Capitulo 7

24.9K 1.7K 73
                                    

ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Sorriso Narrando 😁😁😁

Não funciono com pressão em cima de mim, estava desembolando com a Bia, e estava gostando de ficar assim.

Sorriso: E a mercadoria? — do lado de fora da boca.

Bolinha: Só da boa. — olhou — Cada vez melhor.

Sorriso: Assim que vale. — sentei na roda, e o cigarro ficou passando por nós.

O meu trabalho na boca é simples, fica ali gerenciando, tomando conta, segurando as barras, resolvendo e estando ali não só pra que o Maquinista precisar, mas como qualquer um. Não tenho nada o que reclamar, essa é a vida que eu quis, eu tive escolha, mas optei por essa, porque na época e na minha cabeça era a mais fácil de se ganhar dinheiro! Não me orgulho disso, mas também não quero sair, a minha vida é esse morro.

CV: O que tá arrumando? — sentou do meu lado.

Sorriso: O que tá pegando CV? — fui direto.

CV: Nada irmão. — viajou.

Sorriso: Tá pesado? — olhei.

CV: Complicado demais. — se lamentou.

Sorriso: Ela vai vir mesmo? — perguntei.

CV: De mala e tudo. — fechou os olhos — Se arrependimento matasse...

Sorriso: Diz isso por que? — encarei — Por causa da situação ou por causa da Lana?

CV: Pelos dois. — explicou — Pode não parecer mais eu gosto da Lana.

Sorriso: Papo retão, não é o que parece. — sincero.

CV: Mas eu gosto, sei que fui errado, mas pô, nem imaginava. — olhou.

Sorriso: Então, acho melhor você contar pra ela, do que ela ficar sabendo pela boca dos outros. — dei um toque — A mina é fichada em ti fio. — mandei.

CV: Tô ligado.

Sorriso: Acho que é uma boa hora. — olhei pra Lana subindo o morro.

CV: Depois. Também não quero criar confusão com o Maquinista.

Sorriso: Não escapa. — finalizei.

Deu 12hrs a boca começou a ter movimento, era de todo canto. Tinha que levar pro asfalto, e pras outras favelas.

Menor: Sorriso, tá quebradeira lá em cima. — passou o rádio.

Sorriso: Aonde? — já levantei.

Menor: Na quadra.

Era dois noiados se pegando por causa de coca.

Sorriso: Qual foi Moiado ? — entrei no meio dos dois.

Moiado: O doidão aí querendo pegar a minha coca. — deu um empurrão.

Sorriso: Fi, tem coca pra todo mundo. — tirei uma sacolinha do bolso, joguei pro outro — Não quero treta aqui não.

Chumbo: Ele roubo a minha coca fi, não viaja não. — foi pra cima do Moiado.

Sorriso: Carai, os dois agora não tem não? — perguntei — Quero saber não, pode vazar.

Empurrei cada um pra sua direção.

Bia: Psiu. — me chamou.

Sorriso: Opa. — fui até ela — Indo pra casa?

Bia: Sim, hora do almoço né? — falou animada.

Sorriso: Passa fome. — deu um beijo em sua bochecha.

Bia: Até parece.. — me beliscou — Vamos?

Sorriso: Não precisa nem chamar.

Maquinista: Resolveu a treta já? — me perguntou.

Sorriso: Era o Moiado e o Chumbo fi, por causa de coca. — expliquei — Bia.

Maquinista: E aí Bia, firmeza?

Bia: Suave. — brincou — Tava chamando o Sorriso pra almoçar, que ir? — ofereceu.

Maquinista: Fi, não vou fazer charme. — riu — Ainda mais com comida.

Bia: Sem problema. Vamos que a Marina, já deve ter chegado.

O Maquinista só olhou pra minha cara, e eu felizmente, só pude rir. Fomos pra casa da Bia e como de surpresa, a Marina já estava lá com a Lana.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora