Bia Narrando
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Em questão de minutos já estava em casa, já eram 18hrs. Deixei as coisas tudo no sofá e fui tomar um banho, sai enrolada na toalha, indo direto pro meu quarto escolher uma roupa. Optei por um body liso preto de manga cumprido aberto nas costas um short de cintura alta, calçei a minha sapatilha, coloquei alguns acessórios, e fui fazer uma maquiagem básica: base, rímel e batom nude. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, fazendo as minhas costas ganharam mais destaque. Perfume, hidratante.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ INÍCIO DA LIGAÇÃO
Criolo: Azul, já tá pronta?
Bia: Vou pensar. — dando uns últimos retoques.
Criolo: Posso esperar sentado?
Bia: Não, em pé. — brinquei — Vai demonstrar o quanto você quer sair comigo.
Criolo: Não seja por isso, tomara com o que eu arrumei hoje não te faça ter mais dúvidas.
Bia: Não sei se devo confiar. — sendo sincera — Já está pronto?
Criolo: Estou do lado de fora da sua casa. — bateu na porta.
Fui até a mesma.
Criolo: Visita pra dama o vagabundo. — cantarolou.
Bia: Pateta.
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ㅤ ㅤ FIM DA LIGAÇÃO
Criolo: Caraca em. — bateu palmas — Da uma voltinha.
Bia: Menos. — dei um selinho nele — Aonde vamos?
Criolo: Logo vai saber. — deu um passo pra trás.
Fechei a porta, e fui em direção ao seu carro.
Criolo: Gostou?
Bia: Tá falando de que? — confusa.
Criolo: Do carro.
Bia: Não me importo com isso. — o fitei — Vou beijar você e não o carro.
Criolo: Mas ele ajuda. — abriu a porta para mim.
Bia: Criolo entenda uma coisa: Apé também me faz chegar nos lugares. Carroça demora mas me leva aonde eu quero ir. Fusquinha faz um barulhão, mas funciona. Ou seja, seja da maneira que for, eu chegando aonde devo ir ou tenho que estar é o que importa. — bati na aba do boné dele — Não me confunda com essas menininhas interesseiras, das quais você já esteve acompanhado.
Criolo: Depois dessa. — se curvou, como se fosse uma reverência.
Bia: Idiota entra logo nesse carro. — dei um empurrão nele de leve, entrando e eu mesma fechando a porta.
Passou na frente do carro correndo e entrou, me olhava com o sorriso até na orelha, e pela primeira vez de um jeito sincero eu podia corresponder de tal forma. Ligou o som.
Bia: Olha que gosto. — surpreendida.
Criolo: Ih, qual foi azul? — pegou uma mexa do meu cabelo — Eu posso gostar de música romântica.
Bia: Ai desculpa ofendido.
Criolo: Nossa que dramática.
Bia: Globo tá me perdendo! — joguei o cabelo pro lado — Malhação ainda vai chorar pela minha presença.
Criolo: Claro pô. — confirmou — Se eu que sou eu, não fico mais sem você. Imagina a globo quando te conhecer.
Bia: O que? — o olhei séria.
