capítulo 14

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SERENA

    Eu consegui um emprego, em uma cafeteria mais ao centro metropolitano em outra cidade, eu pego um ônibus mas Ontem descobrir que pegar um trem é mais rápido que ônibus, então vou começar a andar de trem de hoje em diante. Eu moro em uma cidade universitária, em um bairro universitário, então quase não tem empregos por lá. E como eu não estou fazendo faculdade e não tenho dinheiro para isso, eu estou com tempo para sair mais cedo e chegar mais tarde! E eu estou há uma semana trabalhando lá e eu adoro lá. É em uma avenida movimentada e da para ver as pessoas passando pelas janelas que vão do chão até o teto. Eu gosto muito do meu emprego novo!

   Pulo do vagão e fecho o casaco e ponho os fone, subo as escadas o mais rápido que posso. O calor e o vento me mandam um bom dia. Eu conversei com a minha mãe, e Donna me arrumou o emprego para mim.
    Meu cabelo enrosca no brinco, eu acho que vou cortar ele. Eu estou me cansando desse brinco. Mas não posso tirar. Eu poderia colocar em um lugar e ele nem ia saber que eu tirei. Mas eu encontro ele com uma certa frequência por aí e sempre. Quando digo sempre ele olha direto para orelhas.

    Entro na cafeteria e a gerente está limpando as mesas me cumprimenta.

— Bom dia Serena! —  Lisle, ela tem vinte e cinco anos e parece ter uma vida estável.

— Bom dia. — Digo indo para a ala de funcionários.

   Assim que entro me encontro com Justin e Karen.

— Bom dia sereia. — ignoro a brincadeira de Justin.

— Bom dia Karen. — Digo já retirando os fones e guardo tanto eles quanto o telefone no armário.

    Justin solta um ar de escárnio e revira os olhos. Como sempre tem um, aqui é o Justin, por ser filho do dono ele acha que eu tenho que fazer o que ele quer.

~~~~~~///~~~~~~

   Saio do metrô que estava lotado e caminho até a via principal, coloco as mãos no bolso e não olho para nada. Estou com um pouco de dor de cabeça por causa do perfume de alguns clientes. Então vou passar na farmácia e comprar um dos remédios para dor de cabeça e um maço de cigarros.

— boa noite —  digo colocando a caixa e entregando a receita.

— Sete dólares. — entrego o cartão e ela me devolve a receita.

— Obrigada. — Digo e saio, ando mais um pouco e paro em uma conveniência, essa eu nunca fui.

     Entro pego uma garrafa e água e paro no caixa. Eu disse que me encontro com ele frequentemente? Então...

— Olá Serena. — Comprimento com a cabeça.

     Ele está comprando álcool, ele bebe muito para quem tem uma vida ganha como a dele. Vou para o caixa.

—cinquenta centavos. — Aponto para o estande de cigarros.

— um Benson & Hedges por favor.

— dois dólares.

— Tem essência? — ele mostra a caixa — uma de menta por favor.

— quatro dólares. — entrego duas notas e pego a sacola.

   Ando mais cinco minutos e paro em uma via movimentada e tomo o remédio, pego meu cigarro eletrônico e coloco a essência. Deixo a fumaça entrar no meu corpo e fecho os olhos por um segundo. Eu precisava muito de alívio.
    O telefone vibra e eu penso que seria minha mãe, mas é o Damon. Ta ai uma coisa que eu não via há quase oito meses.

D- bar do hall.

   Olho em volta e não tem nada por perto assim.

Eu- não sei onde fica.

D- descubra. Não tenho a noite toda Serena.

    Ele vai me fazer gastar dinheiro, pesquiso o nome no app e encontro, peço o Uber. Não demora mais que cinco minutos, para chegar. Uma mulher. Entro, e não digo nada a mais de boa noite. Guardo o cigarro e espero. É tão longe. Como vou voltar para casa?

    Pago no app, e saio com pressa, ando até o bar e encontro ele como se encontra Damon todas vezes, todo de preto com aura assustadora, um cigarro em mãos e quase sempre com coturnos. Está encostado no carro, vou até ele. Paro frente a ele.

— Levou quase uma hora para chegar, qual é a dificuldade? — talvez você tenha correndo como desgraçado para estar aqui para me infernizar. É o que diria.

— Eu estava longe. — Digo esperando para saber o que ele vai fazer.

— Já andou de moto? — um arrepio desliza como uma cobra pela minhas costas.

— Não.

— Sério? — neguei com a cabeça. — Conhece a primeira dama?

— Quem não conhece...— ele assopra a fumaça na minha cara.

— Então, ela cometeu um erro. — me aproximo mais coma medida que ele fala baixo — quis dormir comigo.

    Achei que ele dormisse com qualquer coisa que tivesse um buraco.

— Não entendo o que eu...

— Relaxa Serena, você só vai me ajudar a roubar o carro dela e soltar umas fotos dela pela cidade. Nada demais. — isso é crime, crime pesado. Como não e nada?

— Eu tenho que trabalhar amanhã. — e tenho que ir para casa...

— Eu levo você.

— Você está me obrigando? — ele me olha com os olhos quase fechados e deita a cabeça.

— Não. Mas também não é um pedido educado. — endireito o corpo.

      Quando vou negar, ele pega meu braço e choca minhas costas contra o carro e aperta meu pescoço, nesse momento traumas desbloqueados. Ele enfia a língua na minha boca.

" quem é ela?"

   Tento me afastar dele, está me machucando, ele solta meu pescoço e agarra minhas duas coxas e me levanta sem esforço algum, sinto falta de ar e estou com medo.... Ele me solta assim que as pessoas saem de perto, limpa a boca e eu caio no chão como nada. Que merda. Eu vou embora.

— Você é meu álibi perfeito Serena. — Começo a tossir. — então vai me ajudar não é?

   Encaro seus olhos e tento, mas não dá.

— Roube um carro ou exploda uma casa, problema é seu. — digo ainda sem ar — eu não tenho uma vida ganha como você.

— Qual é Serena, você vai gostar.

— Eu não sou uma boneca. — Digo com ânsia novamente — eu demorei muito para voltar o máximo do normal que deu. Você não deveria me arrastar Denovo.

— Porque? — olho para ele.

   Como assim por que? Ele não notou que acabou comigo.

— Porque eu tenho medo de você. — Digo me levantando. — e se você não está me obrigando a fazer isso eu quero ir para casa.

    Pego minha mochila e saio, esperando uma represália, mas não veio nada. Eu cheguei em casa tão tarde que só tomei banho e fui para cama. Não quis falar com a Celine muito menos ver minha mãe. Eu quero só...deitar.

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