Era uma sala de um escritório de vários ali, ele entrou em uma e trancou a porta.
Maquinista: Aqui ta melhor. — bebeu o resto da cerveja.
Meus pensamentos estavam inquietos, eu queria muito ele. Os meus olhos percorriam o corpo dele disfarçadamente, eu tinha que me controlar. Jesus daí - me força. Sentei em uma das poltronas e cruzei as pernas, até porque eu estava de saia.
Maquinista: Mina, cê tá longe vem cá.
Marina: Essa distância está ótima. — sorri nervosa.
Maquinista: Marina não vou te morder. — BEM QUE EU QUERIA FILHO, ME JOGA NA PAREDE, ME AMASSA.
Marina: Fala daí.
Maquinista: Vou ter que ir aí te buscar? — fez uma cara de brincalhão.
Mal sabe ele que eu não estava brincando. Qual é ele já tinha me atiçado. Eu não levantei e ele realmente veio, passo uma mão na minha nuca e a outra pela minha coxa.
Maquinista: Tá tensa.
Marina: Lógico, eu to ficando com outro e to aqui contigo. — ri.
Maquinista: Vou te ajudar com isso!
Escorreguei pela poltrona, e ele ficou por debaixo,e puxando para sentar em seu colo. Eu ficava incomodada com a saia levantando.
Maquinista: Que merda! — ele subiu a saia toda e me coloco em cima do seu amigo que já está dando aquele sinal de vida. Mordi os lábios e respirei fundo. Gente não mexe com quem está quieto.
Maquinista: Vem vou te ajudar.
Marina: Não. — levantei do colo dele arrumando a minha saia — Não posso fazer isso e você também não deveria.
Maquinista: Qual o problema? — todo largado na poltrona.
Marina: O problema é que eu tenho alguém e você também, o que dizia tanto amar a Roberta...
Maquinista: A minha relação com ela é problema meu. — engoliu — Marina para de ser assim. Eu quero ficar numa boa contigo e tu já vem com quatro pedras na mão. Não vou te fazer mal, muito pelo contrário. — olhei — Vei é que na moral mesmo? Não gosto de te ver com o Tom. Se bobear com nenhum outro, não gosto de ver o carinho que você está dando para eles em vez de dar pra mim.
Marina: Rael, nós não temos nada um com o outro meu caro. — fria.
Maquinista: Marina, eu não estou te pedindo em casamento. Só quero passar uma noite ao teu lado.
Marina: Exatamente por isso. — Não sou mulher de uma noite só Não, sou mulher de várias se eu não estiver com o cara.
Maquinista: O que você viu no Tom? — interessado.
Marina: O que faltou em você? — sincera — Por mais que ele seja dono do morro, não fica fazendo gracinha. Não fica tratando os outros mal e muito menos bate!
Maquinista: Sou assim o que eu posso fazer? — expressando — Marina você me conheceu assim, a gente ficou assim, por que é tão errado agora?
Marina: Essa conversa ta tomando um rumo que não deveria. — fui para perto da porta — Abre.
Maquinista: Deixa de ser cabeça dura velho.
Marina: Anda Rael.
O mesmo se levantou e abriu a porta, o meu coração queria ficar, mas a minha cabeça me mandava embora agora!
Marina: Marca um tempo aqui.
Desci primeiro, e a Roberta estava discutindo com a Bia, junto com a Bianca.
Roberta: Aonde está o Maquinista? — olhou pra mim.
Marina: Ih fi, viaja não.
Roberta: Você sabe! — convicta.
Marina: Perai. — olhei nos meus "bolsos", na minha bolsa — Ta aqui não.
Roberta: Dormiu com o palhaço?
Marina: Graças que tu mora longe de mim. Já pensou? — debochei — Ou seja a distância me impede de dormir com o palhaço.
Bianca: Até porque já tem uma galinha em casa. — se referiu a Bia.
Bia: Galinha, boi, vaca, égua, cavalo, a fazenda inteira meu amor. — sorriu — Ainda sou digna de ser algo útil, produtivo. Não uma que paga de maloqueira, aí " sou vida loka" — revirou os olhos.
Bianca: Precisando de umas porradas em.. — deu um empurrão na Bia.
Bia: Vai toma no seu cu, viaja não. — já enfiou um soco na cara da Bianca, que cambaleou para trás.
As duas começaram a trocar assim mesmo, no limpo. Bianca tentava agarrar os cabelos da Bia, morder, beliscar, chutar, alguns até davam certo, o que fazia a Bia ficar com mais ódio ainda. Nunca tinha visto ela assim, mas pelo jeito a raiva precisava ser descontada! A Bianca se levantou do chão e tentou atacar a Bia novamente, que só garantiu mais um soco, minto, foi mais de um de uma vez só. Com uma mão ela dava os socos e com a outra ela se esquivava das tentativas da Bianca.
Roberta: Com a minha amiga não! — disse na trairagem.
Marina: Exatamente! — dei um pisão nas costas dela, fazendo a mesma perder o equilíbrio e dar passos para a frente.
Acabou caindo em cima da mesa de bebidas, quando não servidas. Com a distração dela em vista, era só golpe diferente, quando ela conseguiu se livrar e tentar se virar para mim tentando se defender, entrelacei as minhas mãos na nuca dela, só dando joelhada na boca do estômago da vagabunda. Senti as mãos dela na minha roupa, tentando rasgar, empurrei ela para trás, dando cascudos na cabeça. Só dava a Bia de um lado e eu do outro, ninguém se intrometia, só davam mais força para pegar as meninas de porrada. Agarrei nos cabelos da Roberta, o olhar dela foi de misericórdia mas nunca fui boa com esse lance de pena.
Sorriso: Ou para com essa porra. — foi entrando no meio da Bianca é da Bia, que sem querer acertou um soco no Sorriso.
Roberta só dava passos para trás, eu só ia seca atrás dela, era cada bicuda diferente.
Alemão: Mana relaxa. — com as mãos nos meus ombros — Não vale a pena.
Marina: Pode me soltar não vou fazer nada. — andando de um lado para o outro.
Ele se virou para falar com o Sorriso e eu agarrei ela novamente, dessa vez foi um de lado que era pior tremia tudo. Novamente tentou se defender, tampando o rosto.
Marina: Cadê a valente agora? — cuspi em cima dela — Você é um lamento de pessoa e de mulher.
Alemão: Esperta em. — olhou para a Elissa — Ném, leva ela pra lá. — apontou pro jardim.
Sorriso: PIROU? — furioso.
Bia: VAI FAZER ALGUMA COISA TAMBÉM? — falou no mesmo tom — VOCÊS SE MERECEM SIMPLES, FICA COM ESSE MÍNIMO DE MULHER.
Sorriso: GRITANDO COMIGO POR QUE?
Bia: A AGORA É OUTRO ACHANDO QUE MANDA NESSA PORRA, VIAJA NÃO FI. CUIDA DA SUA MULHER, SE CUIDASSE BEM NÃO TERIA APANHADO. — deu as costas — BEM QUE DIZEM, SÓ CONHECEMOS UMA PESSOA DA FORMA QUE ELA SAI DA NOSSA VIDA. NÃO PAGA DE BONZÃO SÓ PORQUE É VICE DE MORRO NÃO, QUE A PORRA É MAIS EMBAIXO, ENTÃO NÃO ME ESTRESSA CARALHO. — saiu empurrando ele, e todos que estivessem pela frente.