Pov* Vai ser em terceira pessoa.
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Na cabeça dela estava um caos, uma tempestade sem aviso que Chegou e travou ela, longe de um lugar seguro.
Serena estava dentro de seu quarto, debaixo das camadas de proteções e quentes. Ali debaixo das cobertas ela passava por uma crise existencial única, pessoal, quem era ela, quem ela queria ser e quem ela poderia ser.Andando pelos corredores da casa, Will, que estava em uma de suas piores versões, ele caminhou pelos corredores, desceu o lance de escadas de seu quarto e chegou na porta de Serena, bateu e sem esperar entrou. Ali trêmula e sem nenhuma barreira erguida estava, Serena, a garota que não sabia seu lugar no mundo e indo em sua direção, Will, o garoto que se perdeu em alguma nuvem densa demais para sair sem ferimentos. As maiores e mais difíceis feridas são as metais já que não se pode passar uma pomada ou costurar com pontos. Estava um caos. Os dois estavam em seus próprios paraísos sombrios sozinhos.
— Sere...não consigo dormi. — a voz exausta, a respiração descompensada e a vontade quase inevitável de desabar pegou Will. Ele aperta as mãos para tentar não cair.
Serena senta na cama empurrando as cobertas longe do seu rosto, a expressão fraca, pálida e sem vida que ela tem ficou mais impactante assim que viu que tanto ela como Will eram quebrados e como Damon havia dito alguns dias atrás, brinquedos descartados.
— minha cabeça não para. — Serena declara no vazio e ecoante quarto, grande demais para a minitude que serena se vê, pequeno demais para claustrofobia que impede ela de fugir.
Will passou por volta de sua cama, deitou e Serena fez o mesmo, ali no escuro do quarto, duas pessoas destroçadas se olham. Comparando como seus mundos estão em estilhaços e pedaços. Uma onda de peso recaiu ali. Serena se aproximou do que agora seria seu único ponto de confiança, e abraçou Will, e will retribuiu com a mesma força que Serena precisava e ele precisava. Quanto mais apertado menos sofrimento atinge os dois. Quando mais forte menos pesadelos, quando menos a cabeça dos dois para de trabalhar mais eles vão fazer parecer que está tudo bem.
Ali embolados um no outro, com os rostos marcados por algumas lágrimas sorrateiras eles caíram no sono. Uma palavra muito bonita para isso. Eles desabaram de cansaço estão exaustos de não ter para onde correr. Querem ser salvos não serem jogados em mais um precipício.
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WillEu tô bem, apesar de não dormir, nervosismo, do medo constante de uma tragédia acontecer. Mas não é só um medo, é como um ataque de Pânico, ele chega me deixa louco e depois vai embora me deixando com todos os efeitos rebotes disso.
Me encaro no espelho. Na verdade, é que o lado ruim de ser uma pessoa "forte" é que ninguém tem a porra do cuidado com o que fazem com você. Que por parecer ser forte significa que eu aguento qualquer pancada. Eu não aguento saca? Não suporto essa sensação de incapacidade e medo, teremos constante de a garota que está dormindo na cama morra ou sangre até a morte na minha frente, que ela se sufoque dentro dos próprios demônios.Quando eu soube que ela acordou, eu me tranquei no meu quarto e chorei até cair no sono. Implorei para que eu não me sentisse daquela forma devastada nunca mais na minha vida. Eu estava sozinho, acho que isso piorou meu lado. Por que queria ouvir de alguém " Hey eu tô aqui e te entendo!" Mas caralho a pessoa que pode dizer isso naquele instante estava no hospital rodeada de fios e canos. Porque ela não acordou por um mês. Sabem o quanto eu usei? Eu precisava sair dali. Eu não queria que o mundo me visse porque ninguém entenderia como era sentis cacos de vidros na garganta, milhões de espinhos no estômago como.uma cobra me fazer hiperventilar.
Eu não posso ficar em casa sozinho, preciso de algo, alguém, qualquer coisa para aliviar essa merda. Sai do banheiro e encontrei Serena encolhida sentada, a expressão nos olhos dela. São as mesma de quando ela chegou.
— Will...não quero mais sofrer. — ela diz com os olhos transbordando mas não deixa cair nenhuma lágrima. — não quero mais ser gentil, não quero mais ser boa. Isso só me machucou...
— Você é incrível — digo segurando o rosto dela e encarando os olhos mórbidos dela — Nunca deixe apagarem seu brilho.
Ela abaixa a cabeça e suspira com a respiração pesada e as mãos inquietas.
— Serena, olhe pra mim? — ela levanta o olhar — ei ei, olhe para mim. você é o suficiente, você é mais do que o suficiente, você é muito mais do que só o suficiente.
— Se sou...porque todo mundo que eu já amei me traiu e me machucou? Estou cansada de tentar ser gentil e bondosa. Eu digo coisas que eu não quero, faço coisas que eu nunca faria na vida...
— Está tudo bem em ser bondosa. Mas seja como vidro, se te quebrarem corte-os.— Abraço ela.
Eu digo isso mas no fundo eu estou tão desesperado quanto ela. Tão fodido quanto ela. Está tudo fodido e eu não sei concertar!
Assim como ela mesmo disse minha cabeça não para e eu preciso de drogas e álcool para estar no controle, mas quem fica no controle quando se está chapado? Isso é culpa do cansaço. O cansaço psicológico consegue ser extremamente pior que o cansaço físico, não há nada que seja capaz de aliviar a tensão de uma mente turbulenta.
Serena tem demônios tão intensos, uma tristeza e desespero que dói muito. Mas ela tem um sorriso tão bonito. Eu vi ele alguns míseras vezes e fiquei fascinado. Ela é jovem e inocente ainda pode ser salvar dessa caixa preta que ela chama de proteção. Aquele dia na festa do meu avô, quando eu a vi rir, pensei para mim mesmo no fundo da minha alma." Como vai doer te perder"
— Sere. — ela me olha. — você é a única pessoa que pode você é você. Essa é melhor e pior parte de tudo isso. Mas eu posso ajudar você aos poucos, não precisa ser tudo de uma vez. Vamos aos poucos.
— Fui trouxa. — ela diz.
— você não foi trouxa. Você deu seu melhor para salvar quem você você ama. Trouxa foram eles que não valorizaram. Não se arrependa do passado. Focar no futuro é tudo que você precisa.
— E você?— ela diz com os olhos marejados — quem salva você?
Senti um bolo de linha do estômago e uma pedra de ferro na garganta. Eu não tenho alguém para me salvar. Está tudo bem não ter.
— Eu fico bem. — Digo e ela fixa o olhar e levanta o mindinho.
— Eu vou salvar você e você me salva, porque não quero que você fique sozinho Will. Eu odeio ficar sozinha, não gosto de escuro. Odeio sentir medo.
— Vamos salvar a você e a mim então. — encaixo meu dedinhos no dela e ela sorrir. Não como se fosse um ótimo momento mas ali tem um lampejo de pacífica paz.
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For a second
Fanfiction⚠️Alerta de gatilho ⚠️ Serena é uma garota que se mata todos os dias para trabalhar e ajudar a irmã com o tratamento, até mesmo não percebendo que ela também precisa de cuidados e atenção. Ela é uma garota que cresceu com a mãe sem saber que é seu p...