For a second

capítulo 94

Serena

Fecho a porta do quarto e quase desabo. Só não o fiz porque tinha alguém dentro do meu quarto. Retiro a jaqueta e tiro o cabelo dos meus olhos e não digo nada. Não tenho o que falar.

"onde você esteve a noite toda? " Ótimo pelo visto ele tem...

- não posso contar. - Digo com escárnio.

- Eu achei que fossemos conversar.

- temos o que conversar? - Olho para ele com um pouco mais de ódio que eu previ.

- Eu estou querendo conversar com você desde que eu cheguei mas você está me evitando. - Eu não estou evitando, estou evitando ter que deixar...não.

- Conversar sobre o que?

- Não seja fria comigo. Não consigo Serena.

- Eu estou normal você que está sensível. - digo abrindo a porta do closet.

- Por que você está agindo assim? Eu sei que errei mas eu quero me desculpar.

Me virei bruscamente e encaro ele muito magoada.

- Não quero suas desculpas.

- Eu estou me sentindo um merda por causa do que eu fiz.

- Não se sinta.

- Como não!? Serena eu deixei-

- tínhamos uma promessa Will. - me aproximo dele. - Eu cumpri minha parte a risca. Eu salvei sua vida merda mais de uma vez. Mas você fugiu todas as vezes. Mas é aquilo não é.? Eu fiz por você porque eu sou tola e idiota.

- Me desculpa, eu estou muito mal Serena. Eu conto pra você e você vai entender meu lado.

- Não quero ouvir seu lado. Porque você não estava errado. Eu sou isso. A cura de todos. Então eu vou fazer um favor. Vou deixar você se foder denovo, ficar completamente fodido na ruína e dessa vez eu não vou ajudar porque eu estou cansada!

Quero sair daqui. Quero ir embora dessa cidade.

- Serena! Me desculpa! Eu não queria ir.

- Mas foi. Então essa foi sua decisão e essa é a minha. Seja um ser humano decente e escute as escolhas dos outros e as respeite-as porque eu estou respeitando a suas.

Ele me agarrou e eu me soltei dele. Eu preciso ir embora. Desço as escadas e meu pai está na sala de jantar.

- Filha-

- Se o Will continuar aqui eu saio dessa casa. - Digo muito magoada.

- O que houve? Vocês estão brigando?

- Eu quero ir embora! - Solto o que estava preso na minha garganta - eu quero ir embora dessa cidade dos internos, eu quero ir para bem longe de tudo que em machuca, eu estou cansada e doente. Porque eu não posso ficar em paz! Que saco!

Não me olhe assim, não me olhe como se eu tivesse feito algo ruim. Eu tenho o direito de me sentir mal. Eu deveria ter feito isso mais cedo.