Isabela Narrando
ㅤ🎪🎪🎪Fui de carro com a Marina.
Marina: Amiga não vai fazer para a festa?
Isabela: Não estou muito no clima. — fiz careta.
Marina: Isa, vem cá... — o Maquinista entendeu entrando para a casa — Me conta, desabafa.
Isabela: Mari eu nem sei o que te falar, sinceramente não sei. — passei a mão no rosto — A dor ainda está aqui, mas não tem explicação.
Marina: Isso vai passar, você sabe disso, nós sabemos.
Isabela: Espero mesmo que passe.
Marina: Vem, não vou te deixar sozinha.
Isabela: Poxa, vou ficar no maior carão na festa, vou estragar a alegria de vocês.
Marina: Até parece Isabela. — me puxou.
Não estava em clima para festa, mas sei que eu se ficasse sozinha ia piorar muito as coisas.
Lana: Vem Isa. — me puxava para comer.
Isabela: Não estou com a menor fome. — mordi os lábios.
Marina: Vai comer. — parou do meu lado — Se eu te servir é pior.
Acabei pegando um prato e me servindo, colocava bem pouco e não iria comer tudo.
Marina: Eu vou te servir Isabela.
Aumentei a quantidade de comida no meu prato. Sentei junto a todos que apesar de felizes, me olhavam e queriam chamar a minha atenção toda hora. Só que infelizmente ou felizmente, meus pensamentos estavam em um saco preto e no céu. Comi tudo, raspei até o último arroz. Todos estavam dançando, curtindo a música.
Isabela: Dona Sônia, já vou indo. — com a mão no ombro dela.
Sônia: Isa, tão cedo. — encarou.
Isabela: Já passou da minha hora. — dei um beijo na cabeça dela — Obrigada pelo apoio.
Sônia: Minha querida, você não tem o que agradecer. — virada — Isa, eu sei que no começo vai ser muito, mais muito, muito difícil, não vamos ser hipócritas. Só que essa dor vai passar, os momentos vão ficar, as lembranças permanecem, só guarde as boas, ele só merece as boas. Não se deixe abater por isso, não fique assim, lá em cima ele está melhor do que nós todos aqui embaixo. Ele vai te cuidar princesinha.
Isabela: Obrigada. — dei um abraço nela forte.
Concordava com tudo o que ela falou, mas para a dor passar ela precisa ser sentida, pelo menos é um ditado que eu ouvi. Sai de fininho, depois eu desejava os meus parabéns e felicidades ao casal, não iria estragar a festa deles com a minha tristeza.
Sorriso: Isabela?! — me chamou já adivinhando.
Isabela: Que? — respondi.
Sorriso: Vei, eu não sei como te explicar e nem como te pedir desculpas, porque isso não tem como corrigir. Não posso fazer diferente, mas pô, era a minha vida ou a dele, sei que queria que fosse a dele, mas não deu.
Isabela: Já acabou?
Sorriso: Não tenho nada contra você.
Isabela: Sorriso, guarde isso para você mesmo. — dei as costas.
Entrei pelo beco que cortava, tinha um caminho extra, mas era melhor.
Sorriso: Eu vou ficar andando atrás de você.