Capitulo 49

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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Maquinista Narrando
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Se o Sorriso tinha pegado aquele zé ruela na linha, quer dizer que o Tom, ainda poderia estar de butuca lá e mesmo se não tivesse, eu ia ficar no morro dele. Não chamei ninguém dessa vez eu fui sozinho, apesar de saber que iriam me seguir, pelo menos um. Cortei pelo beco, e sai na entrada da linha, fui olhando dentro e fora dos trilhos e na beirada da mapa. Fiz essas ações até chegar no morro dele, fiquei agachado não podia dar na cara. Tirei a minha arma da cintura, qualquer coisa ia ser só bala pra tudo quanto era lado. Resumidamente, fiquei um bom tempo esperando ele dar a cara, o primeiro que eu vi foi o Forasteiro, de um lado pro outro, ia na boca, ia na casa, voltava pra boca, ficava olhando pra entrada do morro, alguma ou alguém ele estava esperando. O Tom devia estar dentro da boca, tomando conta do caixa, não deu as caras nenhuma hora.

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— Fala carai.
— Tá aonde manolo? — Sorriso no câmbio.
— Querendo saber por que? — fui sem educação de olho no movimento.
— Desembucha Maquinista, que porra, tá tirando p carai. — irritado.
— Na espreita Sorriso.
— Já to colocando aí já.
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Quando achei que já tava bom demais pra ser verdade, vi duas minas subindo o morro, uma era muito desconhecida pra mim e a outra tinha algumas coisas conhecidas, mas tava muito de longe.

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— Sorriso.
— CV na linha.
— CV vai atrás do Sorriso, e vem um um binóculo.
— Pode crê.
— Deve estar subindo a linha.
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Sorriso: Qual foi? — agachou do meu lado.

Maquinista: CV encontrou contigo? — olhei de lado.

Sorriso: Não, deve tá metendo o louco.

Esperamos mais um pouco, pra vê se ele aparecia. As meninas tinham sumido com o Forasteiro.

Sorriso: Mano, vamo meter o pé, da nada não. — sentado.

Maquinista: Vou ficar aqui se quiser, pode vazar.

CV: Cheguei. — me entrou o equipamento.

Maquinista: Caralho, pensei que tinha sido atropelado por algum trem desgovernado. — peguei.

CV: Nada. — riu — O que estamos procurando?

Sorriso: Agulha no palheiro.

Maquinista: Vacilos. — olhado pelo binóculo.

O Tom estava o tempo todo na frente da menina, até que eles pararam no meio do morro e da rua, e começaram a se beijar.

Sorriso: Fio, ele não tá dando bobeira não. — riu.

CV: Sujeira. — passou a mão na roupa.

Olhei bem do binóculo pra ver quem era, se eu descobrisse ia ter uma chance de torturar ele.

Maquinista: PUTA QUE ME PARIU. — falei alto — CARAI, CARALHO, PORRA, MERDA, FILHO DE UMA PUTA.

Era a Marina, e eles estavam se beijando. Eu não sei qual reação ao certo eu deveria ter. Como assim? Como isso aconteceu? Por que logo a Marina? Por isso ele tava de butuca no meu morro, porque ela tava de informante, ele estava atrás dela. Segui eles com o binóculo, e ela entrou na casa dele. Só me apaixono por mulher traíra.

Maquinista: Era isso que vocês não queria me contar? — apontei.

Sorriso: Se eu falasse você não ia acreditar. — falou — Contra fatos não há argumentos irmão.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora