Capítulo 105

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Paramos em frente a uma construção que parecia mais uma escola do que uma delegacia da cidade. Mas eu não liguei muito pra isso porque não vou passar muito tempo aqui mesmo, pretendo não dizer nada sobre mim. Eu quero mais é fugir e voltar uma outra hora que não esteja muito movimentado, foi idiotice minha vir agora, devia ter ouvido meu pai, que droga.
Eles me tiraram do carro pegando na coisa que prendia meus pulsos e eu tentei novamente tentar fugir feito uma selvagem que teima em querer fugir antes de entrar no lugar. Outro policial apareceu e eu não tive mais forças para tentar lutar, tive que aceitar e ser levada para dentro daquele lugar que sei que não é onde vou ficar presa. Então eu fiquei quieta por enquanto e aceitei ser levada pelo corredor em silêncio e calma, olhava para lados preocupada e nervosa pensando em como vou fugir daqui, entramos em uma pequena sala com uma mesa prateada com uma cadeira, e na parede tinha um enorme espelho que pelos meus conhecimentos é falso, e tem pessoas do outro lado nos observando todo o tempo. Câmeras pequenas que tinham em cada canto no teto da sala, eles me colocaram sentada na cadeira e depois prenderam meus pulsos na coisinha em cima da mesa na minha frente, as correntes ficaram maiores e eu podia mover meus braços a certa distância. Mas depois os policiais começaram a jogar vários papéis com imagens das pessoas que já matei em cima da mesa para que eu possa ver. Olhei uma vez e as últimas eu percebi que era as duas jovens que eu me lembrava, mas depois permaneci calada e não olhei para nenhum outro canto além das minhas mãos juntas na minha frente.
-vamos ser bem gentis com você, estamos seriamente suspeitando de você, conhece algumas dessas vítimas?
Não respondi e engoli minha saliva piscando duas vezes e depois começando a trocar as posições dos meus dedos entrelaçados um no outro. Sentia que não ia conseguir viver em paz sem antes não ter matado cada um que está nessa sala e do outro lado do espelho falso.
-muito bem, então é uma terrorista?
-homo sum, non vis ut hic moneatis
Falava olhando para meus dedos e cutucando os machucados no meu pulso esquerdo que estava mais ferido do que o outro. Percebi que o policial na minha frente virou a cabeça para o espelho falso e depois me encarar de novo, continuei mexendo nos meus pulsos e na corrente que me agoniava por está apertada demais.
-não fala nossa língua então?
-et ommes occidantur
Confessei meus crimes calma e não olhava para nenhum dos dois, se não podem me entender eu não vejo porque ficar aqui dialogando com eles. Oque fazer pra eles me levarem logo pra prisão? Quando estivemos no estacionamento eu pretendo enlouquecer de novo.
-muito bem, acho que não vamos conseguir nada com você se não podemos ti entender, leve-a daqui
Finalmente. O outro policial começou a tirar as correntes de mim e depois colocou aquela que eu estava antes. Me levantei da cadeira e ele me levou para fora da sala, e depois para o estacionamento de novo. Onde eu esperei eu está perto do carro para ataca-lo de novo.
Quando ele abriu a porta e me empurrou pra entrar, eu girei meu corpo e chutei sua barriga com meu joelho, depois que ele tinha caído, eu procurei as chaves no seu bolsos e peguei com meu pé e passei meus braços por baixo do meu corpo fazendo minhas mãos ficarem na minha frente. Onde eu pude tirar aquela coisa com a ajuda da chave e quando eu escutei os outros polícias se aproximando de mim, eu corri para o portão que estava aberto por causa do carro que iria sair se eu não tivesse batido no policial. Conseguir sair de lá com os pulsos livres de correntes e passei pelos dois guardas que estavam lá protegendo a entrada.
Corria pela calçada sendo perseguia e eu tentava chegar na floresta o mais rápido possível ainda sendo perseguida. Cheguei a rua principal chamando muita atenção, mas depois continuei correndo ignorando os disparos que eram pra me acertar mesmo e me machucar sério. Mas nenhum conseguiu me acertar em cheio, só um que passou de raspão no meu ombro mas não foi um motivo pra mim parar de correr.

——————

Já estava na floresta e sangrando, de pura burrice minha. Já estava quase para escurecer e eu perdi minha adaga e agora estou sendo procurada pelas autoridades daquela cidade. Mas eu não tô nem aí, eu quero mais é saber de acabar logo com aquela mulher e nunca mais aparecer naquela cidade. Já sabem meu rosto, vão espalhar cartazes, oferecer recompensa, ninguém pode me reconhecer. Mas ela já me viu uma vez, mas não tem nenhum tipo de informação que ela pode dá a polícia que me prejudique, acho muito difícil eles me encontrarem. Só que pode dá problema por lado dela... Quem se importa?
Cheguei a casa de jass e ele não estava lá como esperava, fui direto na bacia com água e limpei meu ombro e todas as manchas de sangue que estavam no meu corpo inteiro. Vesti roupas limpas, aquela saia e minha blusa preta que roubei daquela casa. Soltei e pentiei meu cabelo pacientemente sentada na cama esperando por jass que não veio mesmo depois de ter caído a noite. Ficava preocupada e nervosa, eu queria voltar aquela cidade mesmo depois de tudo que a aconteceu só hoje. Tanta confusão que essa mulher está me arrumando que dá o dobro da quantidade que jass faz. Eu só espero que ele chegue...
Aquela dor de cabeça voltou mais forte e do nada dessa vez me provocando a gritar alto de dor, larguei a escova de cabelo da minha mão e apertei meus olhos fazendo massagem na minha testa tentando formar palavras da voz gritando dentro de mim.
Oque está esperando!!? Vá agora sua idiota!!
Não dá pra esperar? Eu quero matar ela tanto quanto você. Nós duas temos quer ser pacientes porque agora eu estraguei tudo, eu não posso mais aparecer naquela cidade e não posso deixar ninguém me ver mais! Não quero mais passar por isso!
Ela rosnou e me deixou em paz por alguns minutos e permaneceu quieta, mas ainda me deixou sentido dor de cabeça forte. Parecia um martelo batendo sem parar me agoniando. Porque jass não chegar logo?
Eu preciso ir agora, não sou paciente sua idiota!! Vá agora!!!

Uma garota sozinha na floresta Onde histórias criam vida. Descubra agora