capítulo 114

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SERENA

   Respiro fundo e encaro o espelho, tomei um banho gelado e estou bem. Já posso ir para casa em que estado mental eu estava para vir até a casa dele sem nem me preocupar? Devo estar louca e eu liguei para meu pai e disse que estava bem. Eu bati meu carro merda. Saio do banheiro e olho ao redor. Começo a rir. Esse é o quarto....? Natália Torrance? Winter Ashby, não sei mas não vou vestir nada que me garanta perigo já certa. Amarro o roupão e caminho até o quarto dele, bato na porta e ele abre.

— Quero roupas. — Digo e ele parece achar graça.

— Você estava em um quarto cheio delas. — ele diz sem nenhuma culpa.

Ah meu Deus! Me recuso a vestir algo de outra pessoa. Ainda mais de qualquer pessoa que tenha passado pela vida desse cara. Vai que me dá azar. Não não.

— Não visto roupas de outras pessoas. — digo com raiva. Como ele ousa.

— como sabe que são de outras pessoas?

— Tem cheiro no ar de mulher. Eu não quero cheirar a suas lembranças. Me dê um moletom e uma calça com cordão que já salva minha dignidade. — Digo e ele parece não querer me ajudar. Que saco, empurro ele e entro no quarto dele. Caminho até encontrar o closet dele.

— Não tem dono. As roupas.

— Não? Então porque as coisas estão usadas?

  Digo pegando uma calça de moletom e quando vou pegar a blusa preta ele praticamente puxou da minha mão como se eu fosse uma ladra.  Irritante, jogo no chão e saio do quarto, eu estou desequilibrada. Só pode ser, eu não posso ser tão surtada assim. Mas ele é tão irritante aposto que foi uma norose da minha cabeça aquela gentileza. Esse cara bem sabe se comportar como humano. Imagina usar gentileza?

   Estou no meio da escada e ele agarra minha mão como se eu fosse uma prisioneira. Encaro ele surpresa.

— O que está acontecendo? Você está bem em vir aqui, agora está surtada. — Ele diz ah por favor.... Eu não sou idiota. Eu jamais vou cair nessa piada de mau gosto. Ele me amar? Mais fácil eu explodir aquela bomba que eu tenho posse.

— Eu só acordei. Não deveria ficar no mesmo lugar que você. — Digo da maneira mais idiota que consigo ser..

— Você sabe que é uma chuva de raios onde você vai a essa hora?

— Porque teve a brilhante ideia de me trazer aqui você não é assim Damon.— Digo encarando os olhos dele.

— Eu não sou assim. Tem razão mas quero que você não chore entende, e você parece que quer chorar a qualquer momento. — Ele diz e eu tento puxar minha mão.

— Mentira. Isso não é real. — digo olhando suplicando para ele — por favor não diga que me ama Damon.

— Mas eu sinto isso por você Serena.

— mas eu não. E não quero sentir isso. — Digo lembrando seriamente sobre o que houve com minha avó.

Pessoas como eu não devem ficar com ninguém, é um castigo. Está tudo bem, a minha opção é um psicopata que me infernizou por quase cinco anos. Eu acho que o castigo é ele.

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