Capitulo 8

25.5K 1.7K 168
                                    

ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Marina Narrando
ㅤㅤ❄❄❄

Tava varada de fome, parecia que tinha um buraco negro dentro de mim.

Marina: Tem alguém nessa casa? — joguei a mochila no sofá.

Bia: Acabou de chegar. — veio na minha direção.

Marina: Fala por favor que tem comida pronta. — implorei.

Sorriso: A outra morta de fome. — zoou.

Bia: Ainda vou fazer. — riu indo pra cozinha.

Marina: Aram, sou a única. — taquei a almofada nele — Cala a boca legume.

Maquinista: Tá fazendo o que aqui Lana? — foi grosso.

Lana: Marina me chamou pra comer aqui, algum problema? — respondeu na altura.

Maquinista: Você não come. — jogou.

Lana: Rael... — abaixou a cabeça — Fica na sua.

Maquinista: Falei alguma mentira? — falou um pouco mais alto.

Marina: Ei... — fui até ela — Não ouve nada disso. — tampei os ouvidos dela — Ignora.

Maquinista: Tá se intrometendo porque? — se aproximou de mim.

Marina: Porque eu quero. — falei no mesmo tom.

Maquinista: Lembra sobre o aviso que eu te dei? — me encarou.

Marina: E lembra a resposta que eu te dei? — cruzei os braços.

Maquinista: Acho que você tá precisando passar uns apertos pra ver como funciona as coisas, mimada. — pegou no meu braço.

Marina: Ah faça favor... — soltei meu braço dele — Não pira em mim não! Ela é sua irmã, fala direito.

Maquinista: Exatamente por ela ser a minha irmã, que eu falo e faço o que eu quiser.

Marina: ATA! — me exaltei — Vai a merda.

A Bia tentou se intrometer, ela sabia como eu era e não iria deixar as coisas ficarem assim. Ainda mais na minha frente! O Sorriso só segurou ela, e não permitia que ela falasse nada, eu podia ouvir alguns sussurros, mas não dei ouvidos.

Lana: Gente, de novo? — ela tentou falar.

Maquinista: Tá me tirando mesmo e na alta o que é pior. — já estava quase me beijando.

Marina: Fio, eu não tinha medo nem da minha mãe, vou ter medo de alguém da rua? Que seja bandido ou não, caguei. — dei mais um passo pra ele.

Sorriso: Tá agora chega. — se enfiou no meio de nós dois — Irmão, vai pra mesa.

Ele não respondeu nada, apenas me encarou por mais alguns minutos

Marina: Você tá melhor? — me virei pra Lana — Não deixa ele falar assim contigo Lana. — sacudi ela — Reagi, coloque ordem, dê ordem na sua vida.

Lana: Tô sim Ma, obrigada. — sorriu.

Bia: Meninas, vamos comer? — chamou.

Eu fui a primeira a chegar na mesa, me servi e fiquei no meu canto. O clima já tava tenso demais e eu não iria piorar, não por enquanto.

Sorriso: E o trampo, gostou? — falou com a Bia.

Bia: É muito bom. Super. — sorridente — A Dona Fátima é ótima.

Sorriso: Sabia que você ia gostar dela. — deu um selinho.

Só ouvia não me intrometi mais na conversa. A Lana, estava calada e só brincava com a comida.

Quebrada de traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora