ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Marina Narrando
ㅤㅤ❄❄❄Tava varada de fome, parecia que tinha um buraco negro dentro de mim.
Marina: Tem alguém nessa casa? — joguei a mochila no sofá.
Bia: Acabou de chegar. — veio na minha direção.
Marina: Fala por favor que tem comida pronta. — implorei.
Sorriso: A outra morta de fome. — zoou.
Bia: Ainda vou fazer. — riu indo pra cozinha.
Marina: Aram, sou a única. — taquei a almofada nele — Cala a boca legume.
Maquinista: Tá fazendo o que aqui Lana? — foi grosso.
Lana: Marina me chamou pra comer aqui, algum problema? — respondeu na altura.
Maquinista: Você não come. — jogou.
Lana: Rael... — abaixou a cabeça — Fica na sua.
Maquinista: Falei alguma mentira? — falou um pouco mais alto.
Marina: Ei... — fui até ela — Não ouve nada disso. — tampei os ouvidos dela — Ignora.
Maquinista: Tá se intrometendo porque? — se aproximou de mim.
Marina: Porque eu quero. — falei no mesmo tom.
Maquinista: Lembra sobre o aviso que eu te dei? — me encarou.
Marina: E lembra a resposta que eu te dei? — cruzei os braços.
Maquinista: Acho que você tá precisando passar uns apertos pra ver como funciona as coisas, mimada. — pegou no meu braço.
Marina: Ah faça favor... — soltei meu braço dele — Não pira em mim não! Ela é sua irmã, fala direito.
Maquinista: Exatamente por ela ser a minha irmã, que eu falo e faço o que eu quiser.
Marina: ATA! — me exaltei — Vai a merda.
A Bia tentou se intrometer, ela sabia como eu era e não iria deixar as coisas ficarem assim. Ainda mais na minha frente! O Sorriso só segurou ela, e não permitia que ela falasse nada, eu podia ouvir alguns sussurros, mas não dei ouvidos.
Lana: Gente, de novo? — ela tentou falar.
Maquinista: Tá me tirando mesmo e na alta o que é pior. — já estava quase me beijando.
Marina: Fio, eu não tinha medo nem da minha mãe, vou ter medo de alguém da rua? Que seja bandido ou não, caguei. — dei mais um passo pra ele.
Sorriso: Tá agora chega. — se enfiou no meio de nós dois — Irmão, vai pra mesa.
Ele não respondeu nada, apenas me encarou por mais alguns minutos
Marina: Você tá melhor? — me virei pra Lana — Não deixa ele falar assim contigo Lana. — sacudi ela — Reagi, coloque ordem, dê ordem na sua vida.
Lana: Tô sim Ma, obrigada. — sorriu.
Bia: Meninas, vamos comer? — chamou.
Eu fui a primeira a chegar na mesa, me servi e fiquei no meu canto. O clima já tava tenso demais e eu não iria piorar, não por enquanto.
Sorriso: E o trampo, gostou? — falou com a Bia.
Bia: É muito bom. Super. — sorridente — A Dona Fátima é ótima.
Sorriso: Sabia que você ia gostar dela. — deu um selinho.
Só ouvia não me intrometi mais na conversa. A Lana, estava calada e só brincava com a comida.