Celine
Eu como gêmea nunca, repito, NUNCA! vi minha irmã mais velha com medo. Nunca vi ela com raiva ou com tanto desprezo por alguém. Serena é o tipo de pessoa que é boa e atenciosa com todos, mesmo que isso a mate ela sempre fez o que pode ou não para ajudar o próximo. Então sempre achei um que ela nunca ficava brava. Mas o que eu estou vendo agora é simplesmente minha irmã, aquela mesma irmã que estava me carregando a menos de trinta minutos, literalmente segurando um cara pelo colarinho e falando os mais perversos palavrões e ofensas que eu já a vi profanando. Eu não sei o que esse cara fez para ela mas, sem sombra de dúvidas ele está muito pacífico em ver minha irmã brava.
— Então você não é boazinha? — Minha irmã encara ele tão friamente e provavelmente está zangada.
Já o sujeito está com um sorriso irônico e ranzinza no rosto como se não fosse nenhuma surpresa.
— Você é doente cara. Muito doente, não é possível que com o seu tamanho e idade ache que é super saudável fazer o que você faz só porque as coisas não saem do seu jeito. — Agora parece que minha irmã está falando muito calma, muito ela.
— Espero que você esteja feliz. — Ele diz apertando o braço da minha irmã que não move um músculo fácil sequer. — Incrívelmente calma. Uau.
— Vá se foder. — Serena diz cuspindo no rosto do cara que em exatamente três segundos estava puxando serena para dentro do carro pelo janela e falando algo só para ela.
Vejo minha irmã se debater, até quero ir lá mas por algum motivo acho que se eu for lá minha irmã vai ficar em uma situação pior. E eu sou só um estorvo com esse corpo frágil. Ouço um estralo de algo estralando tipo um osso e minha irmã salta para fora com o pescoço literalmente em carne viva.
— Seri! — Ela levanta a mão e me para.
— Seri? — O cara sai do carro e aí sim da para ver o tamanho dele. 1,90, até parece que o ar pesou quando ela saiu. — Quem é?
— Celine, nem uma palavra. — Seri nem sequer olha para mim.
— Serena, Celine. — O cara se aproxima da minha irmã como se estivesse com algo fantástico em mãos. — Olhando para seu rostinho agora. — Então ele virou a cabeça de uma forma horrenda e me encarou — Mais pálida e estranha. Mas o mesmo rostinho.
— Não se aproxime dela. — Serena... Porque ele está fazendo isso.
— Eu não mordo. Na verdade eu mordo. — Ele passa os dedos pelo o que quer que seja o que está acontecendo no pescoço da minha irmã. — Mas eu não sou um cachorro raivoso.
— Tires as mãos da garota. — Ouço a voz da minha mãe. — Agora.
— Mãe...— Quero chorar.
— Mãe? — Serena parece perder a vida, então ela segura o cara para que não vire. — Merda...
— Eu vou ligar para polícia. Que merda esses garotas de hoje em dia acham que podem fazer com qualquer garota?.
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Serena
A dor no pescoço desapareceu no exato momento que levantei meus olhos para esse cara, ele estava sorrindo. Estava muito feliz. Segurou meus braços e me puxou para próximo dele, e disse de uma forma desprezível e grotesca.
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For a second
Fanfiction⚠️Alerta de gatilho ⚠️ Serena é uma garota que se mata todos os dias para trabalhar e ajudar a irmã com o tratamento, até mesmo não percebendo que ela também precisa de cuidados e atenção. Ela é uma garota que cresceu com a mãe sem saber que é seu p...