capítulo 124

858 77 10
                                    

DAMON

   Ela me encara como se não soubesse, ela realmente achou que eu deixaria ela se encontrar com aquele fodido sem eu estar por perto? Alguém avisou a ela que eu não sou o tipo que segue o ritmo normal? Não adianta me olhar assim. Aquele rato nojento tocou a pele dela. Eu deveria arrancar as mãos dele?

— O que está fazendo no meu carro- não, o que está fazendo aqui Damon!? — Encaro ela com ironia.

    Eu não sei o que falaram mas eles estavam falando algo muito a mais que o que foi combinado. Se ele não aceitasse era só forçar ele. Mas a Serena conversou muito com ele.

— Me responde. O que você conversou? — Ela suspiro e mostra um mensagem de texto. Pego o telefone da mão dela.

Por que ele tem o número dela? Ela sai dando o número dela a qualquer rosto aceitável? Ela puxa o telefone da minha mão e fecha a cara. Ela deveria saber que essa carinha enfezada não trás nenhuma ameaça pra mim.

— Pronto. Agora me deixe em paz. — Ela diz como se estivesse feito um sacrifício.

— O que ele pediu em troca?

— Nada. — mentira, ele pediu. Ele não faria nada sem pedi algo em troca.

— Se não me contar não vou conseguir pensar no que fazer pra realizar a parte do acordo Serena. — ela vira pra mim e seus olhos estão com puta indignação.

— Ele não pediu nada. — Ela diz apontando para a cabeça dele. — Ele disse que eu sou uma Sereia. A criatura mais cruel, que mata com o encanto. Isso é culpa sua.

   Era pra ser uma apelido pra irritar ela já que raposa era muito fraco. Mas pegou, e ela é conhecida por isso. Mas isso não é minha culpa.

— Eu tenha culpa nisso. Eu aceito isso. — Digo com um pouco de seriedade — Mas ele só ficou em você porque você se fez representar por ele. Não é totalmente minha culpa você enganar as pessoas.

— Eu não enganei ninguém! — ela diz batendo no volante.

— Não? Gabriel Torrance. — Ela trava e engole seco — Evans Crist. Trevor Crist, Arion Ashby, Winter Ashby, Celine Knox.

— Eu não enganei ninguém. — ela diz com a voz firme mas os olhos dela estão mostrando o quanto ela sabe que é verdade — Eu não obriguei ninguém.

— Mas Sirens nunca obrigam marinheiros ou caçadores a se jogarem pra morte. — Ela me olha com raiva.

   Eu não vou lamentar, ela precisa ouvir isso. Tirar da cabeça dela que ela não é esse tipo de pessoa. Ela faz as pessoas darem coisas a ela. Fazerem coisa por ela. Ela não fez por mal. Mas ela fez e se ela fez uma ou duas vezes sem querer ela pode fazer mais vezes por que quer. E eu preciso que ela seja essa pessoa que adora ajudar o outros e perdoar o erros dos outros. Porque não conheço ninguém que possa fazer isso sem nem mesmo notar. Ela convenceu a Banks que ela era uma boa pessoa e que ela era uma pessoa que ela não deveria odiar.

— Por que está querendo fazer isso comigo? Achei que tinha dito que não ia mais foder minha vida. — ela diz.

— Não estou. Eu apenas fazendo você enxergar que você é isso. Não é um defeito ou algo maligno, mas seria bom aceitar que você tem esse poder. — Digo e ela vira o rosto. — é ruim assim ser alguém que pode ter tudo que quer a hora que quer?

— Claro que sim. Não quero coisas de mão beijada. — ela diz franca e insensível — Não quero um troféu só pra por na prateleira, quero porque mereço.

— Mas você merece, provavelmente você vai para o céu. — digo calmo. — Por que deus mandaria um anjo bondoso para o Inferno? Não concorda?

— Pare de falar merda. — ela diz olhando para mim novamente — a única coisa que não sou é um anjo.

— Querida. Você não acha que tem mais do que só um rostinho bonito. — encosto o dedo no nariz dela.

— Porque está querendo me dar aulas de ser má?

— Eu mataria por você Serena. — Digo e vejo a garota na minha frente mudar de cor. — Morreria por um segundo sem você me olhar como uma ameaça, morreria por um beijo iniciado por desejo vindo de você.

— Por que você é sempre intenso é apocalíptico? — ela diz olhando para meus olhos.

— Porque se eu sou o pior que podemos ter, você é a melhor coisa que posso ter pra mim. Você me amar. Sorrir pra mim, seria o meu paraíso. — Seguro o rosto dela e faço o mesmo que ela fez quando me entregou os brincos. Encosto nossas testa e olho no fundo dos olhos dela do fundo do poço.

— Você não é a pior coisa.

— Garanto que sou. — digo fechando os olhos — Eu entraria de cabeça nessa partida, mesmo que já fosse um jogo perdido. Mesmo que fosse por um segundo. Eu adoraria dividir o infinito do que você enxerga de coisas boa e que podem ser concertadas.

— Por que você é tão oposto a tudo que eu acredito, Você é pior versão de tudo que eu sou e Damon. Você é o outro lado da moeda mais destrutivo e doentio que eu tenho na minha vida. — Ela coloca as mãos no meu rosto — Sabe a coisa mais tóxica dessa situação? É que você me quer por ser a figura mais benevolente que você encontrou até aqui. E pra mim você é o porteiro dos portões do inferno que é a vida real. Seu problema em me ama é que você não quer enxergar que Talvez o anjo que você esteja construindo na sua cabeça não tenha mais asas e esteja criando chifres.

— O mundo é terrível de mais Serena. — Digo desespero — Você é utopia.

— Você é real. O mundo real Damon. Não pode me querer porque eu sou algo sonhador para você. — Ela beija minha testa. — isso não é o amor que dizem. Isso é dependência. E eu não quero alguém que me faça viver de uma forma que eu já não sou mais.

    Engulo seco. Prender ela a uma peça teatral sobre o que eu quero dela. Foi exatamente o que eu cresci vendo. Ah...como posso me manter longe de uma pessoa que não tem medo de dizer que eu sou errado na discussão. Pessoas mudam. Eu mudei.  Ela vai mudar mais, mas se ela ela mudar mais e simplesmente ativar modo Foda-se.

For a secondOnde histórias criam vida. Descubra agora