capítulo 146

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DAMON

Eu odeio dormir longe da minha mulher, mas se ela está tento os espasmos traumáticos dela, eu não posso me aproximar dela. Porque eu causei. E se ela tem esse gatilho mental eu não posso obrigar ela a superar isso. Erros tem consequências. E eu tenho que arca com esse peso das responsabilidades do que eu fiz. Mas eu não achei que ela falaria isso com tanto medo. Ela nem olhou pra mim. Eu aceitaria isso. O que caralhos ela estava tentando evitar? Era nítido que isso estava acontecendo, eu realmente fico grato por ela me dizer isso. Mas menso assim. Eu acho que eu deveria ter recebido esse soco com ela me olhando no olhos. Sem dizer que ela está extremamente debilitada, ela não vê, mas ela está. Eu estou preocupado com o que ela esteja fazendo a todo momento porque ela sente dores fantasmas e ela está de esforçando além do limite simplesmente por ser mãe.

   Ouço choro e vou até o quarto dos bebês, só tem um, o que significa que ela saiu do quarto dela e não estava dormindo. Quando eu chego Ivarsen está acordando mas não chorando, o que significa que quem estava berrando era o Gunnar. Pego Ivar e abro a caixa térmica e tem a mamadeira de leite e ainda está quente. Coloco a mamadeira na boca do senhor guloso e meu corpo vira automaticamente para janela ando até ela e abro, então como se fosse um radar infernal. Lá está ela. Sentada na cadeira de balanço, com o bebê faltante e cantarolando. Eu sei que música é essa é como uma maldita indireta que eu vou deixar ela por outra, e como a merda de uma carta de despedida. Ela cantou isso durante a gravidez, como se não fosse viver, e agora ela canta como se eu fosse cansar dela. Eu queria enfiar na cabeça dela e eu não estou seguindo em frente porque esqueci do que fiz. Erros tem punições e eu estou pagando elas vendo o estrago que eu fiz com ela.

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    Estou com o iPad na mão verificando a porra da minha agenda cheia de coisas desnecessárias como contratar um arquiteto porque eu não suporto os três últimos que eu demiti.  Também tem coisa inúteis como a terapia e ir a uma reunião com os caras. Eu não quero sair de casa hoje. Principalmente quando a Serena acha que eu estou com raiva dela. Ela entra na cozinha e deixa cair a colher no café abaixo e pego pra ela quase como um reflexo. Ela demora pra pegar e eu vejo o porque. Ela pega como se eu fosse socar ela. Ela abre a geladeira e quase bate a barriga na ilha, coloco a mão na quina pra não machucar ela.

— Bom dia. — Ela diz baixo.

— Bom dia. — Digo olhando pro iPad.

      Verifico se eu realmente preciso sair de casa mas sim eu preciso. Eu não quero sair, merda... Sabe qual é o problema de uma briga silenciosa? É que ninguém fala nada, e sabe o pior de quando isso acontece, que meu corpo age como se fosse natural. Socorrer ela a qualquer dificuldade, desde a gravidez dela. Eu pareço um detector de problemas e impresso problemas que quase não acontecem. Deixo o iPad na ilha no meio da cozinha e pego o pacote de cookies dela. Entrego pra ela ela abre o pacote entrego o pote que ela coloca os cookies já aberto pra ela. E noto ela colocar um por vez. Eu sei que ela vai querer leite, vai pegar o cereal e vai bater a colher três vezes depois de mexer o café. Seu que ela vai abrir o armário debaixo e pega um bolo de cerâmica que só ela tem e vai comer o cereal dela ali. Sei que ela vai tomar água depois de tudo isso. É como se meu cérebro separasse uma sensação enorme pra ela.

— Eu preciso do...

   Coloco o porta copos ao lado dela e puxo a banqueta, continuo avaliando as merdas de horários que aquele imbecil de secretario me fez.  Ela senta e minha não automático cai atrás das costas dela. É como reflexo. Eu sei que ela também tem esses reflexos porque ela está ficando no iPad mudando as cores do que seria útil eu fazer o que eu poderia fazer outro dia. Eu sei que ela usa azul pra desnecessário, vermelho pra "tem que ser hoje" e amarelo pra marca pra próxima semana, ela coloca a xícara de café na boca e faz a careta inicial do dia e depois pega um cookie e morde e enfia o outro na minha boca.

   Sabe quantas brigas silenciosas tivemos desde que ela engravidou? Seis e devo lembrar que os bebês nasceram de sete meses. Ou seja. Brigamos silenciosamente mais vezes do que conversamos sobre problemas.

— Eu tenho que contratar um arquiteto. — Digo e ela se aproxima mais de mim, puxo mais a banqueta para perto e ela verifica a lista de possíveis candidatos.

— Emory Scott? — ela diz apertando em cima. — Vai contratar ela?

— Will superou ela né?

— Só porque ele está gostando de uma garota nova não significa que isso vai afetar ele. — Ela diz olhando pra mim. — não vou me meter nisso mas poderia pensar um pouco? Will está saindo com uma garota diferente e ela é caótica de um jeitinho que está deixando ele longe de problemas.

— Ela está sendo mencionada não fica pilhada. — Digo olhando para o iPad denovo — Você vai ficar sozinha hoje...

— Eu vou na minha mãe. — ela diz olhando para o iPad retirando o almoço em casa da lista de compromissos.

    Então ela não quer me ver pelo resto do dia. Vejo a caneca de café, está vazia. Abro o armário e pego o boll. Pego o leigo e o pote de cereal dela. Deixo em cima da mesa enquanto ela formula minha planilha. Se tem uma coisa que a Serena sabe fazer é planejar minha agenda. Não é só arrumar e organizar para que eu não fique louco e ainda consiga comer nos horários certos.

— Você vai a uma reunião com os meninos hoje? — Ela pergunta enquanto eu pego os morangos.

— Sim. Eu preciso mostrar os laudos dos bebês e as plantas do parque. — Assim que eu digo ela marca em vermelho. — Muita coisa vermelha?

— Não. Muita coisa amarela. — Ela diz ou seja muita coisa pra fazer hoje de preferência. — Aliás a casa vai ficar vazia hoje. Pode chamar a equipe de limpeza?

    Serena não quis empregados. Temos duas empregadas. Uma que cuida da cozinha e uma que lava a roupa e os banheiros. Tem três jardineiros e seguranças. Isso é óbvio.

— É a semana infernal Serena. — Digo bebendo mais café — Acho que eles estão atolados. Principalmente porque a Banks está empacada em casa esperando o filho dela nascer.

    Chamamos de semana infernal porque a semana do parto da Serena foi uma zona de guerra. Deixar a casa limpa, arrumar o últimos detalhes do quarto, fazer as malas certo e tudo mais e ela ainda mais um filho. Deve tá uma bomba a casa dela. E usamos a mesma equipe de limpeza. Na verdade todo mundo usa. Ninguém gosta de ter cinquenta seres humanos andando pela casa. Somos ricos que não gostam de empregados demais. O Michael tem seis empregados. A Banks tem empregados pra caralho por causa do Gabriel. O Will está morando, na verdade ele está é viajando pra caralho atrás do rabo de saia dele. A Rika tá morando com a a Alex.

   Serena olha pra agenda e empurra o iPad.

— Está bravo?

— Não. — Digo.

— Está chateado? — Ela diz arrumando o cereal dela.

— estou. — Bebo o café — Não gosto quando você não fala as coisa olhando pra mim.

— Mas se põe no meu lugar.

— Eu me coloquei. — Digo.

— E?

— Eu não olharia pra você também.

— Então?

— eu que pergunto...então?

— Não vamos precisar explicar para os garotos porque os pais deles estão morando juntos e não se falando. — ela diz sorrindo.

    Me aproximo dela e passo a mão pelo ombro dela e beijo ela. O gosto de cereal vem com tudo.

— Você tem gosto de cafe sem açúcar.

— Você de coisas que não deveriam ser paladar de uma mãe. — ela da de ombros.

     

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