Uma garota sozinha na floresta

Capítulo 49

Ele me olhou mais estressado do que frustrado com isso. Depois colocou um dedo embaixo do queixo e olhou pro lado pensando em alguma coisa. Só espero que seja no caso de meu pai aumentar meu castigo, é só até hoje de noite, isso se me comportar. Pra mim está ótimo, eu só preciso esperar. Mas eu a contrário dele, tenho paciência.
-disse dez segundos não é?
Ele perguntou de repente me tirando dos pensamentos, percebi seu sorriso maldoso e deixando ele com cara de louco. Eu já sabia que ele planejava alguma coisa, eu só não queria suspeitar disso e ter certeza.
-vem aqui, é só um teste e também quem vai falar com ele sou eu, ele não pode prender você desse jeito
Ele veio andando na minha direção sério e essa sua atitude me deixou assustada porque quem iria sofrer as consequências nisso tudo sou eu! Oque ele pensa que vai falar pro meu pai? "Deixa sua filha ir na minha casa?"
???
-me larga jass! É sério eu não posso ir!
Tentei me soltar enquanto ele me puxava pelo braço me forçando a ir com ele até a beira do rio indo pelo caminho que o contornava. Mas sua mão parecia uma algema envolta do meu pulso que estava ficando vermelho de tanta força que ele usava ali. Meu desespero me fazia tentar frear no mesmo lugar com os pés, mas ele me arrastava com o dobro do força. Já estávamos na metade do caminho só mais alguns metros e eu estou encrencada duas vezes!
-onde vai com minha filha Jack?
Nós dois paramos e eu congelei sentindo uma fraqueza em meus joelho pela voz assustadora de meu pai a nossa esquerda observando tudo perto de uma árvore que o cobria em uma sombra do tamanho do seu corpo. Eu virei minha cabeça bem devagar ainda segurando a mão de jass que estava no meu pulso. Tudo ficou silencioso e eu só conseguia pensar em implorar para meu pai entender que não foi culpa minha.
-há que bom que apareceu, ela quer falar com você
Jass...?!
-não quero não! Quer dizer... Ele estava me levando pra... A casa dele... Eu estava tentando explicar que você não deixa pai, mas ele me forçou!
Comecei em um tom calmo depois fui aumentando até ficar histérica me soltando da mão dele com força me afastando dois passos e depois encarei meu pai que se encontrava sério demais e com os olhos em jass. Logo depois ele saiu daquela sombra e andou na direção de jass que foi andando para trás a medida que ele se aproximava, eu dei espaço para meu pai passar e quando fiquei atrás dele, eu sorrir para jass que parecia nervoso com a aproximação do meu pai. Agora eu não estou não estou com medo se meu pai quiser arrancar sua cabeça com as duas mãos, eu quero mais é que ele entenda que eu não sou de desobedecer meu pai... Nesse sentido. Sei que já fiz uma vez...
-olha garoto, eu não quero que entenda isso como uma ameaça, é só um aviso, mas...
-eu sei oque vai dizer... Não me quer mais perto da sua filha, tudo bem entendo, mas não vai me proibi de ver ela
Jass disse isso sem medo olhando fixamente o rosto do meu pai que deve está fervendo em raiva, meu coração acelerou depois que meu pai pegou seu pescoço o suspendendo no ar sufocando-o. Merda!
-pai não faz isso por favor!!
Fiz uma voz de choro correndo na sua direção até segurar seu braço direito olhando seu rosto implorando para ele o soltar. Eu sei que ele está só sendo supre protetor mas vai matar jass desse jeito!
Mas depois que ele me viu nesse estado, ele o soltou deixando jass cair no chão com força perdendo o equilíbrio ficando deitado. Depois ele se afastou de nós andando para longe pensando em alguma coisa com certeza. Jass ficou engasgando tentando recuperar o ar enquanto eu o ajudava se levantar segurando seu braço. Eu ia descontar minha raiva nele depois.
-quero você no mesmo lugar de ontem na hora certa, se não aparecer eu proíbo você de se aproximar desse infeliz
...?
Isso foi pra mim?
Não tenho certeza porque ele não olhava pra mim, mas sua voz estava calma e parecia que ele tinha me deixado livre disso pelo menos hoje. Notei também que a mecha branca do meu cabelo estava escurecendo bem devagar ficando negra novamente. Eu sorrir com aquilo e não podia acreditar que ele tenha deixado eu literalmente livre. Não sei se ele realmente concordou, mas parece que ele confia em mim.
Então eu não vi outra forma de agradecer sem ser correndo na sua direção o abraçando mesmo de costas, ele segurou meus braços contra seu peito e eu coloquei minha bochecha na sua costa apertando-o ainda mais. Não acredito nisso ainda.
-obrigada
-vá antes que mude de ideia, e não me apareça lá com ele
-tudo bem
Concordei sorrindo com isso, ele confia mesmo em mim. Sei que ele não me ver mais como uma menininha dez anos como fazia antes me proibindo de ver pessoas e se preocupando demais. Eu não podia acreditar ainda, é muito difícil.