — dei ombros — Porém, eu faço o que eu quero. — colocando as roupas dentro da mala.

Milena: Tem certeza que vai deixar esse paraíso? — se referiu a minha casa — Por aqueles coisas nojentas? — fez cara de nojo — Aquele monte de gente pobre, trabalhadora, eca eca.

Marjorie: Nem tudo são flores amor. E se eu quero o CV faço por onde. — pisquei — Fala de mim, que vai pagar língua, o CV tem um amigo tudo de bom. Se eu não tivesse conhecido o CV tinha ido no amigo, dado muito. — comentei.

Milena: Safada! — me jogou uma almofada — Tenta com o amigo também, se não tiver um, tem o outro.

Marjorie: Pensa, o amigo dele, acho que Maquinista, é chefe. — vi ela cresce o olho.

Milena: Chefe? — hm — Qualquer dia vou te visitar amiguinha.

Marjorie: Qual pepeca que ganha? — pisquei.

Milena: Veremos! — afirmou — O que você fez pra convencer o CV a te levar pra morar com ele?

Marjorie: Papai. — ri, indo pegar mais coisas — Fez uma cena toda que iria cortar meu dinheiro, iria me deixar sem nada, e que eu podia caçar um lugar pra morar, porque na casa dele, eu não ia mais ficar. Coitada da Marjorie. — debochei — Grávida e na rua, desemparada.

Milena: Você é muito doida! — fitou o nada — E os seus casos aqui?

Marjorie: Não largarei nenhum. O CV tá cheio de doce, não vai me comer e eu não consigo ficar sem sexo, preciso me divertir também. — fechei a mala — Tenho que levar pouca coisa pra me fazer de pobretona.

Milena: CV não é bobo.

Marjorie: Nem tão esperto. Tanto que né... — apontei pra barriga — A gente nunca transou sem camisinha, mas os beck, são ótimos nesses casos. Ninguém lembra de nada.
Empregada: O táxi está a sua espera Dona Marjorie.

Marjorie: Tá bom, xô. — fiz gesto com a mão — Querida lá vou eu, beijinhos.

Milena: Vou te visitar.

Marjorie: Te espero. — sai puxando a mala até as escadas, chamei a empregada pra carregar pra mim, não sou obrigada. Desci na frente com ela resmungando atrás, dei um beijo no papis e mamãe, e entrei no táxi.

Enquanto ia pro morro, pensava em como iria me comportar, eu não podia ficar com essas frescuras todas perto do CV, tenho que fazer de conta que estava sofrendo muito pelo abandono do meu pai, e não por ficar sem dinheiro. Que triste. Pensando bem, acho que vou investir no amigo também, mas no momento certo.

Taxista: Dona, não posso passar daqui. — me olhou.

Marjorie: Pode sim. — olhei — Posso te pegar mais. — olhei pra fora da janela.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora