capítulo 24

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Serena

Me sento ao lado da minha avó, foi o único motivo que eu tive para estar aqui. Talvez eu devesse ir embora, mas...

— Isso é culpa sua! Àquele demônio fez isso! — ela diz como sempre com um desprezo enorme.

— Claro. — digo ainda com paciência. — Eu só estou aqui para dizer algumas coisas então dessa vez me ouça. Por favor.

— Rum! — ela vira a cabeça.

— Poderia me dizer o nome do meu pai? — digo.

— Você acha que sei do seu pai? Se nem sua mãe sabia...— ela sorri. — me dê seu dinheiro que eu sei que aquele cara deu a você. E eu te conto.

    Apertei meus dedos em punho, tudo se resume em dinheiro aqui não é? Eu iria usar o dinheiro para mandar Diana e Celine para outro país assim que eu voltasse. Para Connecticut.

— Não tenho dinheiro. — digo já com o tic nervoso da perna.

— Mentirosa. Me dê o dinheiro, eu vou usar melhor que você, vou arrumar a bagunça que seu amiguinho fez e te contar sobre seu pai. — Engulo seco e fecho os olhos, eu não preciso me humilhar. Não preciso disso.

— Então já estou indo. Se não vai me dizer uma frase, vou embora. — digo saindo ela segura meu braço com tanta força.

— Serena deixa eu te contar uma coisa. Eu sei quem é o pai da Diana. E também seu o que ele está fazendo onde está.

    Ela sempre está a frente como ela sabe de tudo e usa isso para conseguir tudo que precisa. Tiro meu braço de suas mãos e sai.
    Droga, droga, droga... Eu vou ter que fugir de novo. Eu não gosto de como está caminhando. Volto para o hotel e já é noite, arrumo minhas malas e pego meu telefone, vejo minha lista de contatos. E não tenho ninguém. Acho que sou sozinha pra caralho nessa porra de vida. Desço mais esperando qualquer um. Chego ao S. Senador.

    Porque eu tenho o número dele, bom porque eu esqueci de apagar. Mas ele não vai me ajudar, ele nem me conhece só falou comigo por que queria que eu ajudasse o netinho dele. Parece que tem pessoas que nascem com tanta sorte que é amados por toda árvores genealógica. Porra. Que inveja. Se eu pedir para dar um jeito de me apagar do mundo ele faria? Tipo eu salvei o netinho dele de ficar três anos na cadeia. Eu posso ir presa se souberem que eu menti no tribunal.

    Só uma vez. Por favor eu não estou pedindo o impossível, mas só por uma vez na vida eu quero que dê certo e que algumas queira me ajudar. Uma vez só.
   Ligo, me sento no meio fio, apoio minha cabeça nos joelhos e tento não chorar. Minha vida está um inferno. Cada vez que eu durmo e acordo está pior. E eu achando que ia conseguir fazer a faculdade que minha mãe queria.

- Alô, quem é?

— Serena, por favor... Pode me ajudar? — digo tão desesperada.

- Oh, eu sei quem é Serena, a garota que ajudou o Will. — não sei quem é Will, eu quero que me tire daqui.

— Poderia me ajudar? Pela ajuda ao Will? — eu não vou pedir muito.

- Por que está me pedindo ajuda garota? A sua vida saiu dos trilhos de vez? — mordo meus lábios até senti o gosto de sangue

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